A filha do meu padrasto romance Capítulo 29

Não ter o controle sobre os próprios sentimentos é assustador.

Você sabe que é errado, sabe que vai machucar alguém, mas você não consegue evitar.

Tudo passa a doer.

Olhar pras pessoas dói.

Tudo o que fiz com o meu quarto, foi pensando em fazer em mim mesmo.

Eu merecia ter a minha cara quebrada e o meu coração partido.

Quando eu olhei pra situação do meu quarto, eu vi que eu tinha mais um problema pra resolver.

- Como vou explicar isso pra minha mãe?

Rapidamente tranquei a porta do meu quarto, não queria correr o risco dela chegar e entrar de uma vez e presenciar o meu descontrole.

Comecei a juntar os cacos de vidros do espelho, depois coloquei no cantinho da parede a minha escrivaninha com as pernas quebradas.

Olhei pro meu notebook partido ao meio e me arrependi, tinha coisas importantíssimas nele.

Olhei pra minha mão e estava ferida, aquilo não daria pra esconder.

Separei tudo pra jogar no lixo quando a minha mãe não estivesse em casa, menos o notebook, pois eu teria que tentar salvar os meus arquivos.

Eu também precisaria de alguns móveis novos.

Fui pro banheiro tomar banho no limite do cansaço, depois deitei na cama, e sem pensar em nada, acabei dormindo.

Eu estava completamente acabado.

Minha mãe bateu na porta as 07:00 da manhã pra me chamar pro café, olhei em volta do meu quarto me dando conta do que tinha acontecido no dia anterior.

- Vou só tomar um banho mãe, desço já. Falei.

Agradeci internamente por ela ter me acordado, pois com o celular quebrado, e o despertador despedaçado, eu jamais teria acordado a tempo de ir comprar o anel da Melissa.

Fui no banheiro, e me olhei no único espelho que restou, com todo esse mar de problemas, eu tinha deixado de me cuidar.

Meu cabelo estava grande, minha barba estava por fazer, e eu estava parecendo um sem teto.

Não daria pra ir ver os meus sogros nessas condições, e minha mãe me mataria se eu pedisse a Melissa em noivado sem uma programação adequada.

Quando desci, fui logo pegando o telefone fixo e ligando pro meu sogro, que demorou muito a atender.

"Diga Rodrigo, já estou aqui fora, pode falar".

Estava explicado o motivo da demora.

- Seu Marcos, desculpe por ligar tão cedo, mas precisava avisá-los que não vai dar pra almoçar com vocês.

"Mas o que aconteceu? já estávamos indo no mercado comprar algumas coisas".

- Eu queria fazer algo melhor pra Melissa, queria levá-los em um restaurante, reunir a família, vocês e minha mãe, e fazer algo memorável e especial, você me entende? Eu estou fazendo tudo na correria, e acho que a Melissa merece algo muito melhor do que isso, com flores e todo o romantismo que ela gosta.

"Você está mais do que certo Rodrigo,compreendo perfeitamente, então cancela o almoço".

- Muito obrigado por entender seu Marcos, vou resolver tudo durante o dia, e lhe aviso como será mais tarde.

" Tudo bem meu filho, até mais".

Entrei na cozinha e a primeira coisa que a minha mãe reparou, foi o ferimento na minha mão.

Eu não iria mentir, já haviam muitas mentiras entre a gente desde que a Yanka apareceu, e estava mais do que na hora de eu me responsabilizar por meus atos.

Eu não falaria sobre o que aconteceu entre eu e a Yanka, mas precisava falar dessa raiva enorme que vivo carregando, eu precisava de um apoio pra conseguir voltar a ter controle sobre mim mesmo.

Mãe: Que corte é esse meu filho? perguntou assustada.

- Foi no meu quarto mãe, mas não é profundo, daqui a alguns dias sara.

Mãe: Mas como você se cortou? tem que cuidar disso aí Rodrigo, pra não infeccionar.

- Depois a gente fala sobre isso mãe, agora preciso falar sobre outro assunto.

Hoje vou pedir a Mel em noivado, e sei que estou falando pra senhora em cima da hora, mas vou precisar da sua ajuda.

Mãe: Não acredito Rodrigo, como você me fala uma coisa dessas assim menino?noivado a gente marca com dias de antecedência.

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