Virgindade Leiloada romance Capítulo 39

Murilo

Quando a Virgínia entrou em minha sala, ela estava visivelmente tensa e eu sorri para ela de imediato, para que ela entendesse que era muito bem-vinda ao meu escritório.

— Oi, amor. — Eu cumprimentei, me aproximando de onde ela estava, ainda parada próxima a porta de entrada da minha sala.

— Oi. — Ela respondeu, confirmando que eu estava certo em acreditar que ela estava nervosa por estar ali.

Eu a abracei, dando um beijo breve em seus lábios e a puxando para que sentasse em uma das cadeiras dispostas em frente a minha mesa.

— Eu devo dizer que estou muito feliz que tenha vindo até o meu escritório e que é sempre bem-vinda para futuras visitas.

Quando já estava sentada em uma das cadeiras, ela juntou as mãos sobre o colo e, ainda parecendo envergonhada, ela apenas sorriu, como retribuição às minhas palavras.

— Eu vim para irmos juntos para o seu apartamento. — Ela explicou, após alguns segundos em que eu apenas consegui ficar olhando para ela e admirando o quanto era linda.

— Nós poderíamos fazer algo diferente hoje… o que você acha de sairmos para jantar fora, em um restaurante agradável? — Eu sugeri.

— Eu acho uma boa ideia. — A Virgínia concordou. — Preciso conversar com você e tenho também uma boa notícia para te dar.

Eu me senti realmente eufórico com a sua resposta e me levantei da cadeira em que estava, pretendendo ir até a minha mesa, para desligar o computador e pegar a minha pasta de trabalho, quando a porta da minha sala é aberta de supetão.

Fiquei ainda mais surpreso quando passaram pela porta a Bruna, parecendo um furacão, acompanhada de perto pela Arlete, que parecia estar extremamente nervosa.

— Eu pedi para ela aguardar um pouco, que o senhor estava ocupado, mas ela não me ouviu. — Arlete explicou, seus olhos nitidamente aflitos.

— Não se preocupe, Arlete. — Eu a tranquilizei. — Eu vou resolver isso.

Arlete me olhou temerosa antes de sair da sala, mas deixou a porta entreaberta.

— Você manda nos chamar vinte minutos antes do horário marcado para a nossa reunião e quando eu chego aqui, a sua secretária incopetente me diz que você está ocupado! — Bruna reclamou de modo exaltado. — Você está achando que eu sou alguma palhaça!?

Ela falava com o dedo em riste e uma mão na cintura, em uma postura que indicava o quanto estava chateada, caso a suas palavras não fossem suficientes.

— Você não pode entrar aqui sem autorização e tampouco tem o direito de falar comigo nesse tom! — Eu revidei.

— Eu falo como eu bem entender. — Ela replicou. — Você não consegue superar o fato de que eu te deixei para ficar com o Ethan e usa qualquer coisa como uma forma de me diminuir, apenas para mostrar que tem mais poder. Caia na real, Murilo! Eu tenho ações dessa empresa e você não pode me tratar como uma ninguém!

Olhei para a Virgínia, ainda sentada no mesmo lugar, mas com uma postura de insegurança claramente visível.

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