Amor Iniciado pela Intriga romance Capítulo 26

De pé ao lado do carro e falando ao telefone sob a brisa fria, a cabeça de Priscila estava um pouco tonta e suas pernas balançavam.

Os olhos de Leonardo se estreitaram, ele arrancou o celular de Priscila e o desligou, pegando-a no colo e indo para o outro lado do carro.

Ao sentir o corpo perdendo o peso de repente, Priscila levou um susto e o guarda-chuva quase voou de sua mão. Ela puxou a camisa do homem com uma mão e disse com uma cara fria:

- Leonardo, me põe no chão!

Leonardo a ignorou, abrindo a porta do lugar ao lado do motorista e a empurrando para dentro.

- Sr. Leonardo, chega! - vendo que o homem foi puxar o cinto de segurança, Priscila disse friamente. - Eu posso encontrar um outro motorista, não há necessidade de você se importar!

Durante os seis anos de casamento, Leonardo nem se importou com ela e conversas entre eles foram poucas e distantes. Mas após o divórcio, em apenas alguns dias, ela e Leonardo se encontraram várias vezes.

Quando São Tridente ficou tão pequena?

Leonardo viu que ela estava se sentindo mal e ainda parecia teimosa, seu coração ficou cada vez mais irritado:

- O tempo está péssimo, mesmo que você chame um táxi na internet, ninguém vai a atender.

- Se eu não consiga encontrar, é problema meu.

- Priscila. - O homem se inclinou para mais perto de Priscila, seu hálito frio a envolvendo, seus olhares eram frios e pesados. - Você tem que ser tão teimosa assim?

O espaço dentro do carro era reduzido, e uma vez pressionada, não havia lugar para Priscila se esconder.

Seu rosto ficou cada vez mais frio enquanto tentou falar, mas quando ela olhou para as costas do homem, notou que quando a levou dentro do carro, ele não podia usar o guarda-chuva, e estava chovendo muito lá fora, então a maior parte de suas costas estava molhada.

Leonardo olhou para ela e continuou a puxar o cinto de segurança, mas como ele estava perto, seus dedos passaram acidentalmente pelo peito de Priscila.

Ambos congelaram.

Priscila reagiu primeiro, puxando o cinto de segurança de sua mão e o inserindo na fivela.

O nó na garganta do Leonardo rolou:

- Desculpe.

- Está tudo bem, claro que o Sr. Leonardo não foi proposital. - Priscila pensou no que o Sr. Sandro havia dito durante o jogo de baralho antes e não pôde deixar de zombar do Leonardo. - O Sr. Leonardo é mesmo um raro "santo" do século!

Diante das palavras frias da mulher, Leonardo apenas enrugou suas sobrancelhas e rapidamente entrou no banco do motorista, dando a partida no carro.

Leonardo perguntou:

- Onde você mora?

- No Condomínio La Baía de Água Rasa. - Priscila respondeu friamente, olhando para a janela com o queixo apoiado na mão.

Nenhum deles abriu mais a boca, e o ambiente ficou em silêncio, apenas com o som leve do balançar dos limpadores de para-brisa.

Priscila tinha apanhado chuva e estava muito desconfortável.

Agora que ela estava no carro com o ar quente, com o choque térmico, ela se sentiu cada vez mais tonta e adormeceu em pouco tempo.

O carro já tinha chegado ao Condomínio La Baía de Água Rasa, mas Leonardo não sabia em qual prédio Priscila morava, e vendo que seu rosto estava corado, ele adivinhou que ela estava com resfriado.

- Priscila. - Leonardo deu uma palmadinha na bochecha da mulher. - Tome o remédio para resfriado.

Depois de chamar várias vezes, vendo que Priscila ainda não reagia e até tossiu algumas vezes, ele colocou o remédio na própria boca, depois abriu a boca da mulher e alimentou à força o remédio em sua boca.

Os lábios de Priscila estavam um pouco frios, mas muito macios. Eram uma tentação, tornando difícil para Leonardo se controlar, querendo ir mais a fundo.

Mas então o celular no apoio de braço do carro vibrou.

Ele voltou a si e varreu o olhar sobre os lábios ligeiramente inchados de Priscila antes de perceber o que tinha acabado de fazer.

- Leonardo, você já terminou de conversar sobre os negócios? -a voz suave de Camila veio do outro lado da linha.

- Terminei.

- Então venha buscar eu e minha tia no Shopping Aurene. - Camila disse. - Eu estava fazendo compras com ela, mas não esperava que de repente chovesse tanto assim, e o motorista foi buscar o Rafa na escola, então não tem tempo para nos buscar, por isso eu o liguei.

Leonardo olhou para Priscila e disse em voz baixa:

- Entendi, estarei lá em quinze minutos.

- Tome cuidado no caminho.

Havia um leve cheiro de perfume no carro, um perfume que Priscila usava com frequência, e quanto mais Leonardo o cheirava, mais irritado ele ficou.

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