O Egípcio romance Capítulo 17

Hassan

Ela é a mulher errada! Essas palavras ressoam no meu cérebro, me lembrando disso mais uma vez.

Ela é um perigo para mim, sob todos os aspectos. Contudo, desde que a conheci, é como se uma força maior me puxasse com fios invisíveis para ela. Sinto um sentimento profundo e incontrolável, algo que jamais senti em toda a minha vida. Karina tem o poder de tirar o brilho de outras mulheres, como se elas perdessem o magnetismo que antes tanto me atraía.

Allah! Nada me preparou para isso. A atração é tão forte, que me sinto sob o domínio dela, como se ela tivesse um poder sobre mim, e isso é algo que jamais experimentei. Sempre foi ao contrário. Sempre era eu que tinha o controle, subjugava, dominava… nunca me senti assim, à deriva, a ponto de perder minha razão.

Allah! E essa atitude dela de querer me afastar de si? É algo instigante, e ao mesmo tempo irritante. Eu quero que ela se renda à atração mútua que sentimos.

Por que ela tem que dificultar tanto as coisas?

E quando é que eu desisti de algo?

Nunca!

Entro na mansão, pensativo.

Mas, também, eu estou fazendo tudo errado. Quando me vejo, estou despejando minhas verdades sobre ela. Eu não aprendo!

Preciso saber domar meu jeito, minhas atitudes, minhas palavras. Preciso afastar essa luta interior que sinto, esses sentimentos contraditórios, e experimentar o doce, ainda que ele caia no meu estômago como um ácido. Porque tem tantas coisas que, se eu usasse minha razão, me afastariam dela.

Primeiro: uma mulher inglesa não é confiável. Um exemplo claro é Helena, e ao longo de minha vida fui assediado por muitas mulheres casadas. Eu as rejeitei, é claro. Odeio a infidelidade e não sou hipócrita estimulando isso.

Segundo: ela é o tipo de mulher que eu não escolheria para casar.

Terceiro: Allah! E quem disse que quero me casar?

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