Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 48

O silêncio encheu a sala.

Um silêncio entorpecente, opressivo, desanimador.

As paredes estavam se fechando, avançando cada vez para mais perto como um maldito pesadelo. A voz da Dra. Bharathi atravessou o vazio de dormência entre os ouvidos de Kate: “Olhando aqui para os seus exames de sangue, seus níveis de hCG parecem estar caindo por conta própria. Acho que devemos manter o monitoramento ativo. A gravidez parece estar se dissolvendo por conta própria. Se seu nível hormonal aumentar, precisaremos procurar outros tratamentos, mas, no momento, acho que seu corpo está fazendo o trabalho duro por nós”.

A voz da médica sumiu, e os batimentos cardíacos de Kate soaram alto em seus ouvidos. Ela não se importava com os efeitos colaterais da rejeição de seu corpo ou o fato de que precisaria fazer exames de sangue a cada dois dias para garantir que seus níveis hormonais estivessem caindo. Ela não se importava com suas chances futuras de uma gravidez próspera ou com o fato de seu DIU ter sido removido com sucesso. Tudo o que conseguia pensar era que ela havia falhado. Sua garganta se fechou, sua boca estava seca enquanto ela olhava para Colton. Os olhos negros dele olhando para baixo, incapazes de encontrar seu olhar. Ele estava cabisbaixo, e Kate queria desmoronar.

O silêncio permaneceu até que estivessem de volta ao apartamento. Kate engoliu em seco, dando um passo à frente para agarrar a mão de Colton. Ele a deixou cair frouxamente, caindo para trás no sofá e enterrando a cabeça nas mãos.

"Sinto muito", Kate sussurrou, dobrando as pernas debaixo dela enquanto se sentava ao lado dele.

"Eu... eu não posso te confortar agora, Kate".

A tensão em sua voz fez o coração dela se repuxar e ela odiava se sentir tão sem esperança. Kate assentiu, compreensiva: “Eu sei, mas podemos confortar um ao outro. Você quer ir se deitar?”

Ele olhou para ela com os olhos arregalados, balançando a cabeça. “Kate, uma semana atrás você queria se livrar dele. Por que você precisa ser consolada? Você conseguiu o que queria”.

“Isso não é justo”. As palavras dele foram como um tapa na cara, e Kate deu um pulo para trás. "Você está chateado, eu entendo, mas isso é tão doloroso para mim quanto para você, Colton".

"Eu não acho".

Sua frequência cardíaca aumentou, e a cavidade de seu pescoço vibrava constantemente enquanto ela olhava para ele, boquiaberta: “Você sabe que eu tenho que passar pelo processo de perder nosso bebê, não sabe? A dor física será um lembrete constante, tenho certeza”.

“Você ia abortar de qualquer maneira. Você estava preparada para passar pela dor física”.

Ele olhou para a porta, estalando os dedos, e Kate sentiu seu desejo de fugir. Havia uma tempestade se formando entre eles. Ele a culpava e, para ser bem honesta, ela o culpava. Ela não queria a porra de um bebê, mas ele estava tão animado, tão envolvido com a ideia e tão melancólico quando ela o vetou, que ela não conseguiu dizer não. E então a ideia floresceu, e quanto mais ela pensava nisso, mais animada ficava. E agora, bem, agora ela se sentia uma merda.

Sua raiva borbulhou e ela estreitou os olhos para ele: "Você está sendo um idiota".

"Eu acho que ganhei o direito", ele retrucou, piscando para ela com olhos assombrados. “Eu cuidei de você, coloquei suas necessidades antes das minhas, e você não pensou em mim uma única vez. Eu estava apavorado. Eu sabia que algo estava errado, mas fiz minha melhor cara de coragem, porque vi como você estava com medo. Vai saber por que eu me incomodei. Isso é o que você queria o tempo todo”.

A raiva de Kate diminuiu momentaneamente, e ela ficou vermelha de culpa. Ela não havia tentado confortá-lo durante toda a semana de tensão. Ela se entregou ao afeto dele, olhando para ele para ter certeza de que tudo ficaria bem. Se ela precisava tanto de acolhimento agora, sendo que ela nem queria o bebê em primeiro lugar, não podia nem começar a imaginar o quanto ele precisava daquilo.

"Você tem razão. Eu fui egoísta e sinto muito”. Ela estendeu as mãos para ele e sentiu seu estômago arrepiar quando ele as empurrou para longe. “Me deixe fazer as pazes com você agora. Por favor".

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