Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 49

A porta se abriu, e o rosto cheio de tristeza de Paloma cumprimentou Kate com um abraço caloroso. “Dylan se ofereceu pra levar a Floss pra passar a noite. Somos só você e eu, bebê. Comprei chocolate, sorvete e pipoca de caramelo, que você gosta, e um monte de Tylenol e pastilhas. Eu não sabia do que você ia precisar, então comprei tudo o que pude pensar”.

Kate forçou um sorriso e sentiu a rigidez de suas bochechas por causa das lágrimas secas. Ela não tinha pensado em nenhuma de suas necessidades e sentia-se muito grata pelo bom senso de Paloma, já que parecia que o seu próprio havia desaparecido. “Obrigada, P”.

“Você fez o mesmo por mim”, Paloma sorriu, esfregando suavemente os braços de Kate enquanto a conduzia para dentro. “Vá e coloque seu moletom. Vou pegar uma bolsa de água quente e podemos sair e ver algum filme”.

Paloma desapareceu de vista, e Kate serpenteou pelo corredor, parando na entrada do quarto de hóspedes e respirando fundo. Por mais que ela amasse sua melhor amiga, não era ali que ela queria estar. Realmente não era. Vasculhou sua bolsa apressadamente e encontrou um par de moletons de Colton e uma de suas longas camisetas de banda. Não havia colocado na bolsa de propósito, só pegou o que pôde, mas ela estava tão agradecida por ter o cheiro dele envolvendo-a em sua ausência. Tirando o jeans, Kate engasgou ao ver a pequena mancha de sangue que havia vazado de sua virilha. Seu coração saltou para sua garganta quando ela tirou a calcinha, sentindo uma forte onda de náusea ao ver o material manchado de vinho. Ela estava tão envolvida em seu desgosto que sequer deu atenção para a cãibra insistente em sua pélvis, embora estivesse se tornando cada vez mais difícil de ignorar.

“P!”, ela chamou, com novas lágrimas caindo em cascata pelo rosto enquanto ela olhava horrorizada para o semblante preocupado da amiga, parada na porta. "Eu preciso de absorvente, por favor".

“Merda, bebê”, Paloma fez uma careta triste, estendendo o pacote de absorventes que ela já estava segurando. Enquanto Kate se limpava, correndo para se trocar, ela observou com gratidão enquanto Paloma usava seus jeans limpos para pegar a calcinha manchada de Kate e levá-la para a lavanderia. Kate fechou os olhos, ouvindo a torneira aberta, enchendo a pia para absorver os resquícios de seu fracasso.

Kate entrou na sala de estar, envolvendo-se com os braços e caindo pateticamente no sofá. Paloma abriu um sorriso simpático e entregou-lhe alguns comprimidos e um copo de água, bem como uma bolsa térmica aquecida, que aliviou um pouco as cólicas do ventre irritado de Kate.

"Você quer falar sobre isso?", Paloma murmurou, afastando o cabelo escuro de seu rosto enquanto olhava para Kate.

"Na verdade, não", Kate suspirou. “Estou perdendo o bebê de Colton e estraguei nosso relacionamento no processo, sendo uma cadela egoísta”.

Paloma retrucou, acariciando os dedos trêmulos de Kate enquanto os pegava inquietamente: “Você não estragou seu relacionamento. Colton te ama, Kate. Heath saiu para se certificar de que ele estava bem antes de você chegar aqui. Eles se falaram por telefone. Ele está arrasado e sente que não pode cuidar de você do jeito que você precisa agora”.

Kate se sentiu impotente, desesperada para estar com ele, para confortá-lo. Ela odiava a forma como tinha reagido. “Eu deveria estar cuidando dele”.

"Sim, você provavelmente deveria", Paloma assentiu. “Mas esta é uma experiência nova e dolorosa para vocês dois. Eu não acho que negligenciar os sentimentos dele foi algo que você fez de propósito”. Ela suspirou, vendo Kate morder o lábio antes de encostar a cabeça em seu ombro: “Você não pode voltar atrás e mudar como reagiu, bebê, mas pode ter certeza de que ele não vai se sentir sozinho na próxima vez que algo difícil acontecer com vocês”.

Kate engoliu em seco e limpou as gotas de lágrima que ameaçavam se derramar de seus olhos vermelhos. Paloma se levantou da sala, acariciando a perna de Kate de forma tranquilizadora e murmurando algo sobre comida antes de desaparecer na cozinha.

Kate agarrou o celular ao seu lado e percorreu suas mensagens, pousando no nome de Colton. Ela inalou profundamente, sentindo o perfume habitual dele impregnando seus sentidos, antes de começar a digitar com as mãos trêmulas.

“Eu te amo pra caralho, Colton. Sinto muito por ter sido uma idiota egoísta e farei qualquer coisa para compensar você. Eu prometo”.

Não houve resposta.

Kate verificou seu celular religiosamente ao longo da tarde e à noite, e seu coração parava a cada tela em branco. Mesmo na cama, ela olhou a tela mais vezes do que podia contar, desesperada para ver o nome dele aparecer, mas só ficava desapontada e com o coração partido. Já passava das quatro da manhã quando ela enfim sucumbiu a um sono irregular.

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