Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 50

Colton agarrou-se ao corrimão e ofegou, tentando desesperadamente recuperar o fôlego. Correr nunca tinha sido sua praia, e ele não fazia a menor ideia de porquê ter achado que aquilo seria uma boa ideia. Kate sempre dizia que 'limpava a cabeça', mas ele estava ainda mais nebuloso. Tinha certeza de que os cigarros haviam destruído sua capacidade pulmonar.

Depois de ouvir a doce voz de Kate pelo telefone naquela manhã, seu corpo implorou por uma liberação. Não poder abraçá-la para dormir, não poder fodê-la ou beijá-la ou cheirá-la ou saboreá-la, não a ter ao lado dele em cada momento, tudo isso estava o deixando louco. Mas a corrida tinha sido uma ideia idiota e agora ele sentia ainda mais a falta dela.

Um barulho suave soou do andar de cima, e Colton gemeu. Ele rezou para que fosse o novo casal que tinha acabado de se mudar e não a velha cadela que havia ameaçado despejá-lo. Ele achava que não seria capaz de não a empurrar acidentalmente pela porra da escada.

As pantufas cor-de-rosa apareceram, e ele sabia que estava prestes a uma batalha verbal. Tentou escapar do corredor, mas estava completamente sem fôlego, pairando sobre o corrimão como o pedaço patético de merda que achava ser agora.

Ela passou por ele; uma bufada gentil escapando dela. Era mais do que provável que fosse só a velhice dela e seu corpo reagindo à atividade, mas a raiva de Colton se intensificou.

Ele levantou o corpo do parapeito, estreitando o olhar para a mulher: "Eu não posso ficar na porra da minha escada?"

A Sra. Huang enrijeceu, preparando-se para soltar seu próprio discurso antes que seus olhos enrugados examinassem as olheiras escondidas sob os olhos fundos do rapaz. Ela deu um passo para trás, murmurando: "Você está bem?"

"Porra, eu pareço bem?"

Balançando a cabeça, a Sra. Huang falou com sinceridade: “Não, você não parece. Onde está a Kate?”

"Por que?" A risada que ele soltou era estranha, alta e retumbante, mas totalmente sem diversão. “Você quer rir na cara dela de novo? Menosprezar as experiências dela?”

A expressão da velha se afundou no rosto, e um aceno fraco sacudiu seus cabelos grisalhos de sua posição bem escovada. “Eu queria me desculpar com ela, com você. Wade me contou o que aconteceu, depois que ele ficou sóbrio, e, embora eu não concorde com a violência, entendo por que você fez o que fez. Se vale de alguma coisa, Wade está muito envergonhado por suas ações”.

Os olhos de Colton se arregalaram, e sua mente foi incapaz de processar o pedido de desculpas. Lágrimas ameaçaram cair ao lembrar de uma época que parecia tão simples, tão fácil, mas ele se recusou a desmoronar na frente da Sra. Huang. Recompondo-se, ele retrucou: "Ele deveria estar mesmo".

A Sra. Huang ignorou a hostilidade na voz dele e sorriu: “Eu vi a Kate sair ontem. Ela parecia chateada”.

“Não é da sua conta”.

"Não, não é. Você tem razão". A velha hesitou por um momento, antes de sua mão disparar para a frente, acariciando a carne suada e escura do antebraço dele. Os olhos de Colton se fecharam sem pensar e a imagem de sua mãe inundou sua mente. Ela muitas vezes acariciava o braço dele daquela maneira. Ele desejou como nunca que ela ainda estivesse viva. Ela saberia exatamente o que dizer, como lidar com aquela situação. Ela sempre sabia.

A Sra. Huang soltou um suspiro trêmulo: “Meu filho e sua esposa se separaram por algumas semanas antes de se casarem. Ele achou que precisava de espaço, mas naquelas três semanas que ele ficou sem ela, ele esteve mais chateado do que nunca. Às vezes, o que pensamos que queremos e o que realmente queremos são coisas diferentes”.

Os olhos de Colton se abriram, certificando-se de que a mulher diante dele não era sua mãe. A voz dela se transformou em sua mente e um leve cantarolar de sua mãe se tornou audível. Era a Sra. Huang, e ele se repreendeu por acreditar que sua mãe estaria falando através dela. Colton tropeçou para trás, vagamente ouvindo a velha pedindo-lhe para repassar suas desculpas a Kate, mas incapaz de processar qualquer coisa naquele momento. Ele estava ficando louco e precisava de Kate.

Colton percorreu o apartamento em busca de seu telefone e o encontrou apoiado na pia do banheiro. Kate estava sempre dizendo a ele para mantê-lo por perto, que ela estava cansada de ter que ajudá-lo a encontrar o celular sempre que ele "desaparecia". Ele riu com o pensamento, antes de discar o número dela. Seu pé batia impacientemente embaixo dele, esperando que a doce voz ecoasse pela linha, mas não aconteceu.

Ele tentou mais duas vezes, sentindo a frustração queimar seus ossos enquanto pegava as chaves do carro no balcão da cozinha e descia as escadas o mais rápido que podia. Ele tinha que chegar até ela; para abraçá-la e beijá-la e dizer que ele estava muito arrependido por ser um idiota. E quanto mais cedo ele chegasse até ela, melhor.

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