Meu Vizinho Pervertido romance Capítulo 62

O som de seu sangue correndo por seu corpo foi ensurdecedor, e seu coração bateu violentamente contra sua caixa torácica. Kate saltou da cama assim que ele afrouxou seu abraço, e as costas dela bateram contra a parede. Ela olhou aterrorizada para o homem que conhecia há muito tempo. Ele estava com uma postura arrogante, tão calmamente composta, como sempre foi, mesmo quando ele se levantou dos lençóis, ligeiramente desgrenhado e com uma ereção furiosa. O ar de autoridade que ele possuía nunca vacilava e nem mesmo um breve lampejo de constrangimento percorreu seu rosto digno.

"O que você está... co... como você... por que você está..." As palavras lhe faltaram por completo, e os pensamentos acelerados em sua mente eram mais rápidos do que ela era capaz de processar. A náusea a dominou ao pensar que as mãos e a boca dele estavam sobre ela.

"Quando você acordar direito, vai entender o que está acontecendo", ele riu de maneira arrogante.

Kate engoliu em seco, estreitando os olhos de mel na figura bem construída diante dela, vestida com nada além de uma cueca boxer Hugo Boss. “Eu só não tenho ideia de por que você está aqui”.

"Bem", ele sorriu, empoleirando-se na beirada da cama. Cruzou uma perna sobre a outra, expondo a protuberância dura que Kate queria desesperadamente apagar de sua memória. "Estou aqui para te levar para casa", ele acenou com a mão como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

A boca de Kate se abriu, e os olhos descrentes se esbugalharam: “Casa? Eu achei que você e o Harry não... por que você veio até aqui para me convencer a voltar para ele?”

Preston revirou os olhos, levantando-se da cama e passeando em direção a ela. Seus dedos afastaram os fios de cabelo bagunçados dos olhos dela, e Kate se encolheu, mas ficou quieta, esperando sua resposta. Perguntas que ela não conseguia nem começar a compreender as respostas encheram sua mente.

"Não para ele", ele sussurrou: "Para mim".

O choque tomou conta de seu corpo por completo, e Kate estremeceu, ainda com a boca aberta. Beliscou-se com força no braço, esperando acordar de qualquer maldito pesadelo em que estivesse, mas tudo o que sentiu foi a dor aguda e lancinante que vibrou em todo o comprimento de seu antebraço.

Imperturbável pelo silêncio dela, Preston continuou: “Eu assumi que depois de Harry, você precisava de algum... tempo. Para processar quem você era e o que realmente queria, então fiz a árdua escolha de te dar algum espaço. Eu assisti de longe, é claro”. Ele sorriu para si mesmo, o que causou um arrepio na espinha de Kate. "Eu estava esperançoso de que você voltasse para Seattle mais cedo ou mais tarde, mas aí...", seu sorriso se dissipou e o tom da voz dele ficou mais sombria: "eu soube do seu namorinho com aquele loiro e soube que era hora de intervir".

"Você... foi você que deixou o bilhete na minha porta", Kate engoliu em seco, empurrando-se ainda mais contra a parede em uma tentativa de escapar da proximidade dele. “Você invadiu minha casa?”

"Sim, sim, isso tudo fui eu", ele abriu um sorriso encantador, balançando a cabeça orgulhosamente como se fosse uma coisa muito normal de se fazer. “Mas você insistiu, primeiro com o loiro e depois com aquele bruto tatuado do apartamento do lado. Como você acha que me fez sentir ao te ver com ele, Kate?”

Os olhos dela se arregalaram cheios de descrença quando flashbacks do acidente de carro de Paloma e Heath explodiram em sua cabeça. Ela olhou com desprezo para Preston e murmurou: “Você... você bateu no carro do meu amigo”.

“Bem, isso foi um mal-entendido, para ser honesto. Eu pensei que ela era você, toda encapotada por causa do frio, e quando vi ela beijar aquele cara, eu... bem, eu deixei meu ciúme tomar conta de mim. Foi besteira, mas essas coisas são de se esperar”, ele deu de ombros. “Veja bem, ver meu irmãozinho te bajular era uma coisa, Katie. Pelo menos você estava por perto. Eu podia deitar ao seu lado à noite enquanto o Harry estava vagando por aí, ou te ver dançar de manhã quando você fazia seu café da manhã, ou enquanto fazia ioga com aquelas calças justas. Eu podia conversar com você sobre o seu dia durante o jantar, ou descansar um pouco perto de você quando assistimos a um filme. Eu podia pegar sua calcinha sem você suspeitar, ou acidentalmente encontrar você no chuveiro”.

O estômago de Kate se revirou, e ela se perguntou quantas vezes Preston havia espreitado sem que ela prestasse atenção.

“Foram essas lembranças de estar com você que tornaram a espera tolerável, mas te ver com outros homens, isso... me enfurece de uma maneira que eu não acho que você possa sequer começar a compreender. Você se divertiu, Katie, mas agora acho que é hora de voltar para casa”.

"Você está delirando, Preston", Kate olhou para ele, incrédula. “Você e seu irmão são psicóticos”.

Os ombros expansivos de Preston enrijeceram, e seus punhos cerraram-se ao lado do corpo com a rejeição dela antes que ele rapidamente recuperasse a compostura: “Pobre Harry. Ele é a coisa mais distante do psicótico. Raivoso, sim. Promíscuo, sim. Um lixo, sim. Mas psicótico, não. Ele não estava nem perto do seu apartamento na noite do incêndio, Katie”. Percebendo a descrença dela, ele prosseguiu em um tom presunçoso: “Quando se trata dos negócios da família, só um de nós é inestimável. Nosso pai não teve escolha a não ser forçar Harry a assumir a culpa”.

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