O pecado original romance Capítulo 46

Eva sentiu seu estômago se revirar em antecipação e estremeceu violentamente quando sentiu os dedos ágeis do homem agarrarem o seu fio dental de entre as suas nádegas e o puxarem para o lado.

O homem depositou uma mordida no pescoço de Eva, que sentiu seu corpo se aquecer ainda mais. A mão que lhe acariciava o seio desceu por sua barriga e foi, de maneira ávida, em direção à parte da frente da sua saia. A mão que segurava a calcinha avançou sobre o ânus de Eva, apertando-o violentamente, não o invadindo de rompante apenas por que, ao sentir tal pressão, Eva moveu seu quadril, desvencilhando-se em um ato reflexo em resposta à fisgadinha de dor que sentiu.

Entendendo a reação de sua vítima, o homem avançou seus dedos através do períneo e os deslizou por sobre os grandes lábios, contornando-os enquanto lubrificava seus dedos na umidade abundante que por ali se espalhava. Ele se demorou por ali por um par de minutos até que a respiração de Eva se normalizasse, mesmo que levemente e, então, enterrou-os até a base em sua vagina, fazendo-a soltar o ar de seus pulmões em um gemido tão alto que teria sido impossível que as pessoas ao redor não tivessem notado. Eva abriu ainda mais as pernas e empinou o quadril, dando por completo, o seu aval ao seu assediador.

O homem ergueu a parte da frente da saia de Eva e levou a mão até seu sexo, massageando seu clitóris de maneira um tanto desconfortável, o que, àquela altura, não pareceu incomoda-la. Os dedos do homem passaram a massagear o interior da sua vagina completamente ensopada, o que a mantinha em transe. Para ser capaz de empinar ainda mais seu quadril e buscar o máximo de prazer da situação, Eva se atirou adiante, apoiando as mãos sobre as costas do homem que estava a sua frente. Havia sido simplesmente incapaz de evitar e naquele momento, nem mesmo foi capaz de se importar. O homem a olhou por cima do ombro, claramente incomodado. Era um homem alto e massivo, com uma barba hirsuta e preta e um semblante que denotava uma certa intolerância, característica de quem havia passado por toda uma jornada de trabalho. Eva o encarou com olhos enevoados e suplicantes, tomada pela luxúria.

Impensadamente, ela enterrou suas unhas nas costas do homem à sua frente quando sentiu um polegar sorrateiro pousar sobre seu ânus e massageá-lo em círculos, trazendo à tona uma leve ardência. O homem alto se virou de frente para ela com um movimento rápido, reflexo da dor que sentira por conta da unhada e segurou as pequenas mãozinhas, pensando, claramente, em repreendê-la. Ele a encarou, tomado por uma raiva repentina, mas amainou sua expressão ao perceber o que acontecia. Permitiu, então, que Eva pousasse as mãos sobre seu peito massivo e trocou um rápido olhar de cumplicidade com o homem atrás dela.

Eva havia sido incapaz de perceber a troca de olhares, tomada completamente por uma onda de calor ao sentir a ponta do polegar do estranho atrás de si a abrir caminho para lhe invadir o ânus. Involuntariamente, ela enterrou seu rosto no peito do homem à sua frente, como que para abafar seus gemidos e ele se deixou ser usado como almofada. O leve cheiro de suor e desodorante na camisa do estranho invadiu suas narinas e apenas potencializou sua excitação.

Ao sentir o clímax que se aproximava perigosamente, ela abocanhou o tecido da camisa e um naco da pele do homem à sua frente, enterrando seus dentes e o fazendo soltar um gemido contido e enterrar seus grossos dedos em seus cabelos, puxando-os dolorosamente para trás. Eva foi atingida por um espasmo violento que a fez se atirar involuntariamente para frente para se libertar do homem que a estava violando. Eva enlaçou o homem a sua frente com os braços e cravou as unhas em suas costas enquanto apreciava um breve orgasmo, gemendo contra o peitoral largo. Ela movia seu quadril para cima e para baixo, como se por conta da memória muscular, seu corpo buscasse desesperadamente seu parceiro.

Quando foi capaz de se acalmar, alguns momentos mais tarde, sentiu-se brevemente culpada. Havia se permitido ser tocada não apenas por seu amante, mas por um estranho dentro de um ônibus lotado.

Percebendo a situação em que se encontrava, Eva se afastou o quanto pôde do homem à sua frente, desculpando-se timidamente. Ela tentou se alinhar tão bem quanto foi capaz e baixou a saia que estava erguida até a sua cintura, observando os arredores. Alguns olhos curiosos a observavam e ela foi atingida por um misto de vergonha e excitação. O homem à sua frente não parava de encará-la e ela apenas desviou seus olhos para baixo, evitando o olhar.

Ela se assustou com o volume que se formava na calça do homem e só então percebeu o absurdo que estivera fazendo até então. Ela olhou da virilha do homem para seus olhos profundos e ele torceu a boca em um sorriso repleto de malícia.

Por pouco que Eva não pulou de susto quando sentiu algo a tocar sua coxa novamente. Ela sabia se tratar do homem que a estava violando com os dedos havia pouco. A mão que se pousara na coxa subia-lhe novamente a saia. O corpo de Eva ainda se encontrava entorpecido por conta do orgasmo que acabara de atingir, mas, ela ainda tentou levar a mão para trás para impedir que uma loucura ainda maior fosse cometida. No entanto, ela sentiu um aperto firme sobre seu pulso. A mão do homem a sua frente se fechava ao redor de seu antebraço como se ele fosse um mero graveto e, sem que Eva tentasse se desvencilhar, sua mão foi guiada até a ereção do estranho.

Eva abriu seus dedos e pousou-os sobre o pênis do homem de maneira submissa, atingida por um sentimento de culpa por tê-lo envolvido naquilo. Com isso, o homem atrás de si já havia sido capaz de erguer sua saia novamente e, outra vez ela se encontrava em uma situação de completa vulnerabilidade. Vários olhos agora eram atraídos em sua direção e, por menos que fizesse sentido, aquilo apenas a deixava mais excitada.

O estranho que estava as suas costas a segurou pelas ancas e a puxou para trás. Eva empinou seu quadril, esperando encontrar novamente a ereção do homem por sob sua calça, mas se sobressaltou quando sentiu o calor da pele do homem sobre sua bunda. Seu coração parecia querer saltar pela garganta quando ela caiu em si sobre o que estava para acontecer. O homem havia sacado seu pênis através da braguilha da calça e o esfregava luxuriosamente na bunda de Eva, buscando o vale entre suas nádegas. Eva foi capaz de sentir a haste do sexo do homem a lhe pressionar o ânus por sob a tira do fio dental. Ela tentou se desvencilhar apenas por um momento, mas então se sentiu impelida a dar ao homem a mesma quantidade de prazer que ele lhe havia dado. Deixou, então, o homem se esfregar ali tanto quanto foi de sua vontade e até mesmo apreciou quando, em dado momento, sem que precisasse usar as mãos, ele havia sido capaz de esgueirar seu sexo por sob o fio dental, posicionando-o entre sua calcinha e o seu ânus.

Aquilo havia, sem sombra de dúvidas, tomado uma proporção maior do que ela havia prospectado.

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