Grávida de um mafioso romance Capítulo 72

_vamos?_ Luigi segura na minha mão enquanto andamos em direção ao seu jatinho particular. Estou mais que nunca me sentindo em uma fanfic de mafioso.

Finalmente decidi voltar para casa e contar a minha mãe sobre a minha gravidez. Luigi resolveu ir comigo mesmo sem eu ter o pedido, sou grata por isso porque precisaria dele ao meu lado, estou nervosa e sem saber o que dizer, tenho medo que a minha mãe me rejeite ou nunca mais queira olhar na minha cara.

Com tudo resolvo usar uma roupa que disfarce a minha barriga, ela não estava tão grande, entretanto se usasse uma roupa colada seria visível que estava grávida.

Ou eu poderia parecer que tenho cirrose.

Meu objetivo era dizer a verdade para a minha mãe e também buscar Mari, estava precisando dela para compartilhar o caso da garota traficada que Luigi mantém presa em sua casa vulgo mansão. Tudo bem que ainda não sabia da sua história completa, precisava investigar mais. Algo naquilo não me cheirava bem.

Luigi disse que poderíamos ficar no prazo de uma semana no Brasil, porque ele teria que voltar para que tomasse o lugar como chefe da família Benacci. Ele havia deixado os preparativos na mão da sua irmã Giulia e teria vindo comigo para me dar força para contar sobre a gravidez para a minha mãe. Nunca tinha percebido o quanto ele era atencioso comigo, principalmente agora que estou grávida.

Ai...esse italiano...esse meu italiano...

***

Chegando no aeroporto, fui logo mandando uma mensagem para minha amiga vir me buscar, ela iria comigo e Luigi até minha casa. Preciso de toda energia positiva para ter coragem o suficiente para dizer a minha mãe que ficaria quase um ano sem ter que vê-la, claro, teria que ficar na Itália enquanto estivesse no período de gestação.

E depois...bom, não vou dizer que sei o que vou fazer depois, não acho que teria mais coragem de fugir de Luigi, depois que passei esses dias com ele. Estávamos mais unidos e eu o amava, talvez seja por causa da gravidez que havia me deixado mais emotiva e bem sentimental à ponto de me fazer chorar por qualquer coisa. Mas eu, ainda sim, tinha certeza que o amava. Mesmo não sabendo se era recíproco, Luigi nunca havia me dito que me amava e em consequência eu também não tinha dito, talvez não tinha surgido o momento propício ou simplismente não era o momento para isso.

Ele estava assumindo como chefe da máfia e eu teria um bebê, ou seja, não teríamos um bebê. Talvez esse não seja o momento adequado para falarmos sobre nós, era o momento de curtimos e cuidarmos do nosso bebê.

Ainda é tão estranho chamar de "nosso bebê"...

_Carolina!_ Mari gritava ao correr para me abraçar, abraço com toda a força a minha amiga e andamos juntas até o carro que Luigi havia alugado.

Digo o endereço para o motorista e saímos em direção a minha casa. No caminho Mari me atualiza das fofocas que estavam correndo na Montero, quando ela começa a falar sobre a megera da Cassandra Luigi vira o rosto e fica olhando a janela, sei que ele está magoado mas mesmo assim se mantém atento quando Mari diz que a mesma fazia semanas que não aparecia na empresa ou dava notícias.

Não me atrevo à intervir nessa história, isso era entre ele e a megera, e mesmo não gostando dela não vou colocar lenha na fogueira. Sei da mágoa que ele sente por ela ter o abandonado, não quero julgá-la sem saber a sua motivação para tal ato, gostaria de poder ajudar o meu italiano.

Chegando no endereço, desço do carro e bato na porta, quem atende a mesma era Roberto. Era de se esperar, segunda de manhã, enquanto todo mundo está trabalhando em seus respectivos trabalhos, o encostado e preguiçoso namorado que a minha mãe fez a burrada de colocar para dentro de casa, estava com certeza preparando petiscos para acompanhar a cerveja gelada que segurava na mão esquerda.

_Carolzinha!_ ele fica surpreso e me abraça, deixando um beijo no topo da minha cabeça. O amaldiçoou porque tinha lavado o cabelo e sem sobra de dúvidas que o seu bafo de bêbado ficaria impregnado na minha raiz.

Ah, maldito encostado!

_por que não disse que chegaria hoje de viagem? Eu poderia ter ido te buscar!_ a forma animada que ele fala me dá a certeza que ele estava bêbado o suficiente para não saber diferenciar a direta da a esquerda.

Se eu quisesse morrer hoje, talvez eu tivesse te chamado ?

_não precisa, minha mãe está em casa?_ sou logo direta, não gosto de fingir gentileza por muito tempo, Luigi vendo a minha impaciência maquiada de saudade, se aproxima e fica ao meu lado.

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