Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 24

Eram dez da noite quando Noah dormiu, não estava mais me aguentando de fome, desci para a cozinha, provavelmente Oliver não estaria mais por lá.

A pia estava limpa, e não tinha nada no fogão, nem parecia que ele tinha cozinhado por ali.

— Um homem asseado, que raro! — Ciciei.

Pensei em sua falta de empatia de não deixar nada para mim, já que da outra vez havia comido a sopa que eu havia guardado, e também, porque o que ele estava fazendo estava cheirando bem, contudo, peguei uma pequena panela e fiz uma sopa para mim, era algo rápido e nutritivo, já que colocava várias verduras dentro. Enquanto a sopa cozinhava, me sentei no banco da bancada que dividia a cozinha da sala, olhava Noah pela babá eletrônica e mexia no celular.

Comecei a olhar as fotos que tirei mais cedo, ficou uma mais linda que a outra, peguei uma das fotos que tirei com Noah e coloquei no meu protetor de tela do celular, depois olhei as fotos que Oliver tirou com ele, e dei zoom em seu rosto.

Oliver estava realmente bonito, e aquele terno o deixava com um ar sério e sensual, não entendia o porquê de Liana ter feito tal coisa, já que ele fazia de tudo por ela.

Oliver era um tipo de homem que toda mulher gostaria de se casar, assim, toda mulher, menos eu, claro!

Estava tão distraída, que nem o vi chegando, logo se sentou na minha frente.

— O que está fazendo? — Perguntou naquele tom “amável” que sempre teve.

— Sopa. — Respondi debochada.

— Não me refiro a isso.

— E ao quê então? — Creio que de onde estava, não dava para ver que olhava sua foto.

— No celular, está mexendo em quê?

Ou esse homem era muito desconfiado, ou era muito inconveniente.

— Acho que isso não diz respeito ao senhor, não é mesmo?

Parei de mexer no celular e o encarei, seu semblante mudou, não esperava pela resposta.

— Você sempre tem uma resposta na ponta da língua, não é? — Começou o show. — Aurora. — Parecia saborear meu nome em sua boca, com certeza soltaria o veneno.

— Sim.

— O que você quer da vida em?

Me pegou de surpresa com a pergunta, eu não a esperava e muito menos sabia uma resposta concreta.

— Por que está me perguntando isso?

Passou a mão pela cabeça, parecia pensar muito antes de falar.

— Porque te vejo aqui cuidando de uma criança que não é sua, sem ganhar nada por isso. Não vejo vantagem alguma para você, a não ser pelo fato de ter casa e comida, mas não acho que seja isso o que almeja uma garota de 17 anos, tendo uma vida inteira pela frente.

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