Os Irmãos Cavalcanti: Rendida romance Capítulo 13

Os dias passaram rápido demais, quando deu por ela, já passavam 2 meses.

Gabi chorava diariamente.

Se dividia entre estudar e ir ao hospital.

Não estava sendo fácil, era doloroso ver seu pai naquela situação.

Tinha a sua amiga do seu lado e sempre a apoiava.

Sua mãe e irmã pouco ligavam para ela e Davi ainda não tinha telefonado.

Ele realmente não lhe queria mais. O que viveram em Nova Iorque ficou em Nova Iorque. Estava mais que claro agora.

Gabriela procurava não pensar no assunto. Sabia onde se metera e que não devia ter alimentado esperanças quando estava claro que não passaria de uma aventura.

Estava ciente disso quando entregou sua virgindade a um estranho e não era agora que ia se fazer de vítima.

Ela está ciente disso. Só não consegue colocar realmente em prática.

- " Não vai comer? " - a voz de sua mãe a tirou do transe. - " Está tão magra, como arranjará um namorado assim? "

A olhou torto

- " Vou ao hospital. " - respondeu se levantando, agora sim realmente perdera a fome.

- " Está perdendo a sua vida naquele hospital, ainda mais por um homem que não é nada para você. " - falou com raiva, o que fez com que a sua filha mais velha virasse para fita-la.

- " Por um homem que não é nada para mim? " - frisou, devolvendo o mesmo tom. - " Devia se envergonhar! Te tirou da lama, hoje ele está numa cama de hospital e você nem se digna a ir vê-lo nem por uma vez!! E para mim? Ele é o meu pai! Me cuidou, educou, me ensinou o que é amar alguém e tudo que sou hoje eu devo a ele, ao contrário de você. " - cuspiu com raiva, pegando nas chaves do carro e se dirigindo a porta.

- " Teria sido outro se não fosse ele, e seu pai morreu faz tempo, não seja burra.. "

Não ouviu tudo que ela disse pois já fechara a porta de casa e se dirigia ao carro.

" Como pode alguém ser tão insensível? " se perguntava.

Decidira esquecer esse episódio e se concentrar em dirigir ao hospital.

——

Por outro lado, Davi se encontrava pensativo outra vez.

- " Davi! " - seu irmão mais novo chamava mais uma vez.

- " Perdão, Gustavo. O que estava dizendo? "

- " Cara, você está sempre aéreo desde que voltou de NY, o que tem? É por causa do papai? " indagou.

- " Sim, perdão. Essa situação toda tem me deixado um pouco instável. " justificou. Embora soubesse que isso não era 100% verdade.

- " Tudo bem, também não era nada demais mesmo. Pode deixar que depois a gente fala irmão. " - o moreno de aparência muito certinha se despediu do irmão.

Davi passou as mãos pelo rosto, desconcentrado mais uma vez.

Não era mentira o que dissera ao seu irmão mais novo. Mas também não constituía toda verdade.

Estava muito abalado com a situação de seu pai e sem contar que com o pai no hospital, ficava apertado de trabalho. Claro, seu irmãos também se esfolam, mas sendo o mais velho e tendo outros negócios, ficava bastante pressionado.

E para completar havia aquela mulher. Que o desconcentrava em demasia.

Ficava duro só de pensar nela. Mas isso não era novidade. É um homem com um apetite sexual descomunal e sexo não é novidade. O que mais lhe desconcentrava, era o palpitar acelerado do coração e as mãos suando. Era o desejo de vê-la não só para sexo, mas para sentir seu cheiro, ouvir sua voz, senti-la ao seu lado.

Estava totalmente de quatro. Mais de mil vezes discava seu contacto mas não chamava.

Estava agindo como um adolescente e tinha noção disso. Mas, preferia ter a mente limpa, pensando com clareza e definitivamente falaria com ela.

Estava impregnada na sua pele, sentia seu cheiro mesmo sem estar por ali e isso o deixava completamente louco.

O barulho do seu aparelho chamando o fez acordar.

- " Otávio. " - cumprimentou, imediatamente em alerta.

- " Davi, eu.. " - ouviu o tom de sua voz e prontamente se levantava, pegava no casaco e na carteira.

- " Estou chegando aí " e desligou a chamada.

" Por favor não " rezava internamente.

Chegava no carro, onde encontrara Ângelo já a sua espera.

Ângelo era filho de um dos jardineiros da casa. Uns quatro anos mais velho que Davi, desde pequenos brincavam juntos. Emílio pagara seus estudos, sempre fora inteligente e tinha altas notas. Seu físico era gigantesco, Davi era grande mas Ângelo era muito maior.

Trabalhou durante muito tempo para entidades do estado Americano, onde aproveitou muito bem sua inteligência e físico. Retornou ao Brasil cerca de 5 anos atrás, quando seu pai veio a falecer e nunca mais saiu. Davi ofereceu um acordo e depois de uma discussão começou a trabalhar como segurança pessoal de Davi e dando formação a milhares de seguranças da empresa secundária de Davi. Era espetacular.

Chegara rapidamente ao hospital, seus irmãos já se encontravam lá.

Era horrível e tentava manter se forte, assim como seus irmãos.

Tratara documentação do hospital junto com seus dois irmãos. Assim que entraram no quarto, foi impossível manter a postura.

Os três irmãos choravam ao redor da cama em que se encontra o já falecido pai.

Otávio deu um tapa amistoso em seus ombros e os abraçou, deixando as lágrimas caírem também.

Tinha sido horrível. Estava sendo.

Davi, Lucas e Gustavo se encontravam sem chão.

Otávio, implorou que fossem para casa e que ele trataria de tudo. Os irmãos se recusavam, mas entenderam. Precisariam se unir e consolar uns aos outros.

Estava abalado demais quando passou pela recepção em direção ao estacionamento e viu longos cabelos castanhos da cor de mel entrarem em um carro.

Gabi. A reconheceria de longe.

Estancou na porta do carro e pensou em como seria bom se jogar nos seus braços e sentir o seu calor.. ser consolado por ela.

Estava passando pela pior dor que conhece, pela segunda vez, e só queria seus braços.

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