Por Você romance Capítulo 89

— A verdade é que eu já estava apaixonado por você. Eu só não sabia ainda. Mas eu queria você por perto. O apartamento fica praticamente em cima do meu, então.

— Meu Deus, Luís! Você maquinou tudo isso? — rebato, com fingida indignação. Ele balbucia. As mãos exasperadas vão aos cabelos. Ele está nervoso.

— Não fique brava comigo, Ana! Foi por amor. — Ele tenta explicar. Dessa vez não deu para segurar: eu explodo em uma gargalhada alta. Luís faz carinha de inocente, o que só piora a situação. — Você... você está rindo de mim, pequena? — indaga, fazendo uma cara de mal. Eu engulo o riso e faço que não com a cabeça.

— Bom, eu acho que sim! — diz, ficando de joelhos na cama e me agarrando pela cintura, o que me faz soltar gritinhos. Luís faz cócegas, e eu não consigo mais parar de rir.

— Para, Luís, por favor! — peço em meio às risadas escandalosas.

— Só se disser que sim para mim! — Ele faz ainda mais cócegas, e eu grito a resposta que ele tanto quer ouvir.

— Siiiiiiiiim!!! Sim! Agora para, por favor! — Ele para os movimentos com os dedos. O seu corpo paira sobre o meu, e os seus olhos penetram os meus, que estão intensos. Há um brilho diferente neles... Luís está sério e ofegante, por causa da brincadeira.

— É sério? — indaga e eu paro de rir. Olho em seus olhos.

— É sério. Eu quero muito me casar com você, meninão — digo. Seu sorriso ressurge enorme, e então ele me beija. E me beija com posse, com tesão, com loucura.

— Isso quer dizer que você concorda em marcar uma data? — confirma, parando o beijo que me deixou totalmente acesa outra vez. Sorrio amplamente.

— Sim! — Luís reflete a sua felicidade em um sorriso sem tamanho.

— Que tal no mês que vem? — sugere, me deixando totalmente sem ação.

— Já?? Pra que tão rápido??— pergunto, assustada.

— E por que não?

— Luís, essas coisas levam um tempo, meu amor. Tem os convites, a ornamentação, o vestido, os padrinhos... uma série de coisas que...

— Não preciso de tudo isso para tê-la como minha esposa, Ana. — Ele me interrompe. — Só preciso que esteja lá na igreja e que diga sim na frente do padre! — Rolo os olhos.

— Ah, não, Luís! Quero algo mais organizado — resmungo. Ele revira os olhos.

— Tá bom, quanto tempo?

— Seis meses.

— Seis meses? — Ele pergunta, exasperado. — Não, Ana, definitivamente, seis meses é muito tempo! — retruca. — Dois meses. Eu pago tudo, você não vai se preocupar com nada! — diz, eufórico. Suspiro, indignada.

— Dois meses, então! — Ele volta a sorrir e me beija várias vezes, arrancando de mim risadas.

— Eu te amo, futura senhora Alcântara! — diz, me olhando nos olhos. Fico séria.

— Hum! Isso soa muito bem. Eu gostei! “Senhora Alcântara”! — repito. Ele solta uma risada alta e descontraída. — Também te amo, senhor Alcântara! — acrescento. O sono se foi, noite se prolonga e nós conversamos por um longo tempo sobre planos futuros. Lua de mel... sonhos para se conquistar... nossos bebês...

Até que o cansaço nos vence, nos fazendo adormecer.

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