Por Você romance Capítulo 91

Camilly

— Vocês são um monte de merda, mesmo! — rosno alto e irritada. — Nunca vi tanta incompetência em dois homens de uma só vez! Estou cercada de incompetentes! Mas, que droga! — grito e enfurecida, jogo alguns objetos e chuto outros. Eles parecem assustados com a minha atitude. Que se dane! Com sangue nos olhos, olho para Carlos e depois para Augusto.

— Você só tinha que tirá-la daquela m*****a loja, levá-la para o cativeiro e depois, enviar a foto para o imbecil do Luís! Não era tão difícil de entender, porra!

— Camilly, não deu pra fazer. Ela nunca ficava sozinha, tinha sempre aquelas duas lá por perto e ainda tinha um segurança do lado de fora. O que você queria que a gente fizesse, caramba? — Carlos exasperada e tenta se justificar.

— Ah, claro! Aí vocês tiveram a excelente ideia de não pegar a vadia e ainda alertar o noivinho de que estávamos de olho nela. É isso, seus idiotas? — berro.

— Foi mal aí, dona! — Augusto fala pela primeira vez.

— Foi mal? Foi mal, porra? É só o que sabe dizer? Agora, olha para esse jornal, sua besta! — Jogo o jornal do dia na cara do imbecil. — Sua cabeça está a prêmio. Seu... Seu... burro, idiota, imbecil! Você deixou alguém te ver! — rosno ainda mais alto. Ele bufa de modo audível. E confesso que estou em tempo de matar um.

Eu bem que poderia pegar esses cinquenta mil, era só entregar esse otário nas mãos da justiça, mas, pensando bem, pela noivinha e pelo filho ele pagaria muito mais! Sorrio internamente. Tenho que pensar em alguma coisa para pegar aquela vadia, fazer o Luís pagar o resgate e me mandar daqui de uma vez por todas. Volto a olho para os dois otários no canto da parede. Deixarei esses dois filhos da puta incompetentes para trás e o dinheiro ficará só para mim. Aí, sim, eu terei o meu recomeço. Mas viver na miséria, jamais!

— Caralho, cinquenta mil? — Carlos ralha soltando um assobio apreciativo, me tirando dos meus pensamentos.

— Qual é a tua, Carlos? Antes que você me entregue, eu deixo uma bala na tua cabeça, tá ligado?

— Calma aí, cara! Não disse que vou te entregar, disse?

— As duas mocinhas já terminaram o tricô aí? — repreendo-os. — Temos que pensar em um novo plano — digo.

— Ainda vai tentar chegar na garota? — Augusto indaga surpreso.

— Claro que vou! Não sou mulher de desistir de nada na minha vida.

— Camilly, vamos pelo menos esperar a poeira baixar, como sempre fazemos. — Carlos sugere. A verdade é que não tenho mais paciência de esperar, muito menos de ficar perto desses imbecis.

— E nunca dá certo, não é? Dessa vez, não. Quero aquela aguada aqui, na minha mão — digo, dando tapinhas na palma da mão. Os homens suspiram revoltados.

— Vamos fazer o seguinte... — Começo a expor as minhas ideias e Carlos pega um bloquinho e começa a fazer algumas anotações. Augusto sugere horários e lugar para pôr o plano em prática. E depois de decidir a parte de cada um, saio satisfeita da sala, com a certeza de agora tudo dará certo para mim.

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