Por Você romance Capítulo 94

— Não, querida, é você quem me faz ser assim. O seu amor me moldou e me transformou nesse homem completamente apaixonado que eu sou agora. — Depois de se declarar da maneira mais intensa e envolvente que ele já fez, tornou a beijar-me com fervor. — Oh! — resmunga com desanimo. — Eu preciso ir trabalhar, pequena! Como eu queria ficar aqui com você! — Enlaço o seu pescoço e o beijo levemente na boca.

— Nos vemos a noite, então? — Ele suspira resignado.

— Sim, à noite. — E antes de sair, recebo mais um beijo demorado, que me deixa amolecida e desejosa.

Assim que ele sai, vou para o quarto dos bebês. Confesso que estou ansiosa para segurar Cristal e Jonathan em meus braços. O cômodo se tornou muito especial para mim, mas especialmente para o meu noivo. Observo deslumbrada as paredes amarelas de um tom claro e suave, como Luís decidiu junto com nossos filhos, pelo menos é nisso que ele acredita. Algumas nuvens brancas estão espalhadas em todas as paredes e no centro do quarto, tem dois berços, um cor-de-rosa e outro azul. Bem próximo da janela, Luís teve o cuidado de pôr uma poltrona cor-de-rosa bebê, decorada com pequenos aviões azuis, para que eu os amamente com conforto. A pequena estante de prateleiras claras contém alguns brinquedos de menina e de menino. Todos arrumados estrategicamente por Marta. Entre eles há um carro de controle remoto, que Jonathan não irá usar tão cedo, mas que o pai fez questão de comprar. Observo com um sorriso os outros objetos de decoração; os abajures com babados curtos e ursinhos da cor da decoração, a babá eletrônica em cima cômoda branca, entre outros móveis. Saio do quarto e vou para o escritório da casa, para estudar para as provas e depois de devorar o lanche que Marta deixou a mesa ao lado, ligo para Luís, que já deve estar se preparando para sair da empresa.

— Olá, meninão! — digo com um sorriso bobo nos lábios.

— Oi, meu amor, como estão as coisas por aí?

— Bem pesadas, pode acreditar! — Ele ri ao telefone.

— Falta pouco, meu amor!

— Eu sei! — Suspiro aliviada ao saber que só faltam quatro meses.

— Então no que posso ajudá-la, futura senhora Alcântara?

— De verdade? Você bem que podia trazer aqueles chocolates que eu tanto amo, hoje à noite, não é? — peço com um tom manhoso, enquanto enrolo uma mecha do meu cabelo no dedo.

— Ana, você já comeu muita besteira ontem. Não acha que foi o suficiente? — indaga cuidadoso.

— Ah, meu amor, mas não é pra mim. Você sabe! — choramingo ao telefone.

— Nunca é! — Ele exclama e ri.

— Olha só, nosso pontinho rosa está fazendo em rebuliço aqui dentro da minha barriga. Acho que ela está ficando contrariada com você! — Ele ri alto do outro lado da linha.

— Bom, nesse caso, não podemos contrariá-la, não é mesmo? — Sorrio.

— Não mesmo! — insisto carinhosa.

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