Por Você romance Capítulo 111

Luís Alcântara

Eu nunca tinha trabalhado tanto assim na minha vida! O fator Ana Júlia F. Alcântara como nossa arquiteta está me trazendo contratos e mais contratos. Tive que contratar duas novas equipes para dar conta do serviço. Não estou reclamando, até porque eu amo o que faço e agora eu tenho três motivos para voltar para casa. E falando em voltar para casa... Paro o carro em frente à porta da nossa mais nova moradia e sou recebido pelos gêmeos e pelo Caio ao mesmo tempo. Eles pulam nos meus braços, assim que eu saio do veículo. Eu os abraço e os beijo com animação e logo em seguida sou bombardeado por perguntas e contos do dia a dia deles. Mas estranho o fato de não ver a Ana junto a eles.

— Onde está a sua mãe? — indago colocando-os no chão.

— Lá dentro. Ela está com visitas — Cristal responde prontamente.

— Visitas, quem?

— A tia Marta trouxe uma amiga.

— E também tem uma menina, papai — Cris interrompe o irmão.

— Uma menina? — pergunto com a mesma animação da minha filha e vamos todos para dentro de casa.

— Sim. O nome dela é Jasmine e ela é bem pequenininha. — Cristal fala atropelando as palavras, enquanto adentro o hall. Deixo minha maleta sobre o aparador, como de costume e sigo para a sala.

Para a minha tristeza, Marta está prestes a se aposentar e ela ficou de encontrar alguém de sua confiança para substituí-la. Confesso que sentirei a sua falta, a final, foram anos de convivência. Ela sempre foi como uma mãe para mim. Cuidou de mim nos piores momentos da minha vida, quando minha família e meus amigos não podiam fazer. Na sala, encontro a minha linda esposa em uma conversa animada com a Marta e uma jovem senhora, que segura uma criança no colo. Ana se levanta assim que me vê e as crianças vão para perto da menina. Elas falam ao mesmo tempo e logo saem correndo para fora do cômodo.

— Querido, essa é a Délia. Ela irá substituir a Marta a partir da próxima semana. — Eu olho para a mulher de aparentemente trinta e cinco anos e educadamente, ela me estende sua mão. No seu rosto há sorriso de boca fechada.

— Délia, esse é o meu marido, Luís Renato.

— Claro, é um prazer conhecê-lo, senhor Alcântara!

— Me chame apenas de Luís, Délia — peço apertando a sua mão formalmente. Ela assente. Parece uma senhora do tipo acanhada, mas tranquila. Isso é bom, ela vai se dar muito bem com a Ana.

— O prazer é todo meu, Délia! Não me leve a mal, mas a Marta me fará muita falta aqui.

— Não vou nada, menino! — A própria interveio. — A Délia trabalha tão bem quanto eu. Vai ver, ela vai dar conta de tudo. — Sorrio.

— Mesmo assim, Marta. Por que não fica mais um tempo aqui conosco? — insisto.

— Não posso, senhor Luís. Prometi para a minha irmã que iria na próxima semana — explica com um tom sério. Concordo e a puxo para um beijo carinhoso.

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