O estrangeiro romance Capítulo 6

Após a noite anterior eu estava pensando no tempo que não sentia aquele sentimento. Eu parecia um jovem entrando na puberdade, cada toque dela me excitava, aquela menina tinha cheiro de pecado, exalava por todo seu corpo. Percebi que estava roçando meu membro na cama feito um virgem de 16 anos, isso era vergonhoso, tudo isso por causa daquele perfume de hormônios.

Eu com meus 26 anos sabia que ela sentia tanto quanto eu, mas justamente por ser mais velho, mais experiente e mais maduro, tinha que cortar isso.

Pela manhã, resolvi caminhar até meu futuro novo emprego e acertar as coisas que estavam faltando, aproveitei para fazer uma caminhada longa e esfriar a cabeça, as duas cabeças.

Assim que cheguei lá, fui atendido por uma moça que seria minha colega de trabalho, ela me forneceu todas as informações necessárias sobre o lugar e foi bastante gentil.

— Eu sou a gerente daqui. Eu cuido de tudo que entra e sai. — Disse ela sorrindo. — Vai ser bom ter alguém novo trabalhando aqui, alguém bonito. E você vai ficar no setor de armazenamento, arrumando todas as caixas e essas coisas.

— Certo, obrigado. — Devolvo o sorriso sem jeito por seu comentário.

— Se você quiser, podemos manter contato por rede social. — Ela disse esperançosa. — Para eu te avisar de tudo por aqui.

— Anho, eu... pode ser, vai ser bom conversar com mais alguém daqui. — Digo sem jeito.

E assim trocamos contato, conversamos mais um pouco e eu tinha que voltar para casa. Eu iria trabalhar em uma distribuidora grande de Manhattan, meu tio era amigo de um dos donos que logo aceitou me colocar para trabalhar lá, era apenas um bico até eu conseguir outro estagio. Além de quê, a herança dos meus pais havia sido usada para pagar o último período da minha faculdade, o bem maior que era a casa foi queimado junto com meus pais.

No meio do caminho Maya me ligou dizendo que minha tia não passava bem, o que ela disse era que eu deveria voltar para a Alemanha antes que eu matasse minha tia, elas ─ exceto meu tio ─ não aceitavam a minha mudança para cá, isso me deixava furioso.

— Não vou fazer isso, tem apenas 3 dias que estou aqui, Maya. Minha tia está fazendo drama. — Digo furioso. — Eu a amo, mas não vou voltar agora, tenho que viver a minha vida.

Minha tia era extremamente apegada em mim, depois que ela perdeu seu filho com 6 meses de gestação e não pôde mais engravidar, ela me adotou como filho antes mesmo da morte de meus pais. Esse amor passava a ser sufocante agora.

— Se você a amasse não teria deixado ela aqui! Ela te ver como um filho. — Maya reclama.

— Você não disse isso, eu não acredito. Era para me apoiar! — Suspiro frustrado. — Está sendo chata insistindo na minha volta, e nós já conversamos sobre isso. Quem está enchendo sua cabeça?

— Não é isso! Eu me sinto insegura, com você aí, Hunter... — sua voz começou a ficar trêmula. — Eu...

— Então é por isso, tem medo que eu faça com você o mesmo que fez comigo. — Bufo. — Vou desligar, e é melhor que não me ligue pelo resto do dia, não quero terminar com você por ligação!

Desliguei a chamada e me despi para tomar uma ducha, entrei no banheiro e deixei que a água e a música aliviassem minha raiva. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, logo a Maya que era a pessoa que eu mais confiava e que pensava que me apoiava. Acabei meu banho, avistei a porta entreaberta, olhei o corredor e fechei a mesma.

Eu estava me sentindo inválido nesses dias, não fazia nada além de estudar e procurar algo que passasse meu tempo, vi uma notificação nova em meu celular, era a moça do trabalho.

No final da tarde eu estava terminando de ler um livro até que ouço alguém batendo em minha porta, fui até lá e era Charlie, senti uma leve felicidade em ver aquele rostinho.

— Minha mãe mandou avisar que o jantar vai sair um pouco mais cedo hoje. Então, você já pode descer para comer. — Ela não olhava em meus olhos. Comecei a pensar que ela sentia desconforto em minha presença.

— Obrigado Charlie, mas não estou com fome. — Digo com um meio sorriso nos lábios. Ela sorriu de volta para mim e finalmente me encarou com aqueles olhos azuis, nós ficamos ali por segundos até que ela resolveu ir embora. Eu fechei a porta e passei as mãos em meus cabelos, olhei para minha mesa repleta de livros e papéis, droga.

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