O estrangeiro romance Capítulo 20

Ele estava pasmo enquanto olhava para o telefone, estava trêmulo e sério. Vesti meu uniforme e me aproximei do mesmo com receio.

— O que aconteceu? — Pergunto, mas não obtive resposta. Ele continuou com um olhar vago e nem olhou para mim em nenhum segundo. — Hunter, o que aconteceu?

— Nada, deixa para lá. — Levanta bruscamente da cama procurando por sua calça.

— Eu estou preocupada com você, ficou com essa expressão do nada.

— Por favor, não encha minha cabeça com isso. — Ele olha para mim, em seu olhar havia um misto com outros sentimentos. Aquele era o sinal para que eu me afastar.

— Está bem. Eu só fiquei preocupada.

— Nós só transamos, não significa nada. Não precisa da preocupação.

Meu rosto esquentou, meu coração quase saiu pela boca. Eu queria soca-lo.

— Então é isso que eu significo para você? Só sexo.

— Para você não? Lembrando que quem vivia me agarrando era você! — Ele fala furioso, mas sussurrando pois não podíamos falar alto.

— É, eu estava totalmente errada. Vou esquecer isso e todas as coisas que você disse a mim ontem. — Uma lágrima vacila de meu olho e logo aquele olhar furioso some e volta ao olhar do Hunter que eu conhecia. — Eu não tenho culpa dos seus problemas, idiota.

— Charlie... — ele tenta aproximação, mas eu me afasto.

— Vá embora, por favor. Meus pais vão acordar logo. ─ Me afasto de seu toque.

— Deixe eu me explicar, por favor. — Ele dar passos até mim, mas eu me afasto novamente.

— Você já explicou tudo, sai daqui!

Ele não disse mais nada, apenas terminou de se vestir e saiu pela porta sem olhar para mim. Eu desabei em minha cama, estava tão magoada. Como ele pôde falar aquilo para mim, depois de todos os momentos que tivemos juntos, não foram muitos, mas foram especiais e eu acreditei em absolutamente tudo que ele disse.

Eu não queria ir para escola, não queria descer e ter que olhar para a cara dele e fingir que nada aconteceu, eu simplesmente não queria. E se eu pedisse a minha mãe para ficar em casa, ela iria pedir um interrogatório do porquê. Me recompôs e desci, ele não estava lá. Procurei e nem sinal dele, agradeci mentalmente por isso. Sentei a mesa e tomei apenas café, estava sem fome, enquanto isso fiquei mexendo no celular.

— Sem celular a mesa, essa coisa estraga a vista e a cabeça. — Disse minha mãe sentando ao lado de meu pai.

— Deixa a menina, Donna. Ela já é uma adolescente. — Meu pai indagou.

— Pode até ser uma adolescente, mas age como uma criança. — Disse ela dura. — Não quero isso a mesa, já disse. E por que você está com essa cara emburrada?

Eu não falei nada, eu apenas ignorei como sempre fazia nesses casos, assim ela parava de falar mais cedo.

— Não ouviu? — Perguntou ela.

— Não dormi bem, foi apenas isso.

— Está vendo? Ela só fica naquele computador e celular, a noite inteira!

— Vou para a escola, é capaz de eu voltar mais tarde, tenho trabalho para fazer.

Saio sem ouvir mais alguma palavra de minha mãe. Caminho até a escola lentamente, no caminho avistei Adam, ele também vinha andando pois morava perto da escola.

— Olá Charlie. — Disse ele sorridente.

— Oi, Adam.

— Por que essa cara?

— Nada, eu só não dormi bem.

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