Entre quatro paredes(Completo) romance Capítulo 25

Peguei meu telefone com dificuldades e liguei para a única pessoa que eu poderia contar agora, Beatriz.

— Amiga, fala direito, não estou entendendo nada. — Ela diz.

— Eu quero que você venha me buscar, por favor. Estou me sentindo um caco. — Digo seguido de um soluço.

— Tá, esta bem, onde você está?

Eu passo a localização para ela e fico esperando sua chegada. Ela chega em um táxi e assim que ver me abraça.

— Vem, vamos sair daqui. — Disse me ajudando a levantar.

Entramos no táxi e eu deito minha cabeça em seu ombro, Beatriz acaricia meus cabelos. Após uma longa viagem, chegamos em frente a um prédio no subúrbio da cidade. Descemos do carro e entramos no prédio. Após três lances de escada, chegamos em seu apartamento, era bem pequeno, mas muito aconchegante.

— Vou pegar um chá para você. — Beatriz sai do meu campo de visão e depois volta com um cobertor e uma caneca grande de chá. Ela me cobre com a coberta e me entrega a caneca. — Beba e me conte o que aconteceu.

Eu respiro fundo e tento pensar de onde eu vou começar.

— Eu e Dante não namoramos coisa alguma. Há meses atrás ele me pediu uma coisa, que provavelmente você acharia estranho.

— O que ele pediu?

— Ele me daria uma vida melhor e pagaria o tratamento necessário para minha mãe, mas eu teria que me deitar com ele quando quisesse.

Beatriz leva a mão em frente aos lábios.

— E você aceitou isso? Meu deus, Alice!

— Por favor não me julgue, minha mãe estava na beira da morte. Eu assinei o contrato sem ler e por impulso.

— Eu não consigo acreditar. Ele não violou você, certo? — Ela perguntou com uma expressão séria.

— Não, foi tudo com consentimento. Mas Beatriz, eu estou apaixonada por ele, e essa era uma cláusula importante do acordo. Mas não aguento mais ser tratada como um troféu ou sei lá o que. Ele se gaba de me ter, e sabe que pode fazer qualquer coisa comigo. No contrato, tem uma cláusula de rompimento.

— Então você irá anular isso, imediatamente!

— Eu não posso, minha mãe está melhorando. Não posso fazer isso justo agora. Eu não tenho para onde correr.

Ele me puxa para seu colo.

— Eu sempre ouço a pessoa falando da Vanessa e tudo mais. Eu me sinto humilhada.

— Está bem, acalme-se. Tome seu chá que amanhã será um novo dia.

Beatriz me abraçou até meu choro parar, naquela noite dormimos juntas. Ela me abraçou me disse mais uma vez que ficaria tudo bem, se não fosse por ela, eu estava perdida.

[...]

Acordei com meu celular tocando, era Dante. Hesitei em atender, porém Beatriz atendeu e me entregou.

— Fala com ele! — Disse me entregando o celular.

Coloco ele na orelha.

— Por deus, eu te procurei em todos os lugares! Sua irmã está preocupada. — Disse.

— Estou com Beatriz. Não estava bem para voltar ontem.

— Não faça mais isso! Fiquei tão atordoado. E nós precisamos conversar, esclarecer algumas coisas, Alice.

— Sim, eu sei.

— Vou te buscar, me passe a localização.

— Não sei se isso é uma boa ideia...

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