Entre quatro paredes(Completo) romance Capítulo 36

Eu podia não ter forças para quase nada, todos os dias eu olhava para a minha barriga no espelho, o volume estava começando a aumentar com as minhas 13 semanas de gravidez. Eu tentava dormir, mas meu sono era atrapalhado por um barulho irritante do lado de fora. Juntei minhas forças e saí do quarto em busca de descobrir o que causava barulhos tão irritantes.

Vi um Ryan com algumas sacolas.

— Que bom que você está aqui. — Ele sorrir gentilmente na minha direção.

Ryan sabia da minha gravidez, ele estava sendo um bom apoio emocional para Anne que felizmente estava bem diferente de mim. Ele fez o favor de não contar ao Dante sobre minha gravidez.

—Oi, Ryan — um sorriso fraco e curioso surge em meus lábios.

— Venha cá ver o que eu comprei para meu sobrinho. — Ele me entrega as sacolas.

Peguei as sacolas pois Anne e a Beatriz que me encararam feio.

Me sentei no sofá e comecei a pegar aquelas peças de roupas tão pequenas e fofas apesar de eu não me importar muito com a cor ele trouxe branca. Eram dois bodys e um sapatinho da mesma cor.

— Gostou? — Perguntou.

— Ryan, eu agradeço sua generosidade, mas eu não vou ficar com o bebê. — Todos me encaram.

— O que, você está louca?! — Anne pergunta incrédula.

— Anne, é o melhor para ele. — Guardo aquelas roupinhas na sacola de volta.

— Eu não acredito que você vai fazer isso... — Anne entra no quarto frustrada.

— Eu vou conversar com ela. — Ryan vai atrás dela.

Eu suspiro e limpo as lágrimas que queriam descer de meus olhos.

Beatriz respira fundo ao meu lado, eu sentia sua carranca atrás de mim.

— Bea, me entende, eu...

— Alice, eu vou ser muito curta com você. Não pode dar essa criança à um orfanato sem conversar com o Dante antes. — Ela estava muito irritada — tem certas decisões que a merda do nosso orgulho deve ficar guardado! Eu não sou deixar você definir a vida de uma criança por causa das brigas de vocês dois. E por fim, se fizer isso eu quebro a minha promessa, nunca mais nem olho para você.

— Bea... — limpo as lágrimas de meu rosto.

— Fala com o Dante. — Ouço um sussurro saindo de seus lábios. — Você vai falar com o Dante, ou eu falo.

— Eu vou falar com ele, eu prometo. Só não saí da minha vida, por favor. Tenta me entender.

Ela me abraça, eu encolho minha cabeça em seu colo.

— Eu entendo você, mas agora as suas decisões não afetaram Anne ou na sua mãe — ela dá um beijo na minha cabeça —, afetarão o seu filho. Eu me ofereci para te levar naquela clínica, não lembra?

Certo dia após o enterro de minha mãe, Beatriz perguntou se eu queria ir à uma clínica. Era um lugar confiável, o médico já havia feito um aborto para uma colega dela, mas eu simplesmente não quis ir, eu nem tinha forças para responder.

— Eu nunca faria isso... — esbravejo.

— Eu sei — ela sussurra —, e você não deve passar por tudo isso sozinha. Não estou falando para reatarem e sim que o Dante pelo menos tenha conhecimento de que esse bebê existe.

[...]

Vou até o quarto e olho para a janela do meu quarto. Me pergunto em qual das nossas noites de amor Dante concebeu essa situação.

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