Meu CEO Mandão romance Capítulo 41

— Tem certeza de que está bem? — Foi a primeira coisa que perguntei depois de levá-la para casa desesperado. Annelise bebeu tanto, que não aguentou. O cansaço e a fadiga a fizeram desmaiar. 

Eu a encarei debaixo das cobertas. 

Ela fez que sim lentamente e eu pousei uma mão perto dela. Annelise olhou para mim, confusa. Para ela, foi só um apagão. Para mim, foi um inferno. Era esse tipo de coisa que fazia você perceber o quanto alguém é importante. Eu me senti destruído, corroído pela preocupação de ter acontecido algo grave. 

— Você deveria ir para casa. Está tarde… — ela olhou para o outro lado, bocejando desajeitadamente. Eu ri. 

Talvez uma parte minha quisesse se enfiar debaixo da coberta e abraçá-la com força por ter me feito pensar que algo ruim tinha acontecido, por ter me assustado tanto. Talvez eu tenha pego a mão de Annelise, apertado e me inclinado, beijando sua testa sutilmente. 

— Boa noite. 

***

Eu não consegui parar de pensar no que Annelise disse antes de desmaiar. Ela era difícil de entender. Por mais que eu quisesse, sempre surgia algo novo; algo que eu não fazia ideia de que era capaz e que me fascinava mesmo assim. Eu queria arrancar meu coração do peito, porque assim não iria senti-lo pulsando por ela. Eu não devia… não devia gostar dela. Eu não devia! 

A noite se alongou. Eu não conseguia pregar os olhos. Minha mente estava cheia, eu estava cansado e com sono, mas não conseguia dormir por causa de Annelise. Eu tinha que tomar uma decisão, uma decisão que provavelmente mudaria minha vida e a dela. Eu tinha que engolir meu orgulho e assumir que realmente sentia algo por ela, certo? 

Era a única coisa que fazia sentido para mim, até lembrar do que fizera comigo. Eu odiava cada célula do meu corpo por gostar dela. Eu odiava. Me odiava. Por outro lado, eu tinha que provar para ela que não me importava com isso. Que não me importava com o fato de ter me enganado. Eu devia saber que, mais ou mais tarde, ela iria embora. Só não esperava sentir esse aperto no peito, como se um elefante estivesse dançando em cima. 

Eu odiava o maldito elefante. 

Levantei da cama, me dirigi ao chuveiro e tomei um banho, tentando esvaziar minha mente que disparava sem parar. 

Eu a amava? 

Eu nunca amei ninguém. Não como deveria ter amado. Eu não sabia como sentir isso, nem como dar isso. Como eu poderia me aproximar de Annelise? O que disse foi mesmo verdade? Ela queria sair da empresa porque tem medo de que nossa relação evolua? 

Eu já não sabia de mais nada. 

Eu respirei fundo, como se nunca o tivesse feito corretamente antes e apoiei a testa na parede. 

Eu odeio Annelise por ter me feito adorá-la. 

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