O marido misterioso romance Capítulo 43

Enquanto Kinsey se apressava para chegar ao hospital, Irene estava recebendo uma infusão. Edric estava ansioso, parado ao lado da cama dela. Quando Kinsey entrou, viu Edric segurando a mão de Irene e perguntou na mesma hora: "O que você fez com ela?"

"Fala baixo!" Era raro o homem ter tanta paciência. "Aconteceu alguma coisa com ela."

"O quê? Myers, a Irene saiu com o namorado ontem, então por que ela tá com você? Qual é a sua intenção? Ter um caso e deixar ela arrasada não foi o suficiente pra você? Quer destruir também a felicidade que ela enfim encontrou?" Kinsey não gostava nem um pouco de Edric, então falava exatamente o que pensava.

O homem não tentou discutir com ela. O incidente da noite anterior não foi bom para Irene. Ele havia feito um pedido especial à polícia para bloquear essa notícia, pois temia o efeito negativo que isso pudesse ter sobre a mulher.

Embora Kinsey fosse uma boa amiga de Irene, seria menos problemático quanto menos pessoas soubessem disso. Portanto, diante do interrogatório dela, ele teve que permanecer em silêncio.

Quando ela viu que Edric não tentava explicar nem discutir, começou a ficar cada vez mais convencida de que ele era o culpado. "Myers, pode sair daqui. Você não é bem-vindo nesse lugar!"

Mas como ele poderia partir? Kinsey perdeu a paciência. "Você vai embora ou não? Se não for, vou ligar pra senhorita Cook e pedir pra ela vir te buscar!"

Enquanto eles brigavam, Irene foi acordando. Vendo a amiga abrir os olhos, Kinsey não se incomodou mais em discutir com Edric. "Irene, como você se sente?"

"Água!" A garganta dela estava pegando fogo. O homem de imediato encheu um copo d'água e o entregou. Irene bebeu tudo e se sentiu um pouco melhor. Kinsey pegou o copo quando ela terminou. "O Myers te assediou?"

A amiga balançou a cabeça e olhou para Edric. "Obrigado por me trazer para o hospital, Sr. Myers. Tô melhor agora, então pode voltar para o seu trabalho!"

Ele continuou parado ali, então Irene teve que insistir para que o homem fosse embora. "Eu queria conversar com a Kinsey. Por favor, nos dê licença, Sr. Myers."

Edric hesitou por um momento, mas ainda não queria ir embora. Kinsey o expulsou com grosseria: "Myers, você é surdo? Sai logo daqui!"

"Vou ficar lá fora. Me chama se precisar de algo." Ele se virou e saiu da enfermaria, mas não se afastou muito.

"O que diabos aconteceu? Como você acabou desse jeito?" Kinsey não resistiu em perguntar assim que Edric saiu.

"Kinsey, eu pensei que nunca mais iria te ver de novo... Aquele Bert... Ele... não é uma boa pessoa!" Os olhos dela ficaram vermelhos.

"Ele te bateu?" A primeira coisa em que Kinsey pensou foi violência doméstica.

"Não!" Aos poucos, Irene contou a amiga sobre o que aconteceu na noite anterior.

Kinsey ficou tão furiosa que só faltava cuspir fogo. "Filho da p*ta! Desgraçado! Se eu vir ele outra vez, vou acabar com a raça dele!"

Mas depois de pensar sobre isso, ela ficou apavorada. Felizmente, Edric estava passando por lá, senão... Era melhor nem imaginar o que poderia ter acontecido. Mas por que ele apareceu por acaso?

"O que o Edric tava fazendo ali?"

"Eu também não sei. Não perguntei." Depois que Irene acordou, ela se sentiu surpresa, com medo e com vergonha. Nem mesmo pensou em perguntar isso.

Kinsey refletiu um pouco. "Por que parece que as coisas não são tão simples assim? Aquele tal de Kent não tem nada contra você. Por que ele criaria uma armadilha tão complicada só pra te prejudicar? É possível que o Sr. Myers só quis sair como o bonzinho da história, mas na verdade arquitetou o plano todo dos bastidores? Senão é uma coincidência grande demais ele só te encontrar ali, não acha?"

"O Edric armar contra mim?" Irene ficou sem reação, mas logo balançou a cabeça. "Ele não é tão escroto assim."

"Você não tem que defender ele. Um homem que teve um caso e ficou com a amante não é uma pessoa gentil." Kinsey o odiava.

"Qual seria a motivação dele?"

"É simples. Você fez ele passar vergonha, então não é natural que ele quisesse se vingar?" Sugeriu Kinsey.

"Será que ele iria querer mesmo?" Irene ainda não acreditava que Edric faria uma coisa dessas.

"Eu só quero te lembrar que o ser humano tem um coração cruel. Já que o Myers foi capaz de fazer uma coisa tão nojenta no passado, é melhor ficar esperta com ele. Não importa o que aconteça, você não pode se sentir grata a ele por ter sido salva. Precisa sempre se lembrar de que foi ele que te botou nessa situação!"

Irene assentiu. "Eu sei. Não se preocupa, não quero nada com esse homem!"

Kinsey não acreditava que Bert teria algo contra a amiga para armar contra ela desse jeito, e Edric também não acreditava. Ele suspeitava que alguém devia estar tentando causar problemas. Considerando a relação entre Irene e Jordan, ele pensou na família Reed.

Embora Jordan não tivesse uma boa reputação, para o velho Sr. Reed, ele era um tesouro. O velho nunca permitiria que seu precioso neto tivesse um relacionamento com uma mulher divorciada.

No entanto, era apenas uma suspeita, e Edric não tinha provas, por isso não era apropriado dizer nada na frente de Irene. Isso somente o deixou mais alarmado. Para evitar que coisas como o que aconteceu na noite anterior se repetissem, ele precisava ficar mais atento àquela mulher.

Então, ligou para John e pediu que o assistente ficasse de olho nos movimentos da família Reed, pois queria ver se Kent estava agindo conforme as ordens deles. Assim que terminou a ligação, descobriu que havia algumas ligações perdidas de Lily.

Edric franziu um pouco a testa e ligou de volta. "O que foi?"

Ouviu a voz doce e charmosa de Lily. "Você tá livre hoje à noite? Minha mãe comprou alguns frutos do mar fresquinhos e queria que você e a tia Margaret viessem pro jantar."

"Não tenho tempo!" Respondeu ele.

Como o homem recusou sem nem hesitar, Lily não teve escolha a não ser desligar a ligação. Em seguida, virou-se para Maisy, que estava na cozinha, e disse: "Maisy, você não precisa mais comprar frutos do mar pra janta".

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