O Labirinto de Amor romance Capítulo 128

Não se sabe o que ele ouviu, John deu uma risada e disse:

- Beleza, vou agora mesmo!

Desligou o telefone e a porta do elevador se abriu. Ele olhou para Guilherme e disse:

- Guilherme, é sério, você precisa levar ela para dar uma olhada em Nação M.

E então, ele foi embora apressadamente.

Eu entrei no carro com Guilherme. Depois que pôs o carro em movimento, olhei várias vezes em sua direção, querendo falar, mas com medo de me expor, então acabei em silêncio.

Ao encontrar o sinal vermelho, ele parou o carro e me olhou, falando com a sua voz melodiosa:

- Ir para Nação M seria cansativo demais para você, você e a criança não aguentariam. Eu já contatei um médico, vamos daqui a uns dias para a Capital Imperial.

Demorou alguns segundos para eu reagir.

- Como você...

- Da última vez que fizemos exame de rotina de gestante, o médico me disse. E você deixou claro da vez que ficou tomando chuva no jardim. - o sinal ficou verde e ele arrancou o carro, suspirando. - Mesmo que não queria falar disso, não há problema, vai ficar tudo bem!

Eu assenti, exausta.

- Amanhã de manhã vamos visitar o túmulo do vovô, e você vem comigo para a academia de ioga de tarde. O treinador me disse que tem uns movimentos que precisam de proteção, é melhor que o pai da criança também venha.

- Hum, o que quer comer? - disse ele assentindo.

- Tanto faz. - eu falei, realmente sem aguentar mais o sono. Fechei os olhos para cochilar.

Quando chegamos na mansão, o céu já tinha escurecido, e eu ainda estava semiadormecida, então Guilherme não me acordou. Ele me levou para o quarto no colo.

Talvez o treino de ioga de dia tivesse sido exaustiva, eu acabei dormindo profundamente. Quando acordei, já era meia-noite.

Guilherme não estava dentro do quarto. Eu saí do quarto e vi a luz do escritório aceso, então fui e bati de leve na porta.

- Entre! - a voz máscula dele veio de dentro.

Empurrei a porta e vi que Guilherme estava lendo uns papéis espalhados sobre a mesa. Fui para trás dele e dei uma olhada na tela no notebook. Era o sistema de controle de Nexia, e alguns dados estavam estranhos. Eu perguntei com curiosidade:

- A contabilidade da AC não tinha sido mandada de volta para refazer? Por que continua com os dados antigos?

Ele me olhou e sorriu em meio à exaustão, e disse:

- Parece que não trabalhou tantos anos no Nexia à toa, consegue encontrar os problemas só de olhar.

Eu não falei nada. Dois anos eram suficientes para eu aprender muitas coisas.

Ele não me explicou nada, apenas voltou o olhar para uns contratos. Eu não tinha o que fazer, então me sentei ao seu lado e fiquei olhando para a tela do notebook viajando na maionese.

Mas quanto mais eu olhava, mais achava que tinha algo de errado. Vendo um ponto de exclamação no canto direito de baixo da tela, eu exclamei:

- Guilherme, tem hacker invadindo o sistema da empresa!

Ele não se apressou a olhar para o computador, mas virou a cabeça para mim, surpreso:

- Você aprendeu T.I.?

Eu hesitei e olhei de volta para a tela. O sinal de interjeição vermelho ainda estava ali, e parecia que Guilherme estava deixando alguém ter acesso a esses dados de propósito.

E então, a minha ficha caiu. Colocar dados problemáticos no sistema da empresa era justamente para aquelas pessoas que queriam ver.

- Eu... Apenas optei por uma disciplina de T.I na faculdade, aprendendo o básico. - eu falei, constrangida.

Nathan tinha um talento incrível para T.I., e chegou a me ensinar o básico disso quando invadia a conta dos outros. Eu não quis aprender isso na época, mas entendia o básico.

Os cantos de sua boca se levantaram, e disse indiferente:

- Conseguir identificar uma invasão de sistema não é algo que pode se aprender em apenas algumas aulas de opção.

Eu ainda queria dizer alguma coisa, mas ele fechou o contrato e me perguntou:

- Está com fome?

- Estou. - eu assenti.

- O que quer comer? Eu faço.

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