O Egípcio romance Capítulo 37

Sinto minha cabeça rodar. Seus lábios movem-se sobre os meus com uma suave carícia, fazendo meu coração bater como louco e meu corpo insatisfeito pedir mais.

— Karina! — diz ele, bem junto de meus lábios. — Eu preciso de você…

Deus! Não consigo resistir a Hassan. Tudo o que eu quero é corresponder, e meus suspiros são de prazer, e não de protesto.

Com movimentos lentos, ele me beija no pescoço. Os lábios úmidos e quentes agora estão na minha boca. Então me mordiscam, se movem em uma carícia tão sensual, que me deixa insanamente quente, e eu me agarro a ele, totalmente dominada, correspondo, esquecida de nossas divergências de opiniões.

Passo os braços por trás de seu pescoço, beijando-lhe a boca avidamente. Mãos agarraram meu cabelo, segurando-o firme enquanto eu extravaso tudo o que sinto por ele em um beijo eletrizante. Me sentindo desejada. Necessária.

Hassan então me afasta. Seus olhos são ardentes nos meus.

— Não desista do que sentimos quando estamos juntos, Karina. No fundo, você sabe que estou certo. Que esse homem que está na sua casa tem muito mais do que uma amizade em mente.

— Hassan. Eu não posso simplesmente afastá-lo. Se ele agir errado comigo, eu o farei. Pode ter certeza disso.

Hassan respira fundo.

— Você gostaria de ver alguma mulher rondando minha casa se dizendo amiga, mas com outras intenções?

Eu ofego e não respondo, porque a resposta me confunde.

— Eu respondo por você: não! Então se coloque no meu lugar e entenda o que eu estou sentindo. E pode ficar sossegada com relação a isso. Se eu resolvi ter um relacionamento sério com você, eu lhe serei fiel — Hassan diz, em um tom de aviso.

Eu prendo a respiração quando vejo a emoção nos olhos dele, tão intensa. E não era zanga, ou amargura. Não há nada disso na expressão de seu rosto. Agora era diferente, ele me olha diferente. E isso faz meu mundo parar. Como se ele percebesse que li as emoções dele, ele gira os seus calcanhares e, com passos decididos, sai do meu quarto.

Ele foi embora?

Não! Não pode ser!

Eu fico a olhar ofegante para a porta sendo fechada. Respiro fundo e fico parada, sem ação por um tempo, até que caminho até a sala.

Hassan está lá, em pé olhando a janela de costas para mim. Minha mãe nessa hora entra. Sinto-me desconfortável quando ela me examina. Ela então volta seu olhar para Hassan.

— Senhor Hajid, o senhor já almoçou?

Hassan respira fundo e se vira para ela.

— Sim. Obrigado. Mas, por favor, sem o senhor. Pode me chamar de Hassan.

Audrey assente séria para ele.

Ela poderia maneirar seu jeito de tratá-lo. É evidente que ela não gosta dele.

Ela então olha para mim.

— Karina, então só falta você para almoçar.

— Está certo, eu já vou, mas não estou com muita fome.

Seu olhar foca em Hassan e ela o estuda. Hassan está lá, parado, parece um poste olhando para mim. Ela então entra na cozinha.

Com o meu coração pesado, caminho até ele.

— Pensei que tivesse ido embora.

O olhar dele se transforma em duas pedras.

— E dar o gostinho para esse bint kalb — “F.d.P.” —, deixando o caminho livre? Eu estou fervendo, mas a panela ainda não explodiu.

Eu o abraço.

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