Por Você romance Capítulo 155

Jonathan

— Oh, meu Deus, como você está? — indaga assim que se afasta. Consigo sentir o pavor na sua voz e me diz que ela já sabe o que aconteceu.

— Eu estou bem, mãe! — Observo os seguranças entrar na casa com passos largos, provavelmente para relatar os últimos acontecimentos para o meu pai e entro abraçado a minha mãe. — Onde está a Jasmine?

— Ela está no quarto, mas não sabe de nada e nem a Cristal. — Assinto.

— Melhor assim! Eu vou subir e tomar um banho — aviso, deixando um beijo no seu rosto e subo os degraus em seguida.

No meu quarto tomo um banho demorado porque quero estar tranquilo quando for vê-la. Não quero que perceba que passei por momentos tensos, ela já passou por muita coisa esses dias. Visto uma roupa leve e casual, e saio do quarto em seguida. Contudo, paro em frente à sua porta e respiro fundo contando até três, esboçando o meu melhor sorriso para abrir a porta em sequência. Para a minha surpresa encontro a minha irmã com cara de choro e a cabeça deitada no colo da minha namorada. Droga, por um instante acabei me esquecendo dos problemas da Cris. As duas me olham e a Jas me estende uma mão em um pedido mudo para me juntar a elas. Não meço distância para subir no colchão, beijar o topo da cabeça da minha irmã e a boca da minha namorada, deitando a minha cabeça no seu colo também. Eu olho para a Cris e ela me olha. Como sempre nessas horas ela me oferece a sua mão e eu a seguro, depositando o beijo na sua palma em seguida. E é isso. Ficamos assim por longos minutos quietos e calados. Eu queria perguntar sobre o que aconteceu entre ela e o Hanson, mas também queria desabafar sobre o meu sufoco, porém, não falo nada.

***

Dois dias depois...

— E aí, cara? — Mick fala assim que entro no seu quarto. Um cômodo amplo que comporta alguns dos seus troféus e medalhas em prateleiras de vidros. Fito alguns pôsteres de jogadores, fenômenos do futebol em uma parede larga e depois o enorme colchão montado sobre uma base alta e luminosa com um Mick sentado bem no meio dele, usando fones de ouvido.

— Oi! Será que podemos conversar um pouco? — Ele bufa livrando-se dos fones e larga o celular ao seu lado.

— Olha, se for sobre a Cristal está perdendo o seu tempo! — ralha saindo da cama.

— Mick, você precisa parar para escutá-la — insisto.

— Olha só, eu tenho um treino puxado pra cacete hoje, o filho da puta do Flint está sugando o meu sangue e eu não quero saber da sua irmã agora, ok? Acabou, cara!

— Acabou?

— Toda essa sina pela sua irmã está roubando as minhas forças. É sempre a mesma coisa e eu sou sempre o trouxa que ela insiste em dar uma rasteira. Eu cansei, não mais isso para mim!

— Mick...

— Jonathan, não! Olha só, cara, eu tenho que ir. — Filho da puta teimoso do caralho! Rosno mentalmente.

— Ok, então vai, foge enquanto pode! Deixa de ser burro, Mick, pare um pouco e escute o que ela tem pra te dizer, porra! — rosno impaciente.

— Pra que? Pra ela mentir na minha cara outra vez? Não, obrigado! — Ele pega a mochila e faz menção de sair do quarto.

— Ela não fez o que você pensa que fez — insisto, mas recebo um olhar duro em resposta e dá dois passos firmes em minha direção.

— É claro que ela não fez! O que ela te disse agora, que ele a forçou? — Mick força um sorriso. — Eu vi Jonathan, ninguém me disse. Ela o estava beijando sim e isso nem é novidade, não é? Era o que ela sempre quis, porra. E eu não entendo por que tanto esforço para me provar o contrário — rebate irritado.

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