Por Você romance Capítulo 158

Cristal

— Claro, querida! Se você conseguir, porque eu já tentei. — Apenas assinto e subo as escadas apressada, porém, paro em frente à porta do seu quarto e hesito por um instante. Deus, não tenho coragem de bater e penso que talvez seja melhor esperar ele se acalmar. Não, você precisa esclarecer as coisas, Cristal. A final, você não fez nada de errado. Respiro fundo e me aproximo lentamente da porta, girando a maçaneta devagar. Fecho os olhos decepcionada. Droga, ela está fechada com chave! Solto mais uma respiração profunda e resolvo bater na madeira. — Mick? — O chamo receosa, porém, ele não responde eu suspiro baixinho. — Mick, pode abrir a porta pra mim? Nada, só o seu maldito silêncio. — Por favor, me deixe explicar o que aconteceu? — Merda, ele não responde! — Tudo bem, eu posso esperar que esfrie a cabeça. Só... eu não tive culpa. Por favor, só... me dá uma chance de esclarecer as coisas? — nada. Nem um maldito “vai embora!” Arrasada, eu encosto a minha testa na porta e puxo a respiração algumas vezes, me permitindo chorar. Isso não é bom. Eu não sou de fraquejar, mas essa merda toda está acabando comigo e eu nunca me senti assim antes. Desisto da minha insistência e decido ir para casa.

— Você conseguiu? — Lisa pergunta assim que desço o último batente. Apenas faço não com a cabeça e saio da casa, entrando imediatamente no carro e ele entra em movimento ergo os meus olhos uma janela do segundo andar na esperança de vê-lo. Que droga, Mick! Rosno mentalmente.

***

No dia seguinte...

A noite passou lenta e dolorosa para mim. Eu simplesmente não consegui dormir e fiquei rolando na cama a noite inteira. Eu preciso pensar em como me aproximar dele, preciso fazê-lo me ouvir, mas para a minha infelicidade ele não veio ao colégio hoje e eu tive que encarar o Victor e a Rute de cabeça erguida como se nada tivesse acontecido, mas por dentro, estou destroçada. Vê-los sentados perto demais um do outro e vez ou outra aos cochichos me dá a certeza de que eles estão juntos nisso tudo. As aulas passam como um borrão diante dos meus olhos e pra variar não tenho um mínimo de concentração. Nas horas vagas insisto em ligar para ele, mas todas as ligações vão para a caixa postal.

— Nada? — Minha amiga procura saber e em resposta apenas meneio a cabeça.

— Não sei mais o que fazer, Jas. Ele não me atende, não me recebe, não quer falar comigo.

— Calma, amiga! Deixe-o esfriar a cabeça. O Mick vai cair na real e vai te procurar. Tenho certeza de que te dará a chance de explicar. — Faço não com a cabeça.

— Você não viu aquele olhar de acusação. Ele está com ódio de mim e pensa que eu e o Victor... — Puxo a respiração para engolir o choro.

— Eu... preciso sair, preciso respirar um pouco.

— O que quer dizer? — mexo os ombros com desdém.

— Que eu vou sair essa noite. Que eu vou dançar e beber até não aguentar mais, porque se eu não fizer isso, não vou resistir.

— Olha só. Quando chegarmos em casa prometo que a gente vai se divertir muito. Podemos ligar o som bem alto no quarto e beber todas juntas, mas não me peça para cometer suicídio com você — bufo audível.

— Isso tudo é uma grande merda! — rosno entre dentes.

— Eu sei— Jasmine sibila baixinho e me puxa para um abraço. No final da tarde o vejo no campo de longe para ele não me perceber e me pego sorrindo quando faz um gol magnífico, e os amigos o ergue nos braços em comemoração. Definitivamente ele ama fazer isso e sei que será um grande jogador no futuro. Contudo, saio antes de o jogo terminar.

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