Por Você romance Capítulo 161

Jasmine

— Por favor! — suplico quase sem forças.

— VOCÊ O AMA, PORRA?!

— SIM!! — grito. — Só... não faça nada... não faça nada com ele! — suplico.

— É uma pena! — Ele grunhe apontando a arma para a sua cabeça e eu faço não com a cabeça. Eu quero gritar, preciso gritar, mas o som não vem. Tento me mexer, correr para impedi-lo, mas não consigo sair do meu lugar. Correntes pesadas me mantém presa e desesperada começo a gritar.

— NÃO! NÃO! NÃO FAÇA ISSO! — Os olhos suplicantes de Jonathan me fitam e o som do tiro ecoa por todos os lugares. — NÃO!

...

—Jasmine, acorda, amor? — escuto a sua voz e logo sinto os seus braços me envolverem. — Acabou, Bonitinha, foi som um pesadelo. — Ele sibila embalando o meu corpo junto com o seu, porém, apenas choro porque eu sei que isso não foi só um pesadelo. Isso foi um aviso. Aperto o seu corpo junto ao meu enquanto o meu coração sangra com os pensamentos que preenchem a minha mente. Preciso afastá-lo de mim. Preciso mantê-lo seguro. — Xiu, Bonitinha, já passou! — Ele sussurra com voz suave, beijando várias vezes os meus cabelos. Mas não passou, eu sei que não. Isso nunca vai passar. Penso entorpecida.

— O que aconteceu? — Tia Ana pergunta invadindo o quarto.

— Foi só um pesadelo. — Ele diz.

— Bebe um pouco, querida. — Tia Ana me oferece um copo com água que provavelmente pegou na jarra que fica sobre uma mesinha de vidro ao lado da cama. Eu me afasto um pouco e sem olhá-lo seguro o copo de suas mãos e vejo o quanto as minhas mãos estão trêmulas. —Filho, vá lá embaixo e peça para a Maria que prepare um chá e não volte aqui sem esse chá. — Ela pede.

— Eu... não quero deixá-la sozinha, mãe.

— Ela não vai estar sozinha, eu vou ficar aqui com ela. Agora vá! — Ele hesita por um mísero instante, mas sai do quarto. — Quer me falar sobre esse pesadelo, querida? — inquire calmamente, mas faço não com a cabeça. — Tudo bem! Só confirma uma coisa pra mim. Sonhou com eles? — Ana parece preocupada.

— Sim — respondo com a voz embargada. — E foi horrível, tia Ana! — Ela me abraça apertado.

— Eu sei. Jasmine, preciso avisa-la que vou marcar uma consulta para você com a Lilian ainda essa semana.

— Por quê?

— Porque se você está tendo sonhos com o que aconteceu, é porque ficou com certeza ficou algum trauma e precisamos resolver isso, certo? — Concordo com um aceno de cabeça.

— Tudo bem!

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