Herdeiro do Alemão romance Capítulo 42

Edgar/Falcão - Narrando

Hoje tinha sido o enterro do Didi, a gente ainda não sabia o que tinha acontecido, a gente tava apenas seguindo... A dor ainda era recente, o desespero de perder um dos nossos, não tá sendo nada fácil, mas a gente segue.

Tuco: O Bope subiu pra buscar uma biscate, filha do chefe de lá. Ela subiu com um Felipe, vapor qualquer. O pai mandou buscar.

- conseguiram pegar essa puta do carai? - pergunto e ele nega

Tuco: A gente botou eles pra descer antes - falou e eu tirei minha pistola e botei em cima da mesa

- Quero esses dois agora, eu vou devolver essa menina - falo e sorrio - aos pedaços, o pai dela comprou guerra em matar meu amigo e agora vai sentir na pele

Tuco: Tu vai ter filho porra, vai comprar briga com o bope? vai mesmo? Didi morreu, não vai voltar mais

- Não vou deixar barato, Tuco. Vou destruir aquele cara, Didi era dos nossos - falo

Menor: Vou buscar esses dois agora - ele tava cego de vingança também

Menor sai da boca e eu tô puto, eu apenas espero mexendo nas balas da minha arma, enquanto vejo Tuco saindo negando com a cabeça e eu apenas observo..

Tô errado não parceiro, eu sou chefe dessa porra. Vou ficar no meio de guerra não, eu crio a guerra. Eu ponho fogo nessa porra toda e ninguém vai dizer o contrário.

Menor: Entra porra - empurra a menina pra dentro - Felipe tá aqui não, diz ela que foi resolver as coisas com o pai dele

- Ótimo, mas o b.o é comigo agora. Vocês acharam que iam fazer o que bem entendesse no meu morro e eu ia só segurar as pontas? por causa de porra de romance de vocês dois, meu amigo morreu. O MEU AMIGO PORRA

Melissa: Desculpa, não sabia que meu pai iria levar isso a ferro e fogo. Sinto muito pelo seu amigo.

- senti muito? - me levanto e vou pra trás dela passando a mão pelos seus ombros - Senti muito não vai trazer meu companheiro de volta vai? seu erro foi ter se metido comigo

Melissa: Eu juro que sinto muito, meu desculpe. Não queria... - dou um tiro no meio da testa dela

- Não é o suficiente - falo e me sento - quero a cabeça dela enviada pro Bope, e um belo recado, não mexam com minha família, dente por dente

Menor: Agora mesmo, patrão. - fala e sai arrastando o corpo da menina

QUE PORRA, ELE MORREU POR BRIGA DE OUTROS. ELE NÃO TINHA HAVER COM NADA PORRA, ISSO É UMA DESGRAÇA.

Chego em casa, bato a porta e vou direto pro quarto passando por Duda e Fernanda que estavam na sala conversando, eu tiro minha arma da cintura e vou direto tomar um banho.

Eu tava cansado, eu não tava sabendo lidar com isso. Eu simplesmente não sabia que porra tava fazendo.

Fernanda: Você tá bem? o que aconteceu? - ela entra no banheiro, sentando na privada

- Didi foi morto por briga externa - falo

Fernanda: Tu tem que arrumar um jeito de tentar passar por isso, sabe qual o teu problema Edgar? tu senti demais e acaba se afogando nisso. Didi morreu, agora a gente segui mesmo que esteja doendo muito

- Comprei briga com o bope e vou até o fim - ela nega com a cabeça

Fernanda: Porque isso? tu vai ter um filho, eu preciso de tu. Porque fez isso Edgar?

- eu vou vingar meu amigo, essa é a lei Fernanda. Eu vou tá aqui pra tu e pro nosso filho. Eu te prometo mulher.

Fernanda: Eu espero, Falcão - fala e sai do banheiro

Termino meu banho e troco de roupa. Desço pra sala e vejo Fernanda olhando pra sua barriga enquanto passa a mão como se fosse a melhor coisa do mundo e apenas sorrio com aquela cena.

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