4 -Vampiro Dos Meus Sonhos romance Capítulo 8

A minha consciência retornou aos poucos, o sabor metálico persistia na minha boca, mas o mais estranho eram as dores. Não sentia nenhuma! "Como podia isso ser possivel? " O pensamento rapidamente bate como um soco no estomago. "Oh droga...não... não pode !!! " Algum vampiro tinha compartilhado seu sangue , por isso estava curada. Agora estaria dentro da cabeça de alguém, que sentiria todas as minhas emoções alem de que teria um gps incorporado , ele me encontraria em qualquer lugar." Inferno !!!"

Investigando cada detalhe do quarto estranho, reparo que estou deitada numa cama King Size, na minha opinião , grande demais, uma pessoa podia se perder debaixo dos lenções numa cama dessas. Acendendo o pequeno candeeiro na mesinha ao lado da cama, analiso a decoração, chego à conclusão que parece sombria , tons escuros intercalando com alguns claros, era a unica coisa que evitava de parecer assustador. Cortinas pesadas embelezavam as janelas , alem de um grande tapete e dois simples cadeirões. Artigos decorativos espalhados pelo quarto eu não via , mas que se tornava precioso, ao dar conta que existia uma grande prateleira abarrotando de livros por todos os lados, sem dúvida alguma. O proprietário já começava a ter a minha admiração.

Rapidamente me levanto, verificando que continuo com as minhas roupas, procuro o banheiro, pensativa quando dou com duas portas semelhantes e fechadas na parede do lado oposto da cama. Spontando o dedo   faço  "um.. dó ..li...tá"  intercalando entre as duas ,até abro a porta vencedora. Parada uns momentos aprecio as roupas enormes de couro penduradas no roupeiro. Jeans e algumas camisetas escuras acompanhavam as indumentárias", em baixo botas pretas de combate jaziam bem arrumadas em cada prateleira devidamente preparada para esse objetivo. " Vampiros realmente não gostavam de branco. " Respirando fundo abro a porta que seria aquela que eu tanto desejava no momento tentando nao pensar muito no dono daquele qurro e somente desfrutar daquela  sensação de liberdade que sentia ali, naquele momento.

Acendendo a luz de imediato um duche surge na minha frente , assim como o vaso sanitário e o lava mãos, sem demoras corro para o espelho. Analisando meu rosto, confirmo aquilo que desconfiava . Meus ferimentos eram somente um vermelhão na pele pálida . passo o polegar no lábio antes cortado e nada . "Droga, droga , droga ! " Gemo as palavras apertando as mãos em punhos. Pensava que estaria livre depois de pedir asilo, mas agora teria alguém ligado em mim 24 horas . "Tudo bem, podia parecer mal agradecida naquele momento, afinal provavelmente quem me deu sangue, me tinha salvo a vida ,mas droga , quem quereria um estranho no seu pé?" Suspirando , abro a torneira , molhando meu rosto , teria que obter muitas informações quando saísse daquele quarto. Primeira : Onde é que eu estava ?: Segunda :De quem era o quarto? Terceira : ... Arregalando os olhos , me viro para o som que rapidamente se aproxima do cômodo. Os passos eram lentos , mas potentes o suficiente para me assinalar de sua presença Um tremor me invade quando um vulto se aproxima da entrada do banheiro. Tentando decifrar seu rosto , noto que ele pára propositadamente nas sombras , me mirando por uns segundos, em silencio. "Bastava mais um passo e a luz incidiria sobre seu rosto ,porque não avançava ?" Mordendo o lábio, sustenho a respiração, apertando o lava mãos com força.

__ Quando te sentires apta , vem! Te espero lá fora !

Da mesma forma que entrara , o estranho se afastou, sua voz era algo familiar apesar de fria e autoritária. Respirando fundo tento relaxar do pavor que me tinha invadido segundos atrás , ele era enorme , ombros largos , postura ameaçadora. O ar é expelido com força dos meus pulmões , olhando de novo meu reflexo noto meus olhos cinza, afinal meu lado vampiro sempre está alerta também. Enxaguando meu rosto com a toalha pendurada ao lado do chuveiro, penteio o cabelo com os dedos , me arrumando um pouco se isso fosse possível. só mesmo com um bom banho, e isso teria que esperar. Cautelosa saio do quarto, olhando o corredor. O homem agora nitidamente visível, estava de pé encostado na parede de frente , pés cruzados , assim como seus braços no peito, ele parecia dormitar. Seus olhos estavam fechados , a expressão era tranquila apesar de seus traços quadrados lhe darem feições de alguem dominante e ameaçador. Seu cabelo negro comprido até aos ombros era cortado em escadinha, propositadamente rebelde, lhe dando um ar selvagem com o complemento de sua barba rasa . Por momentos aprecio seu rosto detalhadamente parando em seus lábios, o inferior , grosso, se destacava , me fazendo suspirar sem saber o porquê. Lambendo os lábios sinto um arrepio na nuca , meu corpo congela quando subo meu olhar e um verde intenso e mortal me encara.

__ Segue-me!- Uma única palavra e logo o homem seguiu em frente , lhe dando as costas .

__  Onde vamos?-  Atrapalhada o sigo, percebendo o quanto seu corpo é trabalhado muscularmente . Uma camisa preta , com calça de couro justa , me dava a visão exata de como seu corpo seria... nu.   Uma onda de calor invade minhas bochechas , me levando por momentos a uma repreensão mental quando meus olhos se fixam em sua bunda . Pigarreando desvio meu olhar.__ Poderia me dizer ao menos, onde  estou?

__ Na casa onde querias pedir asilo. - Ele seguia em frente sem olhar para trás descendo as escadas de dois em dois degraus até parar numa porta dupla.

___ Finalmente...- Murmuro entre dentes ,olhando apreensiva o homem na minha frente,  a  voz sem denotação emocional me leva a crer que eu estava sendo imposta a ele, como uma missão que não lhe agradava nem um pouco, mesmo assim me sinto mais tranquila   ao saber que já estava em segurança   no clã dos Independentes.

Parando ao seu lado um momento ,sustenho a respiração ao observar a  decoração  da porta na minha frente,os fios dourados ao redor de um relevo floral indicava que seria antiga apesar de bem restaurada ,mas não era isso que me fazia segurar o ar, mas sim a mudança radical que a minha vida iria sofrer a partir daquele momento. No segundo que vi  sua mão no puxador da porta , rapidamente  agarro seu braço,o pavor se instalando sem hesitar .  O macho de imediato crava seus olhos semi cerrados nos meus , mostrando as presas em ameaça quando lentamente vira seu olhar para a minha mão em seu braço. Um calafrio imediatamente me converte num cachorrinho assustado, soltando a mão como se um choque elétrico me pegasse desprevenida. Maldição, esquecia que não podia tocar em um  vampiro centenário de forma tão informal assim, ainda mais sendo mulher. Respiro fundo, subindo meu olhar arrependida.

__ Me desculpe...- Eu realmente estava arrependida de  o tocar, pois além de assustada eu tinha ficado excitada. Droga , eu não precisava de  mais confusões na minha vida. Respirando fundo o encaro nervosa. __ Eu... eu preciso saber algo antes de entrar.

__ Fala !- O homem se fixa pensativo no rosto daquela moça.

__ Poderia me dizer quem me curou ?-  Sua feição mudou por momentos ,de irritado para apreensivo e eu fico um pouco confusa.

__ Isso não importa nesse momento!- O homem simplesmente declara .

_ Importa para mim... - Com cautela  tento explicar  meu ponto de vista pessoal .  __Eu preciso saber quem vai estar ligado ás minhas emoções a partir de hoje... --Mordendo o lábio tento não soar muito exigente. __Penso que tenho esse direito.

__ O que aconteceu foi necessário, seus ferimentos  eram ...graves. -  Sem dar hipótese de um novo  argumento ou sequer uma palavra ,o macho rapidamente lhe dá as costas abrindo as duas portas , exibindo um grande escritório mobilado com tudo o que era moderno, contrariando a decoração antiga da porta dupla. Se colocando de lado ele lhe cede passagem,seu olhar fixo no dela ao  acrescentar  com firmeza. __  Quem se voluntariou  o fez sem qualquer interesse e não será um problema no futuro !Agora , entra!

__Ok!- Suspirando em frustração eu avanço para dentro daquele cómodo dando de imediato com outro macho  enorme,com postura dominante , em frente a uma secretária.

Seu cabelo preto curto, olhos azuis e sua indumentária formal, indicava que aquele seria ,com toda a certeza , o Mestre do Clã. Ele tinha um ar poderoso,  o que inspirava respeito e algum temor, e mesmo me presenteando com um sorriso nos lábios naquele momento, eu paro abruptamente quando  meus batimentos cardíacos aumentam , e o receio me invade ...sem aviso ...de novo.

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