O marido misterioso romance Capítulo 64

Vendo Margaret aparecer de repente no hospital, Marie se levantou com um sorriso. "Como uma pessoa tão ocupada quanto você encontrou tempo para vir aqui hoje?"

"Preciso conversar com você sobre uma coisa!" O desagrado estava estampado no rosto da mulher.

Na mesma hora, Marie pediu licença à paciente e fechou a porta depois que ela saiu do consultório. Irritada, Margaret se sentou na cadeira. "Vim aqui te perguntar uma coisa. A Irene não pode mesmo ter filhos?"

Felizmente, Deborah já havia informado com antecedência a doutora sobre a situação. Caso contrário, Marie teria sido pega de surpresa pela visita repentina de Margaret. Ela pegou a mão da mulher e perguntou: "O que aconteceu?"

"A Irene tem um filho agora. Mas você não me disse antes que ela não podia engravidar?" Questionou Margaret.

"A Irene tem um filho? A senhora tem certeza?" Visto que a médica sabia de tudo graças a Deborah, ela já havia pensado em uma maneira de lidar com a situação. Fingindo surpresa, ela falou alto: "Isso é impossível! Como ela engravidou se os ovários dela não podem ovular?"

"Como eu vou saber? Foi você quem me disse que era impossível que ela engravidasse." Margaret encarava Marie. "Eu forcei ela e o Edric a se divorciarem porque acreditei no seu diagnóstico."

"Que notícia chocante! Isso é tão inesperado! Já vi e tratei tantos pacientes inférteis. Mas essa é a primeira vez que vejo alguém com uma condição como a dela. Só estou falando os fatos, você sabe muito bem que uma mulher que não consegue ovular não pode engravidar. Tentei tantos tratamentos com ela, mas nada funcionou, e você queria tanto um filho, então..."

Margaret a interrompeu: "Mas por que ela pode engravidar agora?"

"Eu também não tenho certeza. Há muitos motivos pelos quais uma mulher pode não ser capaz de engravidar. Não é só o problema dela; às vezes, fatores externos também influenciam. Por exemplo, o estresse pode dificultar que uma mulher engravide. Uma vez, tratei uma paciente que estava sob muito estresse no trabalho. Ela teve problemas para engravidar por dez anos. Mas, depois que pediu demissão, engravidou um ano depois. Teve também outra paciente que não conseguiu ficar grávida porque a sogra a pressionava muito. Depois que ela se mudou com o marido, engravidou quase que no dia seguinte", observou Marie.

"Então você tá dizendo que a culpa é minha que a Irene não conseguiu engravidar?" Margaret estava tremendo de fúria depois de ouvir isso.

"Não foi o que eu quis dizer. Ela não estava tomando muitos remédios naquela época? Talvez um deles tenha funcionado. Ela não voltou para fazer exames, então eu não sabia como ela estava depois disso", respondeu a doutora.

Desde que Irene e Edric se mudaram, Irene nunca mais voltou ao hospital para fazer um exame de rotina. Era verdade que Marie não fazia ideia de como ela estava. Talvez a mulher tenha tido sorte. Se tivesse voltado ao hospital, a médica teria feito de tudo para que ela permanecesse incapaz de ovular. Claro, Marie não disse isso em voz alta.

"Não foi isso que você me disse no começo. Você disse que a condição dela nunca poderia ser curada. Somos amigas há tantos anos, e eu tenho muita fé nas suas habilidades como médica. Foi porque você disse que ela não tinha cura que decidi resolver isso de outro jeito." Margaret lançou um olhar feroz para a doutora. Se Marie não tivesse sido tão decisiva em seu diagnóstico, a mãe de Edric não teria ficado desesperada e com certeza não teria tratado Irene da forma como o fez.

"Minha nossa, Sra. Myers, por que você está tão brava? A Irene não é boa o suficiente para o Edric, de qualquer maneira. Além disso, ela sempre te irritava. Não é uma coisa boa que eles tenha se divorciado? Olhe para a sua futura nora agora. Ela é bonita, elegante, vem de uma boa família... E o mais importante, ela te trata bem. Uma nora assim é sem dúvida um achado. Por que se incomodar com outra mulher que não vale a pena?" Perguntou a doutora, sorrindo.

"Isso é verdade, mas você não tem ideia de quantas discussões feias eu tive com o Edric sobre aquela mulher. Eu só tenho um filho. Não posso suportar deixar ele de coração partido."

"Somos amigas há tantos anos. Tive essas ideias para te ajudar porque estava tentando fazer o que era melhor para você. Se não fosse pela nossa amizade, acha que eu te falaria tudo isso?" A médica fez um bico de propósito para parecer mais inocente.

Margaret refletiu sobre isso e achava que Marie tinha razão. A doutora a conhecia há tantos anos e tinha uma boa relação com ela. Foi a própria Margaret quem contou tudo isso a ela naquela época. Se não tivesse contado suas preocupações para a médica, a mulher não teria tentado ajudá-la em primeiro lugar. Com isso em mente, Margaret deu um leve suspiro e disse: "Fico muito preocupada, vai que o Edric descobre que a Irene é fértil? Ele com certeza vai ficar furioso comigo".

"É só garantir que ele não descubra", afirmou Marie.

"Eles tão na mesma cidade. Não tem como ele não descobrir", lamentou-se Margaret.

"Então você deve fazer com que ele e a Lily fiquem noivos o mais rápido possível. O Edric é um homem responsável. Depois que ele tiver uma noiva, não vai mais pensar na Irene", sugeriu a doutora.

"Esse é o único jeito por enquanto, eu acho."

No momento em que Margaret foi embora, Marie ligou para Deborah. "A Margaret já tá sabendo. É melhor você pensar em uma solução o quanto antes."

"Já?" Deborah ficou chocada. "A fofoca se espalha rápido mesmo! O que foi que ela disse?"

"Ela me questionou sobre o que aconteceu no passado, e eu cuidei disso. Ela só tá preocupada com as consequências de o Edric descobrir. Vocês têm que achar um jeito de os dois ficarem noivos antes que ele descubra."

"Eu sei, tô pensando nisso." Deborah desligou a ligação e disse à filha: "Vai comprar as frutas preferidas da Margaret e visita ela. Vê como ela tá."

Quando Margaret chegou em casa, ficou surpresa ao encontrar Lily conversando com Loraine. Quando a garota viu a mãe de Edric, levantou-se na mesma hora. "Tenho ficado tão ocupada nos últimos dias que não tive tempo de vir visitar. Por acaso, eu tava livre hoje, então preferi vir aqui sem te ligar antes. Tia Margaret, você não vai achar que tô sendo mal-educada, né?"

"Lily comprou muitas das suas frutas preferidas", acrescentou Loraine, mostrando à patroa as frutas que a jovem havia comprado.

O humor de Margaret melhorou com a visita de Lily. Ela se sentou e respondeu: "Claro que não vou achar. É um prazer te ver aqui. Da próxima vez, não precisa comprar as frutas". Em seguida, disse a Loraine: "Vai comprar a comida preferida da Lily".

A empregada assentiu e saiu. A garota se levantou e disse com consideração: "Vou lavar as frutas e preparar elas pra você".

"Não precisa, tá tudo bem", interrompeu-a Margaret, dando um leve suspiro. Lily aproveitou a oportunidade para perguntar, "Você não parece muito bem. Aconteceu alguma coisa?"

A mulher assentiu. "Sim, encontrei a Irene no restaurante hoje."

"Ela foi grossa com você?" Perguntou a garota, preocupada.

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