A irritação de Peter torna-se incontrolável. Ele dirige-se ao bar onde Rebecca está e, em seguida, Susan e Melissa se aproximam para ajudar a amiga, se necessário. Peter agarra o braço de Rebecca e vira-a para ele.
– Quem você pensa que é? Como assim, transou com outro logo após sair da minha casa?
– Me largue agora, você está me machucando. O que te dá o direito de me cobrar qualquer coisa, quando você mesmo estava transando com a minha prima? Afaste-se de mim. – Ele aperta o braço dela com mais força.
– Solte-me.
– Largue-a, seu imbecil. Você está machucando-a. Você não tem o direito de cobrar nada.
– Feche a sua boca, vadia. Já era certo que ela se meteria em encrenca ao andar com você. Você é uma puta, Melissa, uma puta. – Diz ele, enquanto continua a pressionar o braço de Rebecca. – Diga-me, você acha que sou um palhaço? Vou te mostrar como você está muito errada.
– Solte-me, você está me machucando.
– Você não está ouvindo a senhorita? – Diz Alex ao aproximar-se, colocando-se entre Peter e Rebecca, fazendo-o soltar o braço dela. Melissa e Susan encaram o homem que está protegendo a sua amiga; elas o acham ainda mais bonito do que nas fotos.
– Quem é você? Não se meta onde não deve. Estou falando com ela, não se envolva. – Alex o ignora e vira-se para Rebecca.
– Então, senhorita Jenkins, por que é que sempre que eu a encontro, você está bêbada e rodeada por um idiota? – Rebecca sente-se aliviada por vê-lo ali, e ela sorri para ele.
– Sr. Baker, olhando para você, parece que eu tenho uma queda por idiotas, não acha? – Alex sorri levemente com a provocação dela.
– Quem diabos é você? – Pergunta Peter, retomando a atenção de Alex.
– Como você tem coragem de tratar uma senhorita dessa forma? Você é louco?
– Quem é você? – Pergunta Peter novamente. Alex vira-se de costas e pede ao garçom para fechar a conta de Rebecca. Ele paga e volta a olhar para Peter.
– Não vou te perdoar se você ousar encostar nela novamente. Portanto, não se atreva a me desafiar, ou eu vou acabar com você!
– Você sabe com quem está falando? Eu sou Peter O'Donnell, posso te destruir facilmente. Ela é minha namorada, fique fora disso. Ninguém te chamou aqui. – Diz Peter rindo de forma debochada.
– Senhorita Jenkins, você é realmente uma mulher ousada. Namorada dele? – Questiona ele, olhando para ela.
– Ele é o meu ex-namorado. Ele está apenas chateado porque estou me divertindo. Ignore-o, ele não é alguém que valha a pena.
– Sr. O'Donnell, eu deveria conhecê-lo? Eu nunca sequer ouvi falar de você. E você tem a audácia de me ameaçar? Por favor, não me provoque. Garanto que você não vai gostar. Agora saia do meu caminho. – Ele pega Rebecca pela mão e, ao tentar sair, é impedido por Peter, que segura o seu braço. – Porra, senhorita Jenkins, você terá que me compensar muito por me fazer vir até aqui. – Ele solta a mão de Rebecca e empurra Peter, que cai por cima da mesa perto do bar. – Senhor O'Donnell, agora que sei o seu nome, será muito fácil te destruir se eu quiser, ou se a senhorita assim desejar. Portanto, acho prudente que você fique aí e aceite que é um homem digno de pena. – Ele pega o telefone, enquanto Peter se levanta com raiva. – Ryan, você tem um minuto para me contar tudo sobre Peter O'Donnell e para comprar o pub Tricks. Quando fizer isso, peça ao gerente para vir até mim. Estou no bar.
– Meu Deus! Alex, qual é o seu problema? O que está acontecendo aí?
– Seu tempo está passando, Ryan. Compre, não importa o custo. Eu gostei do lugar, quero-o para mim. – Peter fica paralisado ao ouvir essas palavras.
– Alex, isso é loucura, mas é o seu dia de sorte. – Responde Ryan, enquanto localiza os dados dos donos do Pub. – Peter O'Donnell é filho do CEO da empresa com a qual negociamos. Eles são sócios do grupo da família Halgrave.
– Eles têm mais de uma empresa, certo? Elas são distintas?
– Sim, são dois irmãos, Antônio e Robert, cada um com a sua empresa, mas fazem negócios juntos.
– Qual deles é o sócio do grupo O'Donnell? – Questiona Alex, observando as expressões de Peter, que não consegue falar naquele momento.
– Os dois são sócios, Alex.
– E quanto a ele?
– Ele é gerente no grupo da sua família. Você o teria conhecido se tivesse participado da reunião.
– Poupei meu tempo, porque ele é idiota e ridículo! Você já sabe o que fazer quanto a isso. Quero tudo esta noite. O Pub já é meu?
– Preciso de mais alguns minutos. Espere no bar e, assim que eu terminar, o gerente irá até você.
– Ok, nos vemos em Nova York. – Ele desliga. – Olha só que interessante, Sr. O'Donnell. Seu pai nem permitiu que você se tornasse CEO da empresa! Empresa bem irrelevante, aliás. Não o conheceria de qualquer maneira. É engraçado o quão patético você é, ao usar seu sobrenome como se fosse relevante. Que tolice. Senhorita Jenkins, o que você deseja fazer com ele? A escolha é toda sua. Devo tolerar a insolência dele ou você quer que eu acabe com ele agora mesmo? Me diga, senhorita. – Peter não sabe quem é aquele homem, mas não consegue se mover. Sente-se assustado por aquele homem ter conseguido informações tão facilmente sobre ele. Rebecca junta-se a Alex, encara Peter por alguns minutos e zomba dele.
– Acho que podemos deixar passar desta vez. Ele é apenas digno de pena, como você disse, e parece estar bem assustado. Não acha?
– Ok, você quem manda esta noite, senhorita. – Alex olha para ele. – Eu teria te destruído, mas a bela senhorita é melhor que eu. A propósito, dinheiro move montanhas e influência garante o mundo. Melhore a sua situação antes de nos encontrarmos novamente. Talvez assim chame a minha atenção. – Peter aperta as mãos, controlando a raiva. Os seguranças se aproximam com o gerente, pois foram instruídos a encontrarem o novo dono do bar.
– Sr. Baker? – Questiona o gerente.
– Sim! Prazer. – Diz ele de maneira educada. – Este senhor não tem mais permissão para entrar neste Pub. Coloquem-no para fora. A senhorita Jenkins pode frequentar a casa sempre que quiser com os seus amigos, por nossa conta. Está claro? – Todos concordam. E os seguranças acompanham Peter até a rua.
– Amigas, vamos?
– Ficarei mais um pouco com Diego, não se preocupe. Vá com o seu acompanhante e me ligue amanhã. – Diz Melissa.
– Vou ficar aqui também, Becca. Te amo, amiga. – Diz Susan, abraçando Rebecca.
– Está pronta, senhorita? Podemos ir? – Rebecca abraça Melissa e Susan e sai com Alex. Ele não diz nenhuma palavra a ela até que entrem no carro.
– Vou te levar para casa. Onde você mora?
– Este carro é melhor que o outro. Acho que vou roubá-lo também. – Diverte-se ela. – Nem pensar. Estou bêbada, meus pais me matariam. Você veio até aqui, agora é sua responsabilidade cuidar de mim. – Alex levanta a sobrancelha, desaprovando, e liga o carro.
Na rua, Peter os observa partir, enquanto fala com seus amigos.
– Quem é esse cara? Descubram tudo sobre ele o mais rápido possível. Ele vai ver como se destrói uma pessoa. – Murmura, cheio de raiva.
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