O Vício de Amor romance Capítulo 30

O fogo aumentava mais e mais, estava quase consumindo o homem!

Ele levantou um pouco os lábios, pressionou sua voz, que não demonstrava raiva ou alegria:

- O que eu disse a você não funcionou, não é?

Natália estremeceu naquele instante.

- Vocês estão em um casamento por contrato, você não tem direito de exigir nada dela. - Anderson também foi áspero.

- Se eu não estou qualificado, você é ainda menos qualificado. Não importa se é um acordo ou não, não é para você galantear e cobiçar a esposa de outro homem. - Depois de dizer aquilo ele não olhou para Anderson, mas vislumbrou Natália.

- Você tem um minuto.

Quando terminou de falar, caminhou em direção ao prédio.

Anderson se virou para olhar para Natália:

- Não tenha medo, estou aqui, vou entrar com você e explicar claramente a ele.

Natália balançou a cabeça, isso era problema dela.

Foi ela quem prometeu e falhou com sua palavra.

- Não precisa, Andy, pode voltar. Eu tenho que trabalhar. - Natália foi para dentro do prédio, Jorge já subiu.

De pé em frente à porta do escritório de Jorge, ela suprimiu o pânico e levantou a mão para bater na porta.

- Pode entrar.

Ela abriu a porta, entrou e quando estava prestes a explicar por que ela não tinha voltado na noite passada, Jorge falou dela:

- Vamos terminar nosso casamento. Um mês é muito tempo, vamos terminar agora.

Os lábios de Natália tremiam sem que ela pudesse controlar. Ela pensou que era forte e corajosa, mas não era.

Isso não era suficiente.

Ela não conseguia se defender em momentos de perigo.

Ela não teria escapado se Anderson não tivesse aparecido e ajudado.

Ela quase foi uma vítima de Fátima e Larissa.

Mas Jorge não queria ficar discutindo com ela e então pegou o telefone:

- Dr. Márcio, elabore o divórcio para mim..

- Não! - Natália se aproximou e desligou sua chamada, balançava a cabeça.

- Eu não queria ter ficado fora, eu tive um problema na noite passada e...

O olhar de Jorge caiu sobre a saia que ela usava, sorriu com uma forte intimidação que parecia cortar sua carne e sangue.

- Não quer que eu satisfaça sua vontade logo?

Ontem ela usou calça, mas trocou para uma saia durante a noite.

O que eles fizeram durante a noite e precisou trocar de roupa?

Talvez ela até tenha seu charme, mas o deboche também é real.

Este tipo de mulher não merecia o amor dele.

- Não quero – Natália respondeu. Eles poderiam se divorciar, mas não agora.

Se ela perdesse Jorge, um financiador, ela continuaria a ser esmagada por todos eles, como ela tem sido há oito anos e não tinha forças para contra-atacar.

Jorge olhou para ela. Natália estava perplexa, assustada, desorientada, como uma cerva perdida, desamparada e impotente. Uma oscilação em seu coração surgiu desprevenidamente, ele sorriu de escárnio em seguida. Ela queria ficar com outro homem mas permanecer casada com ele?

Absurdo, ridículo!

Ele permaneceu frio, disse sem emoções:

- Eu concordo que você e aquele homem fiquem juntos, agarradinhos, e você me diz que não quer?

Natália estava confusa e aterrorizada porque Jorge estava querendo o divórcio.

Em um instante, Natália lembrou do beijo que a pegou desprevenida, e sem pensar muito, o beijou.

Por um momento, o ar ao redor deles quase congelou.

Jorge ficou parado por um momento, abaixou os olhos e olhou para a mulher que estava o beijado, surpreso, esquecendo-se de reagir.

Ela tem uma vida privada bem ousada, mas beija muito mal.

Ainda sim havia uma inexplicável familiaridade naquele beijo, tanto que ele não a empurrou logo de cara, mas o fez sem hesitação assim que sua sanidade retornou.

Despreparada, Natália foi empurrada para trás, sentiu dor nos joelhos e caiu no chão. A barra da saia levantou e relevou-se as pernas.

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