À mercê da realeza romance Capítulo 14

"Narrado por Lyam"

Logo que Ralf saiu do quarto, tentei me controlar ao máximo pra não morder o pescoço dela.

_O que tens a me dizer, Kalenna?_Falo sentando perto dela na cama._Eu quero que entenda que tenho total controle sobre todos os humanos daqui e eu sei o que você disse sobre "Que comecem os jogos"..._Tento manter a calma._Kalenna, você precisa entender que aqui você é submissa a qualquer um. Você não significa nada. Apenas divertimento.

_Você é um MONSTRO!_Ela grita extremamente alto._Eu odeio você. Você é desprezível. Digno de pena._Ela grita perto do meu rosto e com lágrimas descendo pelo rosto._Você é tão desprezível que afastou a única pessoa que te amava, a Ana.

Nesse momento minha mão foi de encontro ao seu rosto. O tapa foi tão forte que eu a fiz desmaiar. Quando eu a vi, com o rosto machucado e caída por cima da cama desarcodada, meu peito apertou. Me aproximei do seu corpo e a ajeitei sobre o travesseiro.

_Ah Kalenna, não diga coisas que não sabe..._Falei deitado do seu lado alisando seus cabelos._Me perdoa._Nesse momento eu fraquejei. Lágrimas inundaram meu rosto.

Pensei em como Kalenna é parecida com Ana. O jeito fraco e desprotegido. O olhar inocente e cheio de pureza. E eu aqui lembrando daquele dia em que tudo que eu sentia foi destruído...

Flashback on:

Eu tinha acabado de sair pra resolver uns assuntos no centro de Córya sobre alguns rumores de guerra vindo da parte de Conte, cidade inimiga da nossa.

O meu casamento estava marcado pra daqui a 4 meses e eu já não aguentava de alegria. Mesmo o meu casamento com Ana servir como pagamento de uma dívida com seu pai, eu a amava. Ela era linda. Cabelos sempre revoltos no ar, sorriso sempre estampado no rosto e um ar singelo até na maneira de falar.

Estava eu no escritório da cidade terminando de organizar umas coisas quando me chega um bilhete escrito anonimamente.

"Vá até o rio da torre e veja o que jamais você acreditaria..."

Só existia essas palavras no pedaço de papel que recebi. Meu coração apertou... Eu não sabia o que fazer. Cheguei a pensar que poderia ser uma emboscada ou uma armadilha, mas eu não poderia ficar, eu teria que ir. Peguei meu paletó, meu chapéu e fui. Cheguei vagarosamente sem fazer barulho e fiquei à espreita. Logo vi Ana chegando à beira do rio. Eu iria para perto dela, mas vi que um homem se aproximava. Quando ele chegou perto ela o cumprimentou com um....

Beijo.

Quando vi os lábios da minha Ana, os lábios que eu beijava todas as noites quando chegava cansado da rotina exaustiva de ser um príncipe, beijando outra boca que não fosse a minha...

Eu fiquei totalmente sem chão.

Ele passava a mão em seu corpo como se já conhecesse cada parte que para mim ainda era intocável. Aquilo me enfureceu. Numa velocidade sobrehumana, avancei sobre ele e arranquei a sua cabeça sem pestanejar. Apenas ouve-se o grito de Ana ecoando no ar. Eu estava possesso, com ódio no coração. Ela destruiu todo amor que eu senti por ela. O que faltou? O que ele a deu que eu não a dei?

Peguei Ana pelo braço e a arrastei até a torre. Nesse dia eu fui de todos os homens o mais covarde.

Bati em Ana até que ela perdeu os sentidos.

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