Meu General Possessivo romance Capítulo 6

Helena Hernandes

Havia se passado algumas semanas desde aquele episódio constrangedor com o general. Não cruzei mais com ele, o Tenente Klaus nos informou que nos orientaria enquanto o general se ocupava com outros assuntos pendentes junto ao Coronel Matias.

Pelo menos nessa semana estava respirando aliviada, só pelo fato de não encontrá-lo. Á noite eu tinha cada sonho mais erótico que outro, sonhei até que ele me possuía em cima de sua mesa e só de lembrar, sentia minha virilha latejar.

Eu realmente precisava dar um jeito naquela seca que me encontrava há três anos e meio sem transar. Se duvidar, eu estava virgem de novo.

Naquele final de semana, Luísa e eu ficamos de procurar um apartamento para alugar quando não estivermos no quartel. Eu estava escovando um cavalo branco quando notei que Felipe estava ali me olhando e sorrindo.

— Helena, acho tão bonito a maneira que cuida dos animais. - comentou

Levei o cavalo para o seu lugar e respondi enquanto trancava a porteira:

— Quê isso?! Só faço meu trabalho. E você já terminou de limpar as áreas que foi selecionado?

— Ah, sim. Tivemos muito trabalho, mas conseguimos resolver tudo em três dias!

Segui guardando o material de limpeza e organizando, quando ele comentou me olhando timidamente:

— Posso perguntar algo você?

— Sim, claro. Pode perguntar!

Ele sorriu pegando na minha mão e se pronunciou enquanto eu sentia meu rosto corar:

— Você quer sair comigo assim que tivermos uma folga, tipo um encontro? Queria te conhecer melhor, acho você tão bonita.

Felipe me olhou de maneira carinhosa esperando minha resposta.

Não podia negar que ele era um cara muito fofo, além de bonito. No entanto, quando estava prestes a responder, ouvi a voz do general que parecia possesso e bravo.

— Mas o que é isso aqui? Vocês por acaso são pagos para ficarem de papo?

Suspirei pesadamente. Aquele homem só chegava na hora que não deveria.

Retomei minha compostura, junto com meu parceiro de equipe também e respondi:

— Desculpe, senhor. Só estávamos descansando um pouco. Já irei retornar às outras tarefas, terminei com os cavalos.

— Eu também já terminei meu serviço naquela área, senhor. Apenas parei para descansar um pouco!

Ele nos observou seriamente e disse autoritário:

— Não interessa se já terminaram as primeiras atividades, o trabalho só termina quando o dia acaba.

— Me desculpe dizer, senhor, mas isso aqui não é uma senzala e muito menos somos escravos para não ter o direito de ter pelo menos dez minutos de descanso. Eu não sou nem um burro ou jumento de carga!

Felipe me olhou, incrédulo pela minha resposta enquanto o General trincava os dentes me olhando sério e disse com um sorriso maléfico:

— Já está abrindo as asinhas, soldada Hernandes. Não se esqueça de que aqui dentro, sou seu superior e não seu colega de farda! Quem manda aqui sou eu e se eu digo que você trabalhe, terá que cumprir o que ordeno.

— Eu não sou paga para servir ao senhor, General Cortez. Quem paga meu salário é o exército, não você. Não trabalharei além da minha carga de trabalho estabelecida nesta pasta. — o encarei seriamente.

Se ele pensava que iria me intimidar por ser meu superior, estava enganado. Então, o general ordenou, me olhando diabolicamente:

— Pelo seu abuso, você vai ficar presa aqui até o final do mês para aprender a respeitar seu superior. E também amanhã irei te dar uma nova função, quero ver se é dura na queda como é com essa língua afiada.

— Isso não é justo. O senhor não pode fazer isso, eu tinha o direito às minhas folgas!

Ele sorriu maliciosamente e disse ajeitando seu chapéu:

— Disse bem, tinha! Você deveria ter pensado antes de me desafiar, soldadinha insignificante. Agora volte os dois às suas funções, se não o próximo a pegar punições será você soldado, Felipe.

Ele se virou e saiu se retirando.

Que raiva desse general filha da puta! Minha vontade era arremessar o balde com água no meio das costas dele. Agora percebia o porquê o resto do quartel tinha medo dele e o odiava. Sem dúvidas, um cara como aquele não tinha amigos pela maneira arrogante e ignorante.

Felipe me olhou, perplexo e falou, com um sorriso triste:

— Já vi que nosso encontro terá que esperar.

Passei a mão na minha testa para limpar o suor e comentei:

— Sim, me desculpe. Fica para uma próxima. Agora preciso retomar as minhas atividades, antes que aquele animal arrogante volte com o chicote para bater na escrava aqui.

— Tudo bem! Também tenho que voltar para ajudar Carlos a lavar os veículos. Até mais tarde, Helena.

Felipe se retirou me dando as costas, enquanto eu terminava de guardar os materiais de limpeza.

Não sabia o que havia me dado na cabeça para falar naquele tom com o General Cortez, mas não consegui segurar minha língua. Odiava pessoas que se sentia no prazer de humilhar outras por ter um cargo superior. Uma coisa era certa; minha afronta iria me custar caro mais tarde, percebi no olhar que ele me deu antes de sair.

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