Grávida de um mafioso romance Capítulo 157

Me reviro na cama de um lado para o outro, sem conseguir dormir, minha cabeça gritava com pensamentos ansioso e preocupados com tudo o que Matteo me disse sobre a Carolina e tudo o que ela teve que passar depois que nós brigamos.

Não consigo não me sentir culpada, tenho uma parcela de culpa em tudo o que aconteceu com ela. Carol deveria está precisando de mim e eu simplesmente dei um "escândalo" e a afastei no exato momento em que ela mais precisava de mim. Me sinto tão péssima que minhas pálpebras se recusam á se fecharem me deixarem descansar para o próximo dia.

Então me levanto e caminho até a cozinha para pegar algo para comer ou beber, que talvez me faça ter sono suficiente para conseguir pregar o olho, eu precisaria descansar por conta do plano de Matteo porém eu não conseguia tirar da cabeça o quão horrível amiga eu fui ao abandonar Carolina. Ela precisou de mim e eu não estava lá, não existe sentimento pior do que a impotência de não poder fazer nada quando uma pessoa querida está machucada ou em perigo.

- Mariana? Está tudo bem? - a voz grave de Matteo ecoa na cozinha pequena e escura e logo ele vem até o balcão onde eu estava sentada olhando para a janela e a vista escura da vizinhança fofoqueira que hora ou outra acordariam para varrer a rua e saber das fofocas diárias em primeira mão - você não está conseguindo dormir?

Quando volto a olhar para frente, a figura de Matteo estava lá, iluminado pela luz amarela do poste que atravessava a janela. O cabelo um pouco bagunçado e roupas casuais que o deixavam com uma aparência totalmente diferente do que quando ele usava um terno de marca. Até parecia um cara normal. Balanço a cabeça afirmando que sim.

- Não consigo tira da cabeça o quanto Carolina precisava de mim naquele momento e eu não estava lá para ajudar e confortá-la, estava sendo egoísta comigo mesma - rio amarga e uma lágrima escapa do meu olho esquerdo e rola pela bochecha - desculpa, eu não sei porque estou chorando - afasto a lágrima com as costas da mão e Matteo segura minha mão me fazendo olhar nos seus olhos azuis intensos e brilhantes.

- Para de pedir desculpas, você não teve culpa e não tem culpa de nada do que aconteceu com a Carolina - ele segura minha outra mão e meus olhos ardem a cada palavra dita pelo loiro bonito na minha frente - ser egoísta consigo mesma não quer dizer que você virou as costas para Carolina, vocês brigaram e você teve razão em estar brava com ela, você sempre esteve lá para quando ela precisasse e quando você precisava? Ela estava lá? Não, mas você sempre esteve lá e isso te cansou por dentro, ao ponto de você tomar a decisão sensata de se afastar antes que a amizade entre vocês duas tivesse um fim triste.

As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas enquanto as palavras de Matteo me acertavam em cheio, cada verdade parecia me cortar por dentro e tocar onde mais doía, no meu ponto fraco. Era incrível como ele tinha o dom de saber exatamente como eu estava me sentindo e como usar as palavras certas tanto para me acalmar como também para abrir meus olhos.

- Você não é onipresente, Mari, você não pode estar em todos os cantos sempre que Carolina precisar, não pode proteger ela sempre, não pode deixar de viver sua vida para viver a dela. Eu sei que ela é uma irmã para você, assim como você é pra ela, entretanto isso não deve interferir na vida uma da outra - ele solta as minhas nãos para enxugar minha lágrimas com os dedões das suas mãos - tanto Carolina como você precisavam de espaço, é normal amigas brigarem o quanto é mais normal elas se reconciliarem e fortalecerem o vínculo após uma briga feia.

- Para um loiro do banheiro você até que sabe dar conselhos e usar as palavras certas na hora certa - digo sorrindo e ele sorri também, parecendo nem um pouco incomodado por eu ter o chamado pelo apelido engraçado que Carolina tinha dado para ele.

- Na verdade não sei dar conselhos bons e também não sei de onde isso tudo saiu, eu apenas disse o que achava - ele responde e completa fazendo graça - vocês parecem duas crianças brigando, então foi bem fácil aconselhar.

- Ei! - ele gargalha e dou um tapa de leve no seu braço. O clima tenso de antes parecia ter passado, assim como os pensamentos ruins na minha cabeça. Estávamos rindo como se antes, quando Matteo agarrou meu pulso inesperadamente e se aproximou de mim não tivesse existido.

Naquele instante eu pensei que ele iria...me beijar? Ai, Mariana, você está parecendo com a Carolina, vendo coisas onde não existem!

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