Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 129

Grande programador? Katie havia realmente bebido demais – pensara Leon. Não havia espaço para bajulação desnecessária naquele momento. Era melhor assumir as rédeas da situação e colocar a apresentação nos eixos.

—Batizamos o SIV de Sylvia porque sentimos que estávamos lidando com algo mais que apenas linhas de programação – explicara o rapaz – E não estou dizendo que Sylvia tem sentimentos ou coisa assim, mas como irão entender, é um programa com potencial incrível de aprendizado e adaptação. Sylvia é uma criança com fome de conhecimento, que arquiva e usa informações arquivadas a todo momento. Como sistema de segurança, é o mais personalizável possível, assim como o mais eficiente em todos os recursos que utiliza.

Josh estava ao lado de Leonard. Ambos tinham quase a mesma altura e os poucos centímetros que o músico tinha a mais nem faziam diferença. Leon vestia uma camisa social branca. A gola tinha o primeiro botão aberto, dando espaço para respirar e havia ainda uma longa gravata vermelha afrouxada. A calça do rapaz era xadrez com linhas pretas, verdes e vermelhas, sendo o tom escuro predominante. Os sapatos sociais vermelhos brilhavam mais que o piso.

Leonard tinha os cabelos negros, brilhantes e lisos penteados para a direita e fixados com gel. A maquiagem havia sido feita com mais capricho que a das garotas, delineador, brilho nos lábios, a sombra verde nos olhos e para combinar, pequeninos brincos de argola dourados nas duas orelhas.

Joshua, por outro lado, optara por um estilo mais casual. Na dúvida sobre o que vestir, escolhera o básico. Esperava que as pessoas presentes se focassem mais no que apresentavam que nos apresentadores. Claro que era impossível. O sujeito fora de jeans, coturnos novos e uma camiseta negra com estampa da banda Black Sabbath. Poderia usar terno e gravata, mas isso não mudaria quem era. Os cabelos estavam, como sempre, repartidos ao meio e diferente de Leonel na apresentação anterior, tinha a barba por fazer.

Pegando o gancho do parceiro, Josh assumira a palavra.

—O que torna Sylvia diferente dos demais sistemas de segurança é que ela faz uso de três recursos de vigilância personalizados simultaneamente, câmeras de vigilância inteligentes, sensores de movimento e sensores de som – dissera Josh – Enquanto outros sistemas utilizam esses recursos separadamente, Sylvia usa o extremo de suas capacidades ao mesmo tempo. Mas acredito que não sou a pessoa mais indicada para explicar sobre isso para vocês. Para isso trouxemos uma convidada, que embora não possa estar aqui fisicamente, está conosco nessa noite. Não é mesmo… Sylvia?

Finalmente, os quatro abriram espaço, Katherine e Isadora à esquerda e Leo e Josh do lado oposto para que todos os presentes vissem o monitor logo atrás. Havia, de certa forma, um esboço de sorriso nos lábios de todos, como o Doutor Frankenstein ao dar vida ao monstro.

No monitor, uma imagem em computação gráfica aparecera, revelando uma menina que parecia ter não mais que quinze anos de idade. A jovem, que usava um vestido verde e tinha longos cabelos dourados, estava sentada em um vasto gramado e a brisa balançava as mechas de seus cabelos e a grama.

A imagem logo aproximara de sua face, preenchendo quase todo o espaço da tela. Agora era possível ver que tinha orelhas pontudas como os elfos e a pele extremamente clara. As maçãs de sua face eram salpicadas de pequenas sardas e quando a jovem abrira os olhos, suas íris eram verdes e brilhantes como as de Phoebe. Algumas mechas de cabelo da franja lhe cobriam parte do olhar.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Contos Eróticos: O Ponto I