POR TE AMAR ASSIM CAPÍTULO 23 - MEU DOCE PRÊMIO

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Celso estava indeciso, poderia facilmente ganhar dela, na realidade todas que ela ganhara foi porque ele deixava, agora não sabia se ganhava e teria coragem para pedir um beijo como prêmio ou se a deixava ganhar novamente para saber o que ela pediria, por fim sem saber o que pedir deixou-a vencer, ela pulou alegremente, deu a volta olímpica ao redor da mesa, narrando sua façanha, Nelson olhou sorrindo para o irmão, Sofia não era tão boa no jogo e Leonora nada sabia dele, mas percebera claramente que o irmão a deixara ganhar, dificultara um pouco, mas havia deixado que ela vencesse e parecia feliz da vida olhando-a comemorar.

__ E o que vai querer, já que é a grande vencedora? __ Leonora riu curiosa, queria tanto que Sofia pedisse algo que o deixasse feliz, queria tanto que o amigo conseguisse ficar com Sofia, queria tanto sugerir que ela pedisse um beijo, ele iria enlouquecer de felicidade, ela descobrira facilmente que Sofia era a tal mulher que Nelson queria descobrir quem era, seu amado era realmente cego para certas coisas.

__ Que ele me carregue até o carro! __ Sofia respondeu prontamente, imaginando que não poderia pedir o que realmente queria __ Se eu soubesse que teria essa aposta teria deixado o carro bem longe!

__ Sabidinha! __ Celso riu. __ Quando quiser mas da próxima vez eu ganho, lembre-se que haverá uma revanche!

__ Pode ficar iludido, você não é páreo pra mim, eu sou a melhor! __ Sofia festejava, empolgada beijou o rosto de Leonora e Nelson __ Boa noite queridos, não esqueçam que amo vocês, agora observem a rainha da sinuca ser carregada até sua carruagem!

Celso pegou-a com facilidade, ela agarrou-se em seu pescoço. Leonora sentiu-se feliz pelo amigo, chamou Nelson com a desculpa de estar com sede e entraram, não queria que a presença dos dois de alguma forma os constrangesse, se ele por ventura quisesse se arriscar a algo mais com a amada.

__ Pronto, senhora, chegou em sua bela e reluzente carruagem! __ colocou-a ao lado da porta do motorista.

__ Obrigada, Celso! Foi uma noite maravilhosa, gostei demais de tudo! __ continuou com os braços entrelaçados no pescoço dele, olhando-o nos olhos __ Amei nossos filhos, você foi realmente muito gentil me dando tantos presentes!

__ Que bom que gostou, isso me faz imensamente feliz! __ respondeu tentando controlar a respiração, ela estava tão perto que podia sentir o calor e o cheiro inebriante de seu hálito...

__ Outra noite precisamos jogar de novo, quero ganhar de novo... __ desceu as mãos suavemente pelo peito dele __ e apostar mais tiro no escuro!

__ Quando quiser estarei disponível, será sempre um prazer jogar e perder pra você! __ abraçou-a, cheirando-lhe os cabelos.

__ Celso quero dizer uma coisa muito séria e não quero que me negue... __ o nome dele escapou de seus lábios, o amava tanto, estava tão feliz.

__ Estou ouvindo, peça... __ olhou-a, queria tanto beijá-la.

__ Quando ganhar de novo não vou pedir pra me carregar!

__ E vai pedir o quê? __ tentava adivinhar, dentro dos olhos dela deveria haver uma resposta.

__ Um beijo! __ ela respondeu de um só fôlego, sem saber de onde havia tirado coragem pra tanto, o desejo havia superado o medo da rejeição.

__ Não espere tanto... __ ele mal podia acreditar no que estava ouvindo, nem pensou em pedir para que ela repetisse, temia ser uma ilusão pelo desejo que sentia naquele momento.

Celso olhou-a indeciso, estaria falando a sério? Aproximou-se mais, ela também estava ofegante, abaixou-se roçando seus lábios nos dela, sentia-se em outro mundo, ela recebeu docemente seus lábios, sentiu que ela tremia em seus braços, assustaram-se com um latido.

__ Vou matar Pepe! __ Sofia exclamou ao abraçá-lo.

Deixe que eu mesmo faço isso! __ ele falou profundamente forçando-se a voltar para a realidade, e se afastou dela __ Boa noite, durma bem! Esse seu vestido é lindo!

__ Obrigada!

Celso ficou parado olhando o carro sumir, se não fosse Pepe não sabia onde, quando ou se teria parado, Sofia havia praticamente pedido que a beijasse, será que ela estava pensando em usá-lo como remédio? Não podia se sujeitar a isso era humilhante demais ser usado dessa forma, mas sabia que se ela quisesse ele aceitaria, não teria forças para recusa-la, teria que se afastar dela ou acabaria se sujeitando a essa situação degradante.

Sofia não conseguia parar de tremer e a felicidade fazia uma enorme festa em seu coração, ele ia beijá-la e se não fosse Pepe e não estava nem se incomodando por ele não querer nada sério com ninguém, não importava que não a amasse desde que ele ficasse ao lado dela, queria ser dele, queria se entregar a ele de corpo e alma, quando chegou em casa a mãe estava na varanda, sentada na espreguiçadeira enquanto tomando chá, chamou-a.

__ Mãe, pode me ajudar aqui? __ enquanto falava colocava as caixas sobre o capô do carro.

__ Quantas caixas! __ Rafaela levantou-se admirada e curiosa __ O que tem nelas?

São bonecas, ganhei! __ respondeu não cabendo em si de

Nelson exagerou! Perdeu uma e

__ Foi Celso quem me deu!

Celso? __ surpreendeu-se __ O que deu nele pra comprar tantas

que viu que fiquei chateada com Pepe! __ Enquanto respondia ia levando algumas caixas __ Foi até a cidade resolver umas coisas, viu as bonecas e se lembrou de

Filha, quem sabe agora comecem a namorar como deveriam ter começado há alguns anos? Um homem não se lembra de uma mulher pelo simples fato de ver algo e associar a algo que causou tristeza a ela, a não ser que esteja apaixonado, aí sim, vê a mulher amada em tudo! __

mãe, não comece! __ ela estava feliz demais para deixar que a mãe a iludisse, andou

filha, eu tenho certeza do que estou falando! __ acompanhou os passos rápidos da