Colton ficou parado ao lado da cama. Apesar do silêncio, pôde perceber que sua suposição estava próxima da verdade, julgando pela expressão de seu avô.
Deu dois passos à frente e olhou para a foto. Ele ainda era criança quando Ella faleceu, mas conseguia se lembrar que era uma mulher bondosa. Após sua morte, a saúde de Benedict declinou e foi até diagnosticado com câncer no cérebro.
O senhor fechou os olhos, e as lágrimas nos cantos de seus olhos escorreram lentamente pelas suas bochechas. Então, depois de um longo momento de silêncio, finalmente disse: “Sim, você está certo.”
Sua voz era profunda e solene ao dizer isso, com um aparente tom de submissão.
“Eu li a carta. Uma criança na rua a entregou e disse que alguém o pagou para entregá-la em nossa casa. Ainda não sei quem foi a pessoa que escreveu”, explicou Colton cuidadosamente.
Como o neto havia descoberto tudo, Benedict decidiu ser honesto. Ele se levantou, levemente inclinado, caminhou até a gaveta, destrancou-a com uma chave e retirou a foto de dentro.
Enquanto Colton olhava a foto, seus olhos se encheram de espanto. Havia um homem e uma mulher na foto. Já tinha visto o homem antes. Era William, mas a mulher ao lado dele não era Lydia. Ela devia ser a mãe de Nicole.
“Essa mulher é a Madeline?”
Benedict assentiu firmemente, seus olhos cheios de amargura. “Naquela época! Pouco tempo após a morte de Ella, acolhi essa mulher e a tratei como minha própria filha. Ela é um demônio! Eu chamei a pessoa que matou sua avó de minha filha!”
Ele queria se dar um tapa. Como pôde ser tão tolo?
Naturalmente, Colton percebeu o desespero de Benedict e o confortou rapidamente: “Vovô, pode haver algum mal-entendido. Você passou tanto tempo com a Madeline e até a elogiou quando voltou. Uma pessoa assim não seria capaz de atropelar alguém e fugir.”
Benedict balançou a cabeça em angústia. Mas, infelizmente, a foto era uma evidência sólida, então não tinha escolha a não ser acreditar!
Quem exatamente se beneficiaria mais com isso?
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