PRESA COM O TRAFICANTE (MORRO) romance Capítulo 16

FLORÊNCIA NARRANDO

Eu fiquei ali deitada naquela cama por um bom tempo, afinal eu não podia nem sair até que eles todos saíssem dali, o que me conforta é que dona Graziela acredita em mim, e a Luísa, porque se eu fosse depender de alguém para um dia me salvar, eu acho que esse alguém não existe, afinal de contas, tudo isso é graças a minha irmã, ela me causou tudo isso, e causou a tristeza da nossa mãe. E só de pensar na minha mãe, as lágrimas molham meu rosto, eu não sei como é que a minha mãezinha está se agindo, como está se virando, eu só tenho a pedi a Deus para que tudo volte a seu devido lugar, eu quero voltar pra minha casa, eu quero ir ficar com minha mãe, eu quero sumir daqui, eu quero ir para bem longe desse homem, e um dia eu irei, eu não sei quando, mais eu irei embora desse presídio. Quando despertei no dia seguinte, eu fiquei na minha cama por alguns segundos até que eu me levantei fui ao banheiro, fiz minhas necessidades, e logo mais eu tirei minha roupa, entrei no box e comecei a tomar um banho gelado, estava tão gostoso que eu não quis outra coisa, era algo tão relaxante, e o tempo lá fora hoje vai ser quente demais, pois essa hora ainda está friozinho mas logo em breve não estará mais assim, as horas se passam rápido demais. Então assim que eu acabei meu banho, me enrolei na toalha, fui até a pia, ao chegar na mesma eu comecei a fazer a minha higiene pessoal, e assim que eu acabei eu sair do banheiro, fui ao closet e coloquei uma roupa folgada, eu sair do closet e fui andando para fora do meu quarto, eu desci para o andar de baixo, então comecei a preparar o café da manhã, e enquanto eu preparava, eu arrumava o andar de baixo, quando eu acabei o café da manhã, eu comi um sanduíche e um copo de suco, e depois deixei tudo organizado para que ele não me visse aqui em baixo. Assim que tudo estava pronto eu voltei para o meu quarto, e no meio do caminho eu acabei esbarrando na dona Graziela.

Graziela: Bom dia, Flor. - ela me cumprimenta ao me ver.

Florência: Bom dia, dona Graziela. - digo com um pequeno sorriso.

Graziela: Eu tinha acabado de me acordar para poder ir fazer o café da manhã, mas você sempre me surpreende ao acordar antes de todos. - ela fala e baixo a cabeça.

Florência: Tem que ser assim, eu sei que a senhora gostaria de me ajudar, mas seu filho acabaria me maltratando no processo. - digo pra ela, e a mesma baixa a cabeça.

Graziela: Eu sinto muito minha linda que ele faça isso com você, eu sei que você conseguiria trazer o meu filho para o lado da luz, eu sei que você tem medo dele, mas ele poderia se apaixonar por você. - ela fala e eu olho pra ela, como se ela estivesse louca, porque isso é impossível acontecer, esse homem só me bate, me cobra algo que eu não fiz, quer usar meu corpo, como se eu fosse uma qualquer, a comparação que ele me faz todos os dias sobre eu ser a Flora.

Florência: Eu acredito que isso é impossível, seu filho não ama nem a ele mesmo, quem dirá ele se apaixonar por alguém, eu acredito que essa possibilidade está fora dos meus limites. O homem não acredita que eu sou gêmea com ela, ele diz que eu sou a minha irmã. - digo com lágrimas nos olhos.

Graziela: Eu tenho quase certeza que no fundo ele sabe que você e ela não são as mesma pessoas, eu sei que não posso afirmar isso, mas eu te falo isso que tenho quase certeza que ele sabe que você está falando a verdade. - ela me diz aquilo e eu apenas não questiono mais, eu apenas me despeço dela e sigo para meu quarto.

Entrei no meu quarto e fiquei deitada, eu não quero ver ninguém, eu não quero está lá fora, porque sempre sou xingada, sou cobrada, ainda sou humilhada diversas vezes por ele, e eu não quero mais me sujeitar a tamanha humilhação da parte dele, ele sempre é o correto e o certo, e eu sempre sou a mentirosa, a vagabunda que ele sempre diz, e isso é errado, eu não quero isso eu não quero ficar mal com essas coisas, eu estou mal, eu estou triste com tudo isso, respirei fundo e ao ficar embolando na cama de um lado para o outro, a minha porta é aberta bruscamente, e ao ser aberta era ele, ele entrou rapidamente ali e me olhou.

Alemão: Levanta desse caralho, vai trabalhar porra. - ele fala nervoso e eu olho pra ele sem entender.

Florência: Eu já fiz tudo que tinha pra fazer agora, só falta fazer o almoço. - digo sentindo meu corpo tremer.

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