Um Viúvo Irresístivel romance Capítulo 21

Bônus. Renata Colunga, parte 1

— Essa puta vai me pagar caro! — grito com raiva, jogo um copo na parede e o vejo se espatifar.

Eu não queria acreditar no que estava se passando ali bem na minha frente. Aquela vagabunda estava de olho no que é meu?

— Se acalma, Renata, você tem que ficar tranquila — peço a mim mesma.

Ouço os dois aos beijos lá no escritório, o que me faz quase vomitar de nojo. Como meu Alex podia me trair com aquela puta? Daria um jeito nisso, ela não frequentaria a “MINHA” casa. Quem ela pensa que é? Começo a varrer o copo quebrado, preciso me controlar para tirar aquela mulher de cima do “MEU” homem. Então termino de limpar e vou ao meu quarto, tranco a porta e pego um vidrinho de dentro de uma das gavetas. Nele, há uma pequena quantidade de veneno.

— É, meu amigo, parece que vou ter que te usar novamente. — digo acariciando o vidro.

Guardo o frasco bem escondido e vou em direção ao meu banheiro, jogo água no rosto, tentando me acalmar, mas me lembro da forma como Alex olha para aquela mulher.

— Essa mulher só pode ser uma feiticeira! — falo comigo mesma. — Ela quer tirar Alex de mim, mas não vai conseguir. Ele é meu, e logo vamos nos casar, ter filhos e vivermos felizes para sempre!

Fico mais calma e saio do meu quarto com a intenção de mostrar para aquela gorda que eu sou a mulher perfeita para o Alex. Quando chego na sala, ela está brincando com aqueles fedelhos. Ai, como odeio essas crianças! Observo-a se divertindo com aqueles mimados, e tenho a certeza de que preciso me livrar dessa mulherzinha. Vou para a cozinha ajeitar a bagunça de depois do jantar. Odeio fazer serviços domésticos. Não nasci para ser serviçal de ninguém.

Acabo meu serviço, vou até a sala, vejo a Tv ligada e Alex dormindo no sofá, mas cadê as crianças? Não demora muito e vejo Jackeline descendo as escadas. Imagino que ela colocou os pestinhas na cama. “Como ela é boazinha!” Ela acorda Alex, conversam um pouco e graças a Deus parece que ela vai embora. Eles não me veem, estou escondida, mas tenho uma ótima visão do que acontece na sala e observo os movimentos deles. A horrorosa já estava na porta para ir embora e o Alex a impede. O que está acontecendo? Eles conversam mais um pouco e sobem as escadas. Será que vão para o quarto transar? Não acredito. Volto para meu quarto furiosa e ficou amaldiçoado tudo que está acontecendo.

Já era tarde, ouço passos no andar de cima e corro para ver se a vadia já estava indo embora, mas ninguém chegou até a porta de saída da casa. Espero um pouco e vou fazer minha ronda habitual pela casa, eu adoro ver o meu Alex dormindo e outras coisinhas mais. Subo as escadas, passo pelo quarto dos capetinhas e eles não estão lá, acho estranho. A porta do quarto do Alex está entreaberta e o vejo dormindo com a pulguenta aos seus pés. Ele está sozinho? Cadê a vagabunda? Vejo a iluminação da TV no quarto de hóspedes, vou até lá. Olho e vejo os gêmeos dormindo na mesma cama da piranha da Jackeline. Ela faz cafuné nos dois. Meu sangue sobe, fico cega, entro no quarto com tudo, toco em Valentina tentando acordá-la.

— Caio... Valentina... acordem...vamos para o quarto de vocês... — Eu os chamo. Ao acordarem, os fedelhos logo fecham a cara para mim.

— Eu quero ficar com a Jack. — Valentina diz fazendo birra.

— Vem te levo, meu amor! — falo em tom doce, pegando a menina no colo que começa a espernear e tenho a vontade de dar uns tapas nela, pela sua malcriação. Nesse momento, o endiabrado do Caio desperta, mesmo sonolento grita:

— Deixe minha irmã, ela quer ficar com a Jack, não com você. E eu também!

— Vocês vão para a cama agora! — finjo doçura, mas estava puta. E vejo a puta da gorda da Jackeline vim vir em minha direção e pegar a malcriada dos meus braços.

— Não. Só vamos se Jack nos levar. — ele grita me olhando bravo.

— Calma, Caio. Eu levo vocês, meu anjo. — Jackeline se mete na situação.

— Pode deixar, eu os levo, senhorita Jackeline — digo para a gorducha à minha frente.

— Como eu já disse, Renata, eu os levo para cama e aviso ao Alex que as crianças já estão no quarto deles. — Ela me avisa, como se fosse a dona dessa casa.

Que intimidade é essa? Ela chamou o senhor Mendonça, pelo nome? Fico irritada com a situação, mas respondo:

— O senhor Alex está dormindo — aviso deixando claro.

— Sem nenhum problema, como eu disse eu vou colocar as crianças no quarto delas — Jack retruca. Eu a observo, chamando o bocó do Caio, que a obedece na hora, e vão para o quarto. Eu a sigo durante todo o percurso e fico na porta inspecionando tudo o que ela faz. No quarto, ela coloca a mimada na cama e Caio vai para a dele e, não contente com todo o teatrinho que fez, ele ainda pede para ela ler uma historinha. Aff... Quando ela acaba de fazer seu papel de boazinha, passa por mim e diz:

— Algum problema? — ela pergunta e a olho dando-lhe um olhar que se eu pudesse matá-la ela estaria morta e isso seria muito em breve mesmo.

— Nenhum. Senhorita — respondo com deboche.

— Que bom! Acho que já está na hora de você ir para seus aposentos. Agora você daria licença, gostaria de falar com o Alex? — A puta fala e a vontade de acabar com ela estava aumentando cada vez mais.

— Claro, senhorita — respondo e saio do quarto logo, tentando manter a calma que eu não tinha.

Desço as escadas, mas minha vontade era de dar uns tapas naquela folgada. Vou resmungando e falando comigo mesma enquanto caminho para meu quarto... Quem ela pensa que é para falar assim comigo? Que raiva! Que ódio! Eu não fiz tanto sacrifício para essa aí ficar com o Alex. Ao chegar ao meu quarto, deito em minha cama e começo a lembrar de toda a minha trajetória na casa dos Mendonça...

Fui contratada para trabalhar como empregada. Quando conheci o Alex, foi amor à primeira vista. Ele tinha que ser meu! Mas eu tinha a idiota e ingênua Sarah no meu caminho...

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Um Viúvo Irresístivel