VOCE É MINHA SEMPRE FOI... romance Capítulo 5

"A morte consegue nos roubar a presença dos que amamos, mas das lembranças que ficam nem ela pode nos separar. Viver intensamente cada momento é a melhor coisa que existe, mesmo que esse momento seja difícil e repleto de dor. 

É o caso da morte, a experiência mais poderosa da vida."

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Janaína pedia a santa da morte para que Louis chegasse antes que fosse tarde demais. 

Mesmo que não me enxergasse era como se tivesse esse poder, pois firmou seus olhos lacrimejantes na minha direção e curiosamente senti a dor dela, o sofrimento e o grande medo de que tudo desse errado, mas a sua fé é tão forte que a cada oração feita a mim me convencia ainda mais de conceder esse pedido, porém, poderia eu a portadora do fim, iniciar qualquer ciclo ou proteger essa criança de mim mesma?

Sinceramente não sei, visto que nunca fiz nada desse tipo, mas vou tentar! Preciso dar esse conforto a essa alma desesperada. 

Nesses dias que fiquei perto da Janaína gradualmente fui me compadecendo da sua dor, e sei que já tenho afeto pela criança, mas evito pensar nisso, pois sou o fim e sei que não é bom ter esse  tipo de sentimento para com ele.

O tempo passou e depois de duas horas agoniantes entre contrações, dores latejantes em sua cabeça e orações fortes finalmente a porta foi aberta. 

Estava fazendo o meu melhor para que as coisas não saíssem do meu domínio, pois aceitei seu pedido e obviamente que ela não pode partir antes da hora. Não tenho a menor ideia do que estou fazendo, porém, parei meu tempo para que pudesse dar-lhe esse ultimo desejo.

— Obrigada — murmurou o agradecimento e acabei pegando apresso por essa alma repleta de fé — Obrigada minha santa.

Sem ter a mínima ideia do que estava acontecendo, Louis caminhou até ela pronto para passa um noite inteira com sua amada após meses sem dormi agarrado a ela, com animação se aproximou.

— Desculpa a demora! Estava no escritório trabalhando e resolvendo umas pendências — informou se juntando a ela na imensa cama de casal que mal cabia no pequeno quarto, assim que a puxou para seus braços, sentiu seu corpo úmido e sua pele gélido. Rapidamente  acendeu a luz e se deparou com ela suada e toda encolhida — Janaína!

— Nosso filho Louis, salva nosso menino! — pediu segurando firme sua mão — Independente do final desse noite me prometa que vai cuidar do nosso Jav! — exigiu enquanto era suspensa em braços dele — Prometa! 

— Calma, vamos para o hospital, tudo ficara bem meu amor, minha demora teve um ótimo proposito, está decidido! Vamos embora para o México! — informou passando pela porta indo sentindo a um dos carros em sua garagem.

— Mas, Louis! — tentou objetar 

— Para com isso! — pediu a ela, assim que repouso seu corpo no banco do passageiro — não me deixa nervoso, Janaína! 

Para não provocar nenhum estresse, resolveu se calar e durante o pequeno percurso até o hospital outra contração a atingiu e ele decidiu parar o carro de modo a esperar que ela conseguisse respirar com mais tranquilidade. Voltou a dirigir assim que deu permissão e ambos estavam mentalmente fazendo suas preces; ele para que o parto corresse tudo bem, pois os três seguiram para o México assim que ela é o bebê fossem liberados. Janaína desejava que o filho saísse vivo de toda essa situação e, no fundo, até eu estava temendo o pior.

Assim que chegaram no hospital Janaína foi levada as pressas para a sala de parto, ele não pode entrar com ela, mas fiz questão de está junto, não por ser meu dever, mas por desejar está presente.

O doutor de plantão ficou chocado como a temperatura do corpo da Janaína estava bem fria, exigiu alguns exames rápidos enquanto preparava tudo para fazer o parto de mais um bebê acreditando ser mais uma noite agitada do plantão. 

— Salva meu filho! — exigiu segurando forme o braço do Dr. — Por favor tire meu filho agora mesmo! — como se a exigência fosse uma ordem prontamente focou em trazer o pequeno Jav ao mundo e tomada pela emoção me vi fazendo coisas que nunca fiz em toda minha existência. 

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