OS FILHOS DO SHEIK (completo) romance Capítulo 16

Emhre

- Tio Matt, preciso de você? – ele é o único que pode me ajudar nesse momento.

- Oi meu querido sobrinho sapeca, que saudades de você, foi preso em qual lugar do mundo e quer que eu o tire?

- Tio Matt, não estou preso e eu não sou mais criança né, não precisa falar assim comigo.

- Você e seus irmãos sempre serão os meus bebês – ele estava com voz de choro – Mas o que aconteceu para você me ligar? Aprontou alguma merda, não foi?

- Como você sabe tio?

- Desde criança quando escutava sua voz ao telefone, já sabia que tinha aprontado alguma coisa na escola e queria esconder dos seus pais – ele suspira – Então meu sobrinho qual foi a treta da vez?

Então contei meu plano para ele, ele me achou um louco como sempre todos me acham, mas na realidade eu não sou o maluco que só faz merda que todos pensam, eu também faço coisas boas, só que não gosto que ninguém saiba. Prefiro ser o irmão mau, e deixar a fama de bom moço para Esam. Peço algo para que a moça possa comer, na realidade não me lembro nem o nome dela. E pelo que vejo nem roupa ela tem, preciso providenciar isso também. Não sei se sinto ódio ou pena. As duas sensações estão brigando dentro de mim para ver qual se sobressai. E ao olhar para cama fico mais desanimado com o que vejo, o resultado da maior burrada da minha vida, a pureza da moça que eu nem conheço, que eu roubei sem nem mesmo conhecê-la, o lençol parece que me olha então eu o retiro da cama, o enrolo e o levo junto comigo. Escrevo um bilhete e deixo sobre a cama para que quando ela saia do banho veja que não a abandonei.

Volto para o meu quarto, a suíte presidencial na qual eu tinha feito planos com Nathalia, e como o destino foi traiçoeiro comigo, pensei que iria pedir uma mulher em namoro e talvez até mesmo um casamento, mas acabei noivo e praticamente casado com uma maluca que eu nunca vi na vida e ainda por cima, noiva do meu irmão. Dessa vez eu fui longe demais, e vou ter que arcar com as conseqüências.

Dahra

Quando meu pai e Radja saem do quarto, e vejo que estou só, com o irmão de Esam e que meu futuro depende somente dele, o desespero me bate. Ele vai para o banho e me deixa sozinha, penso na besteira que eu fiz, e em como meu plano deu errado e como o destino está sendo cruel. A minha intenção sempre foi fazer o bem para as pessoas Cadul, o meu plano não foi para arrumar marido como muitas das garotas da minha idade querem e planejam, mas sim ajudá-las a pelo menos ter um pouco de dignidade em nosso Estado. Ouço o barulho da água por um longo tempo, ele não deve estar acreditando assim como eu em tudo que esta acontecendo com nos dois, como eu me deitei com o irmão do meu noivo?

A água é desligada e um tempo depois ele sai, diz que tem uma proposta para mim, mas eu preciso fazê-lo entender que agora preciso dele, que nos mulheres e também os homens de Cadul precisam dele, de um novo governante, de um futuro melhor. A esperança me faz olhar para ele e dizer tudo o que passamos, e que eu precisava de Esam para governar Cadul e tirar o povo da miséria e da maldade em que vivemos. Ele me ouve, agora que ele tirou minha pureza, ele será obrigado a se casar comigo. Eu espero que ele também tenha o dom como o irmão de governar o Estado quando a doença de papai avançar. Ele me pede para que eu tome um banho, e eu vou realmente estou precisando lavar a alma.

Como as mãos dele são macias, reviver a noite estranha e a também a mais maravilhosa que já tive em toda minha vida me faz sorrir, a água caindo em cada centímetro do meu corpo, me faz pensar como fazer sexo com Emhre foi bom. E o que foi aquela sensação que senti quando ele colocou a boca lá, ´´ah por Alá`` eu vi estrelas e muitas estrelas. Cada movimento que ele fazia eu me contorcia, gemia e queria mais. Se mamãe me visse diria que eu era uma perdida. E se as perdidas sentem essas sensações eu gostaria muito de me perder mais uma vez.

Então passei minhas mãos em meu seio, e queria que fosse ás dele, sentir o bico do meu seio duro e apertá-lo como foi apertado, isso me fez gemer. Eu não posso me apaixonar pelo homem que me mostrou o prazer, mas tudo que ele me fez ontem, e sua língua passando por meu sexo, foi surreal, os dedos brincando, tímidos e delicados, o meu corpo retorcendo a cada pincelada que ele dava, minhas mãos foram para o local explorado por ele, e eu nunca havia me tocado desse jeito, cada circulo feito ali, me trazia mais vontade de tocar e aumentei o ritmo, pensando na língua de Emhre e então eu explodi no mesmo prazer que ele tinha me proporcionado, nunca havia me tocado daquela forma e então eu descobri, o que é me dar prazer.

Ao sair do banheiro com um roupão do hotel, eu não o vi, ele não estava mais ali, o desespero e o medo, gelaram minha espinha, se esse homem me deixar aqui nesse hotel eu ficarei sozinha no mundo, nem mesmo Algul irá me querer, pois estou manchada, não tenho mais minha pureza, e terei que me casar com qualquer homem de Cadul que pague mais por mim, e terei que me sujeitar a qualquer humilhação para ter um marido ou fugir e viver longe de lá, e deixar Radja e mamãe até mesmo Abigail para trás, meu plano foi ridículo, e deu tudo errado. Emhre foi embora, mas há um pedaço de papel esta sobre a cama, eu o abro e nele diz:

A noiva do meu irmão, que agora é a minha.

Eu não a abandonei, precisei resolver umas coisas.

Descanse.

Emhre

Não existia ali uma resposta para minhas perguntas, não existia ali um pingo de esperança e nada. Descansar foi somente o que ele havia deixado. Outra coisa que ele deixou sobre a mesa foi comida, não sei a que horas tinha chego aquilo tudo, mas tinha comida para umas cinco pessoas ali entre frutas, pães, queijos, sucos e até mesmo croissant ao qual já tinha visto em fotos, mas nunca colocado na boca, outra pessoa normal talvez não teria nem se dado conta da comida ali, mas eu sou a que come muito quando está nervosa, então peguei um croissant e um suco de laranja e fui comer na varanda e pensar como eu estava ferrada.

Pouco tempo depois, a campainha tocou e corri abrir pensando ser o meu agora noivo Emhre, mas era uma moça morena, com roupas coloridas, e um tênis engraçado segurando algumas sacolas. No primeiro momento eu achei que ela havia errado de quarto, mas ela entrou no meu quarto sem ser convidada e foi colocando aquelas sacolas em cima da cama.

- Foi feito um pedido em nossa loja, e pediram que entregassem em seu quarto, e esse pedido me ajudou a fechar minha meta ou eu seria demitida hoje pela dona da loja, eu tenho a agradecer a você e ao rapaz.

- Mas eu não pedi nada.

- Mas alguém pediu que entregássemos as melhores roupas da loja para você – ele tapou a boca como se cochichasse – E estão todas pagas, o cara deve realmente gostar de você, por comprar tanta coisa assim, ainda mais hoje em dia que as pessoas não querem mais comprar as coisas nas viagens traz tudo de casa e nos vendedoras acabamos que não vendemos nada e não batemos nossa meta e os donos das lojas nos mandam embora porque pensa que a nos não queremos vender e...

- Tem certeza que são para mim? – ela realmente fala bastante.

- Sim, as melhores peças da loja para você, foi o pedido que o moço fez – ela tinha um sotaque diferente – Ele deve gostar muito de você, agora eu tenho que ir tentar convencer ao dono da loja que eu posso realmente bater minhas metas e que preciso do trabalho, tchau querida.

- Obrigada – então ela me mandou um beijo e saiu pela por sorrindo.

Interessante ver como as pessoas daqui, principalmente as mulheres são felizes e podem se expressar, como gostaria que em Cadul as coisas fossem como diferentes, entendo nossa cultura, são tradições, mas eu queria ver o sorriso nos rostos das mulheres ao invés do medo. Fui ver as roupas que a moça tinha trazido e diferente das dela, tinhas roupas discretas e muito elegantes, roupas que eu nunca tive.

Mas uma vez ouço a batida na porta, deve ser a moça que esqueceu alguma coisa aqui, então quando abro vejo ele, Emhre, eu sorrio. Como ele é perfeito usando óculos de sol com a barba bem feita e me lembro como é macia, uma camiseta com listras e um blazer preto e um jeans rasgado e um tênis branco. Como ele está lindo, o homem a minha frente é perfeito.

- Posso entrar? – ele fala me tirando do meu transe.

- Sim, me desculpe eu... – então ele entrou e eu fiquei parada como boba na porta.

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