Namoro de Aluguel romance Capítulo 51

Brian anunciou na recepção do hotel a sua chegada a Carolyne e ficou a aguardando sem perceber os olhares das moças que estavam ali ao seu redor. Olhou em seu relógio e notou que cumprira com a exigência da garota, eram duas da tarde, ele já comera algo para não ficar com fome, mas ainda assim a levaria para almoçar.

Brian ficara encantado com sua beleza desde a noite passada, mas percebera de imediato que Carolyne era o tipo de mulher acostumada com os homens caindo aos seus pés e por isso decidira instantaneamente fingir que não notara seu interesse.

Assim que que chegou a festa e foi apresentado a ela pela sua irmã, ele viu seu bom gosto e estilo, aprovara a escolha do seu colar, mas preferiu guardar para si todos os elogios possíveis. Porém, foram seus olhos, aquelas duas pedras de diamantes azuis que o atraíram quase que como um imã atraindo o metal para si.

A atração ao seu rosto e seu sorriso o golpearam como a muito tempo não acontecia, mas por cautela e por saber que passaria a noite ocupado com a festa apenas a observou, sempre se fazendo presente nos momentos certos ao seu redor, não permitindo que nenhum homem se aproximasse dela.

Porque sem sombra de dúvidas ela o queria, mas não como ele estava disposto e interessado a querer, então ele sabia que teria que usar de estratégias bem diferentes para descobrir mais e ele decidira que começaria pelo almoço e o dia que planejara para eles.

- Oi. - Disse ela chegando de surpresa por trás dele.

- Carolyne, boa tarde! - Disse a admirando. - Está muito bonita.

- Sério? - Indagou a garota em um vestido branco solto e leve que ia até a metade das pernas e em um salto vermelho nada discreto.

- Você e sua irmã tem uma genética abençoada. - Disse o rapaz se contendo.

- Isso é verdade. - Respondeu sorridente. - E então? Onde vamos almoçar? - Indagou cruzando seu braço no dele.

- Bom, eu não sei você, mas posso levar para comer uma salada.

- Brian querido, acho que precisa saber algo sobre mim logo de cara. - Disse chamando atenção do rapaz. - Se tem algo que não como, é comida leve.

- Oh! - Falou o rapaz feliz com a resposta da garota. - Sendo assim... Que tal um grande e tradicional almoço nova-iorquino?

- Agora estamos nos entendendo. - Respondeu colocando seus óculos escuros.

Lana foi deixada no quarto de hospedes pela Rebeca que voltou em seguida com uma blusa e uma calça moletom do seu chefe nos braços. Ordenou que ela tomasse um banho e descesse até o jardim lateral que o almoço seria servido em breve.

Quando se viu sozinha passou a mão no rosto cansada, tentou racionalizar suas emoções, porém julgou impossível. Caminhou até o banheiro decidida a tomar um banho rápido, por isso optou não por ligar a banheira. Se olhou no espelho e notou sua blusa transparente, percebeu naquele momento que estava praticamente nua na frente do seu chefe.

Nem em um milhão de anos Lana imaginaria que isso aconteceria em sua vida. Tirou sua roupa grudada ao corpo, ligou o chuveiro e agradeceu mentalmente ao Jason por ter um chuveiro tão potente e quente quanto o dela. Se deixou sentir a água escorrer pelos seus músculos tensos agora sendo relaxados pelo vapor invadindo todo o ambiente.

Ela se deixou voltar a tudo que ele dissera, o quanto confiara nela e abrira seu coração praticamente rasgando sua alma, se jogando em um abismo como se tivesse certeza que ela estaria ali para não o deixar cair.

Seu corpo esquentou debaixo do chuveiro quando involuntariamente levou seus dedos aos lábios e sentiu pela lembrança mais uma vez seu gosto na boca. Na cabeça de Lana Jason era como um conhaque velho irlandês, amargo e quente, intenso e forte, amadeirado e cítrico com um leve doce do alcaçuz. Teve medo do desejo, pois sabia que como o conhaque uma vez bebido, você sempre iria querer quando precisasse se aquecer.

Enquanto isso Jason entrava em seu quarto desorientado com tudo que havia acontecido minutos atrás. Olhou par sua cama outrora desorganizada pelas mãos dela. As mesmas mãos que estavam sob sua pele momentos antes.

Jason passou a mão nos cabelos suspirando alto e julgou está enlouquecendo por não conseguir racionalizar o que suas emoções estavam fazendo com ele. Foi ao banheiro decidido a tomar um banho rápido, se olhando no espelho apoiou-se na bancada tentando entender como abrira seu coração desse jeito para ela.

Como se estivesse em um precipício, mas não conseguisse cair porque ela estaria ali para puxá-lo de volta para realidade. Jason ligou o chuveiro tirando a roupa e agradeceu quando seus músculos sentiram a água quente escorrer por eles.

Estranhamente se sentiu livre e com o peito menos pesado por ter contado o que acontecera no passado, julgou ter agido certo e apesar de não está totalmente livre e curado sentiu que sua mente e alma estavam começando a se reencontrar e se alinhar. Desconfiou que isso era graças a garota que estava no quarto ao lado tomando banho e involuntariamente viu seu corpo reagir com a cena se formando em sua mente de sua assistente nua debaixo do chuveiro.

Aliás, ela estava praticamente nua com aquelas roupas e ainda por cima molhada, riu sozinho agora lembrando da sensação gostosa de abraçar seu corpo assim que em um impulso ela o abraçou e depois o beijou.

Ele sabia que nem ela tinha consciência da necessidade e do desejo que despertava nele só em está perto e ainda por cima daquele jeito e mais uma vez se amaldiçoou por nunca a ter notado antes ou então, seria ironia do destino colocar ambos naquela situação que em um milhão de anos em outra circunstância aconteceria.

Ele queria mais, seu corpo estava certo disso, como também sabia que ela o desejava, só não queria ceder talvez é obvio por questões profissionais, a não ser quando ambos eram provocados, então ele julgou que precisava provocar ainda mais pois ele a queria e faria qualquer coisa a seu alcance para ter aquela mulher em seus braços, mas em seguida julgou se aquilo era por puro egoísmo ou se era algo mais que sua mente não conseguia distinguir. Estava tão confuso que nem conseguia raciocinar direito.

Terminou seu banho enxugando rapidamente seu corpo, se olhando mais uma vez no espelho passou a mão em sua barba, tocou em seus lábios lembrando do gosto dela. Ele iria descobrir, ele iria insistir, precisava arriscar e para isso a teria ao máximo perto dele. Com uma motivação diferente agora Jason teria até o casamento da sua irmã não só para ter sua assistente em sua cama como para descobrir o que sentia de fato por ela.

Vestiu uma bermuda e uma regata simples e desceu indo para o lugar onde sempre almoçava aos domingos quando estava em casa. Percebeu que Rebeca caprichara ainda mais e agradeceu mentalmente a ela por isso.

Lana já estava quase finalizando seu banho quando voltou novamente para o beijo e decidiu que aquilo deveria parar. Então, depois do almoço iria embora e continuaria com suas condições preestabelecidas por ela, nada de beijos, troca de contato íntimo ou qualquer outra coisa que acabasse levando eles dois para onde ela sabia que iriam, para cama.

Ela sabia que se aquilo acontecesse seria mais uma na lista do seu chefe e o pior não conseguira jamais continuar trabalhando com ele se permitisse que o sexo entrasse em seu relacionamento com ele.

Desligou o chuveiro se enxugando rapidamente e vestindo as roupas dele que traziam consigo seu cheiro e aquilo confundiu sua mente inebriando seus sentidos. Ordenou para si mesma que parasse de pensar como uma louca que há muito tempo não era tocada por alguém. Saiu do quarto descendo as escadas às pressas.

- Ah! Aí está você. Nada como um banho gostoso para renovar nossa energia não é mesmo? - Indagou a empregada com uma travessa de salada nas mãos.

- Muito obrigada Rebeca, realmente estava precisando.

- Agora venha. Vamos almoçar que tenho certeza que está faminta. - Falou caminhando com a garota logo atrás.

- Precisa de ajuda com algo? - Perguntou solidária. - Não quero que se incomode comigo em pleno domingo Rebeca.

- Oh! Não se preocupe menina, pelo contrário, eu adoro cozinhar. - Disse empolgada. - Espero que não esteja de dieta como a outra menina que vivia aqui de vez em quando.

- Quem? - Indagou de repente curiosa.

- Ah! Desculpa, não devia ter falado.

- Oh! Rebeca não se importe, sabe muito bem que eu e o Jason não somos namorados de verdade. - Falou tentando manter tranquilidade.

- A senhorita Elisabetta - Disse cochichando. - Nunca comia nada, queria tudo light onde já se viu.

- Então sinto em dizer que eu estou mais para aquelas meninas magra que comem de tudo. E tem razão, estou faminta. - Disse vendo seu chefe ao longe conversando tranquilo com seu motorista.

- Aqui está. - Disse Rebeca colocando a travessa de salada a mesa.

- Finalmente Rebeca, estou morto de fome. - Disse Jason observando Lana com suas roupas o deixando excitado automaticamente. - Em definitivo, faminto.

- Vamos receber mais alguém para almoçar? - Indagou Lana desviando o olhar faminto do seu chefe para a mesa posta para quatro.

- Sempre almoço com Rebeca e Henry quando estou em casa Lana, se não se importa. - Respondeu Jason enchendo seu copo com suco de laranja.

- Oh! Não, de forma alguma. - Respondeu constrangida. - Desculpa Rebeca, Henry.... Não quis ofender.

- Deixe disso menina, não teria como saber que nosso menino é assim tão família com os empregados não é mesmo?! - Falou sentando. - Venha, sente ao lado dele. Fiz uma deliciosa massa, também temos arroz branco, lombo e porco com molho de framboesa, espero que goste.

- Tenho certeza que vou adorar. - Falou sentando sorrindo para Henry que a cumprimentou acenando com a cabeça.

- A comida de Rebeca é surreal Lana, você vai viciar. - Disse Jason sendo servido pela sua empregada.

- Não é à toa que esse menino me trouxe para á assim que comprou essa casa. - Falou rindo. - A patroa na época quase não deixa, lembra menino Jason?

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