Grávida de um mafioso romance Capítulo 139

Passei pelas grandes portas de madeira antiga, mas elas eram tão bem cuidadas que pareciam novas. O salão era enorme e pouco iluminado, lustres no teto deixavam propositadamente o lugar mais romântico e requintado.

Olho ao redor me sentindo perdida e uma mulher de roupa preta e elegante se aproxima com uma lista na mão, com certeza ela deveria trabalhar aqui.

- Boa noite, posso ajudá-la? - a mulher diz com um sorriso simpático e pergunto se tinha alguma reserva no nome de Marco ou no meu nome.

A mulher olha a lista e assente com a cabeça me pedindo para segui-la.

Atravesso o grande salão com a mulher na minha frente, passando por várias mesas quadradas vestidas por uma toalha branca e vasos amarelados com rosas vermelhas enfeitando o centro dos móveis.

O salão não parecia conter tantas pessoas, o que me deixou acreditando que se tratava de um restaurante muito caro e por conter uma lista, acho que não seria tão fácil fazer uma reserva aqui.

A mulher para e se vira para mim, direcionando com uma das mãos onde ficava a minha mesa. Olho para a mesa quase no centro do salão, poderia ser considerada a melhor mesa do restaurante. Um homem estava sentado de costas para mim, ele vestia um terno preto e tinha os cabelos bem penteados para trás, pelos cantos do rosto podia se ver a barba rala.

Marco.

A cada passo que eu dava na sua direção, mais as lembranças de minutos atrás desapareciam junto com os problemas e minha mente as substituíram por lembranças felizes que tive com Marco ao meu lado. A cada passo parecia que eu estava a ponto de encontrar com o meu passado interrompido, a cada passo parecia que ganhava uma chance de terminar ou continuar com aquela história.

A cada passo eu sentia que o meu futuro poderia mudar.

Minhas mãos suam e os pés nos saltos altos doem, me arrependo de ter decidido usar saltos porém era uma ocasião que precisava de um certo esforço então um salto nunca pode se faltar, mesmo que meus pés de grávida estejam inchados e doendo nos saltos finos de dez centímetros.

Ensaio na minha cabeça várias possíveis chegadas na mesa do meu ex-namorado, passando a mão no ombro dele, ou colocando as mãos nos olhos dele e pedindo para que ele adivinhasse quem estava atrás, ou até mesmo andando naturalmente e sentando na cadeira do outro lado da mesa.

Como se chega em um jantar com o seu ex-namorado que você não via á anos?

O destino parece ter escolhido por mim a minha chegada. Marco ouvindo meus saltos baterem no piso de madeira, vira o rosto e ao me ver chegando abre um daqueles sorrisos que te fazem se sentir á vontade rapidamente.

Como se estivesse numa festa com um bando de gente desconhecida e quando procurasse por um rosto familiar encontrasse a sua melhor amiga no meio da multidão.

- Pensei que me daria um bolo - ele diz se levantando e me recebendo com braços abertos para me dar um abraço apertado. Por segundos eu fico alinhada nele, sentindo seu cheiro, que alias não havia mudado nem um pouco.

- Nunca ouviu dizer que as pessoas ganham um charme á mais quando se atrasam? - digo pensando no que a megera da Cassandra me disse uma vez quando estava saindo atrasada para um jantar de negócios.

E lembro dela me repreender logo depois dizendo que comigo as coisas eram diferentes e que eu precisava parar de chegar atrasada. Relembro as palavras dela: "você é funcionária, não chefe".

Por mais que eu odiasse a megera por tudo o que ela me fez passar, eu tinha que admitir que aquilo tudo me fortaleceu, me fez ter uma certa disciplina com horários e principalmente no trabalho.

Trabalhar com Cassandra era um inferno porém um bom preparatório para a vida, era tipo a escola só que mil vezes pior.

O Satã era a professora, no meu caso, era a chefe.

- Fico feliz por você ter aceitado o meu convite - Marco diz me soltando e arrastando a cadeira para que eu me sentasse - não sei quando vou ter tempo para jantar com alguém tão importante como você algum dia - depois que me sento ele volta para o seu assento e logo um garçom vem com as sugestões do chef.

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