Um amor de cabaré romance Capítulo 3

Eu subi as escadas sentindo que ela estava muito maior do que o que ela realmente era, mas na verdade era só o meu nervosismo gritando, de forma abafada no meu interior.

Assim que entrei no quarto, aquele homem consumiu todo o meu corpo com o olhar.

Ele mandou eu virar, e eu obedeci, e com toda certeza ele fez isso pra olhar o tamanho da minha bunda.

Ele se aproximou de mim, e encostou o nariz no meu pescoço, e isso me trouxe um frio na barriga que eu nunca senti antes.

A presença dele, o corpo dele tão perto do meu, estava causando uma verdadeira confusão na minha mente, era como se o meu corpo estivesse em completa expectativa pelo toque dele, e isso aconteceu logo em seguida, quando ele percorreu as mãos pelas minhas pernas e tirou o meu vestido, fazendo o meu corpo todo queimar, e a minha respiração ofegante passou pra ele a impressão que eu estava nervosa, e ele me perguntou se eu nunca havia estado na presença de um homem, e ainda me chamou de menina.

O fato dele me enxergar apenas como uma menina, me deixou incomodada, pois eu era uma mulher, e já estive na presença de muito homens tão poderosos quanto ele, mas o tempo que levei pensando no quanto essa pergunta me irritou, foi o suficiente pra ele perguntar se o gato havia comido a minha língua e mandou eu virar novamente, ficando de frente pra ele.

Eu olhei pra baixo, evitando o contato visual, pois eu estava com uma mistura de sentimentos, e eu não queria tornar tudo ainda mais difícil do que já estava, mas ele pegou em meu queixo, e fez com que os nossos olhares se cruzassem, e eu voltei a sentir a mesma intensidade de minutos atrás, quando ele me olhou pela primeira vez.

Ele encostou o corpo dele no meu, e eu senti o quanto ele estava duro, e isso fez com que eu perdesse o equilíbrio, me fazendo quase cair do enorme salto que eu estava usando.

Era notório o quanto aquele homem podia me desestabilizar, mas eu percebi que a arrogância dele me fazia voltar a ter o controle sobre mim mesma, pois se existia algo que eu não me submetia, era a arrogância de um homem.

Ao me ver desequilibrar do salto, ele colocou em questão o meu profissionalismo, e isso foi o suficiente pra eu recuar e não querer mais atendê-lo, ele até perguntou o meu nome, e isso deveria ter sido a primeira coisa a me perguntar, mas não, ele estava dando uma mancada atrás da outra desde o momento que eu cruzei a porta.

Eu estava com raiva, e ao mesmo tempo com vergonha.

Raiva por escutar tanta idiotice em um curto espaço de tempo, e vergonha por perder o equilíbrio com ele.

Eu disse que não estava me sentindo a vontade com ele e disse pra ele escolher uma outra pessoa pra atendê-lo, ele se afastou de mim, eu peguei o meu vestido e dei as costas pra ele, porém ele não aceitou isso muito bem e puxou o meu braço, e me perguntou se eu achava que ele tinha tempo pra perder, e mais uma vez se referiu a mim como "Menina".

Eu estava me segurando pra não dar uma resposta mal criada, mas eu tinha uma reputação a zelar dentro do cabaré, e isso poderia arruinar a minha boa relação com os outros clientes, então eu tentei ser o mais educada possível e disse que era justamente por isso que eu estava me retirando, pra não fazê-lo perder mais tempo, e que ele poderia encontrar uma garota mais qualificada do que eu.

Ele me soltou e eu enfim me retirei, sentindo as minhas pernas bambas, a minha respiração pesada, e o desejo predominante de ir embora e torcer pra nunca mais vê-lo na minha vida.

Eu não sei como consegui descer as escadas, mas consegui chegar na sala e pegar as minhas coisas.

Brenda: O que aconteceu? Porquê você voltou tão rápido? perguntou uma das garotas.

- O cara é arrogante demais pro meu gosto.

Brenda: Estava na cara, mas ele te machucou ou algo do tipo?

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