Um amor de cabaré romance Capítulo 17

Eu sempre tive todo o cuidado do mundo pra tratar cliente de forma profissional, sem envolver sentimentalismos, sem alimentar expectativas, ou pensamentos que me fizessem acreditar que algo poderia haver entre eu e eles, mas ninguém nunca havia feito tanta questão por mim, como o Felipe fez.

Eu sabia que a forma que ele me tratou no início revelou o tipo de cara que eu jamais iria querer pra mim, até porquê beleza não era tudo o que eu proucurava em um homem, ele precisava também ter respeito por mim, e isso o Felipe não teve, acontece que algo nele fez com que eu perdesse o controle de mim mesma, dos meus sentimentos, e influenciou até no meu julgamento sobre o cara perfeito.

Eu sei que perfeição não existe, mas existe um padrão de homem que toda mulher sonha em ter, e eu já conheci vários, mas nenhum chamou tanto a minha atenção, quanto o Felipe l.

O grande problema, era eu colocar na minha cabeça, que ele partencia a outra pessoa, e que pra ele eu era apenas alguém pra satisfazer ele por algumas horas, ou talvez alguém que tirava ele da vida chata e sem graça que ele supostamente levava.

- Eu preciso neutralizar os meus sentimentos ao vê-lo hoje, ou então ele vai achar que o fato de eu estar gostando dele, fará com que eu aceite exatamente tudo o que ele me propuser.

Falei pra mim mesma enquanto ajeitava as minhas coisas pra ir pro Cabaré.

Quando cheguei no cabaré, não havia passado nem cinco minutos, e a Faby já chegou me ajudando que ele estava me aguardando.

Faby: Mila, o Sr. Gutierrez está aqui já faz um tempo, e está te esperando na suíte 17, eu disse que tudo bem, mesmo sem ter certeza se você iria ou não atendê-lo.

- Eu vou atendê-lo Faby.

Faby: Ainda bem, porquê eu já não aguentava mais me desculpar por você.

Eu optei por não usar nenhuma lingerie, eu coloquei apenas um vestido totalmente colado no corpo, com um decote fundo, e as costas totalmente nua, era o tipo de vestido que me deixava extremamente sexy e ao mesmo tempo vulgar.

Fiz uma maquiagem mais inocente, com um batom claro, e coloquei um perfume mais doce.

Os cabelos estavam naturais, com as ondinhas perfeitas.

Coloquei um salto alto, e fui em direção a suíte.

Fiquei repetindo pra mim mesma que ele era só um cliente, e que o sexo de mais cedo não havia significado nada.

Assim que bati na porta, eu ouvi a voz grossa dele mandando eu entrar.

Ele estava lindo, com uma calça jeans, uma camisa de manga longa, totalmente diferente das roupas que ele tinha o costume de usar.

Ele olhou por todo o meu corpo, e eu tentei não deixar isso mexer comigo.

Felipe: Você está linda Nicole.

- Me chame de Mila por favor.

Ele se aproximou de mim, e envolveu a minha cintura.

Felipe: Eu prefiro a Nicole.

- Eu sou Nicole pras pessoas que me conhecem fora daqui, que conhecem a minha essência, que me tratam como alguém e não como um objeto.

Felipe: Então como eu faço pra ser uma dessas pessoas Nicole? como posso enxergar quem é você sem essa máscara que você usa toda vez que está aqui?

- Eu mostrei pra você hoje mais cedo, e você quis pagar por ela também.

Ele soltou a minha cintura, deu as costas pra mim, e parecia que as minhas palavras haviam atingido ele.

Depois ele voltou a olhar pra mim, e os olhos dele estavam sombrios, e o maxilar dele estava rígido.

Felipe: Não pense que o que rolou mais cedo não foi bom pra mim, nem que eu não senti a mesma coisa que você...

- Você não sabe o que eu senti Felipe, não tem como você fazer comparações.

Felipe: Eu disse que você era incrível, e eu realmente acho você incrível, eu nunca havia me sentido daquele jeito com mulher nenhuma, mas você saiu de cima de mim, colocou aquela capa de frieza e começou a falar sobre o acordo, e me jogou um balde de água fria.

O que você queria que eu imaginasse Nicole?

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