A VINGANÇA | romance Capítulo 36

Cah narrando

Guilherme tinha avisado que iria sair cedo e que voltava no fim da tarde, desço com Ana no colo e coloco ela no carrinho que Guilherme tinha comprado para ela. Fazia 4 dias que eu estava aqui, e por segurança estava evitando sair da casa , eu não conhecia ninguém por aqui apenas ele, então não queria sair por aí sozinha.

- Você deve ser a Fabiana - Uma moça morena pergunta - Meu nome é Cindy e eu sou prima do Guilherme - Ela diz -E essa é a Ana , ela é linda - Ela diz com um sorriso no rosto.

- Prazer Cindy - Eu digo para ela

- Não precisa ficar tímida não - Ela diz - Eu vim porque ele falou muito de você e vi que iríamos dar muito bem juntas - Ela fala - Quantos meses ?

- Dois e meio - Eu digo enquanto ela brincava com a Ana. - Você mora aqui a quanto tempo? - Eu pergunto para ela

- Há 18 anos - Ela diz - a minha vida toda - Ela fala rindo

-Você pode me levar para conhecer o Morro?

- Agora mesmo - Ela dá um pulo e começa a gargalhar

- Só vou trocar de roupa - Eu digo para ela

- Eu tomo conta dela - Ela diz e eu assinto

Entro no quarto e procuro alguma roupa leve para sair , Guilherme tinha trazido as minhas coisas e também tinha mandado comprar mais algumas roupas para mim e para Ana , já que eu tinha pego apenas o básico.

Pego uma regata básica branca e um shorts jeans. Me olho no espelho, eu ainda estava me acostumando com os Longos cabelos vermelhos, mas confesso que tinha me deixado até mais bonita, eu sempre fui aquela pessoa do básico do básico, a princesa de tudo e mudar um pouco me fez ver que eu consigo ser mais que isso.

- Uau ruiva - Cindy diz enquanto eu descia as escadas. - Você sabe que você vai ser a fofoca do morro inteiro.

- Como assim? - Digo ajeitando a Ana no carrinho

- Ruiva e gostosa assim - Ela diz - Morando na casa do patrão e com uma criança - Ela fala me olhando - oo povo aqui é muito fofoqueiro.

- Então é melhor eu nem sair - Eu digo

-Ta maluca - Ela fala - Guilherme mesmo disse que você tá muito trancada aqui - Ela fala - Bora para rua ruiva .

Realmente o povo era muito fofoqueiro aqui , andávamos pela rua e todos paravam para comentar algo e isso estava me incomodando um pouco.

- E ai ruiva - Guilherme diz parando a moto do nosso lado - Você está linda. - Ele diz me dando um beijo, nesses últimos dias resolvi dar uma chance para nós, para a minha felicidade, eu precisava tentar para ver se ia dar certo.

- Então voce é a ruiva que o meu parceiro tanto fala - Um cara tatuado chega falando - Prazer Cristian mas pode me chamar de Cr - Ele diz

- Fabiana - Eu digo sorrindo

- E essa é a Ana ? - Ele pergunta e Guilherme assente.

- Podíamos fazer um pagode na sua casa amanhã alemão - Cindy fala e ele arqueia a sombrancelha para ela - Boas vindas da Fabi.

- Tô dentro - O Cr fala

- Oque você acha ruiva ? - Ele pergunta

- Pode ser legal - Eu digo

- Beleza então - Ele fala - Avisa os mais chegados que amanhã tem pagode lá em casa.

Cindy estava pulando de alegria com a notícia , e eu gargalhava alto com a sua reação. Ela era muito maluca, ao contrário de mim, mas parecia que iríamos dar muito bem. Depois da experiência com a Marisa fico com o pé atrás com todo mundo. E uma falta que me faz é a Marina, ela também me ajudou muito, mas sei que qualquer notícias que eu dê para Ela, ela pode levar para o irmão, mas doi tanto ter afastado ela da Ana.

Entramos em uma sorveteria já que a Ana queria mamar e precisava amamentar Ela, sentamos em uma mesa mais para o fundo e pedimos um açaí para cada uma.

-Quantos anos você tem Fabi? - Ela pergunta.

-19 - Eu respondo já que na identidade da Fabiana estava 19 anos, mas na verdade seria 17. É meio desesperador para uma adolescente de 17 anos está escondida em um morro ao lado de um traficante, fugindo de um mafioso com uma filha de dois mêses no braço, com o pai morto e a mãe que talvez não queira nem saber dela, e sem contar em Osvaldo que eu nunca mais tive noticias.

- E você conheceu Guilherme como? - Ela pergunta

- Por aí - Eu digo comendo o meu açaí - Seu primo me ajudou muito.

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