O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 230

“Até pra ser bom precisa de um limite, senão você vira besta.”

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• ENRICO MACERATTA •

Depois que Nico partiu para Sicília junto com os demais, ficamos pela casa da Sandra divagando e jogando conversa fora, para não sair daqui que está muito aconchegante, decidimos almoçar por aqui mesmo.

Por conta do clima está chuvoso e as companhias maravilhosas, optamos por não irmos para a empresa. Gae e Antônia foram ao médico e de lá vão finalizar os últimos retoques da casa deles, porque ainda estou morando com Fabrizio.

Estávamos conversando sobre a futura viagem para os Alpes quando o telefone do Val tocou, disse ser o padre e pediu licença para ter sua privacidade enquanto focavamos na viagem.

— Vou procurar um hotel com três suítes compartilhadas, assim podemos comer juntos em nosso quarto, caso o clima não colabore — propus e ficaram de acordo. — Trento é a mais próximo, vou procurar por lá, mesmo.

Entrei na buscar por hotelaria e junto a mia donna entraremos em contato com uma muito boa e que atende nossas necessidades.

— Desejo muito: uma lareira, nosso vinho e uma cama bem grande. — comuniquei em um sussurro alisando a bochecha da minha L'ssa.

— Quero o mesmo, preciso muito relaxar. — Sandra compartilhou com um sorriso fraco. — Ainda não aceitei a partida do meu filho.

— Como assim? Andrea, vai voltar amiga. — Alessandra foi para junto dela — Está com algum pressentimento ruim?

Meu telefone tocou e mesmo curioso para saber do assunto, mirei a tela e vi ser, Carmelita. Me coloquei de pé e segui para a janela de modo a falar do trabalho sem atrapalhar a conversa das duas.

— Pronto. — atendi, pois quero notícias do novo vinho.

— Boa tarde, gostaria de deixar uma coisa bem clara. — esperei por mais informações, já que não gostei do tom de voz que usou comigo — Sua norinha veio me tratar com muita hostilidade, tem conhecimento do meu profissionalismo e pelo tempo que tenho trabalho para as empresas E'vino Maceratta, deve saber que não aturo abusos.

— Bom tarde! Primeiro coisa, fala baixo Carmelita, não está desabafando com seus colegas de trabalho. Segundo não gosto que liguem para meu número pessoal abordando tal assunto. Esse tipo de situação é o que eu mais repúdio! Se teve qualquer tipo de problema com a mulher do Domenico que resolva com ele.

— Olha só...

— Não terminei! — a cortei antes que me deixasse ainda mais estressado — Saiba que você não é seu pai para fazer uma ligação tão íntima dessa forma comigo. Falarei somente uma vez! Se for me ligar, o assunto será somente dos vinhos e não sobre suas picuinhas com a minha nora.

Olhei para trás e fiquei aliviado da Alessandra não ter ouvido minha conversa alterada. — respirei fundo me sentindo incomodado com essa ligação.

— Para com isso de norinha, para você ela se chama Sra Alessa.  Não sei em que momento você achou que eu poderia chamá-la dessa forma — deixei claro a minha desaprovação com relação a essas atitudes, e agora vou procurar saber o que realmente está acontecendo, pois não gosto desse tipo de coisa ligada a minha empresa — já que se deu ao trabalho de me ligar para fazer fofocas, me conte o que realmente aconteceu e verei o que posso fazer.

—  Ela não foi com a minha cara. — a informação vaga me deixou sem ter o que dizer, tampouco o que fazer.

— E o que eu tenho a ver com isso? Não sei em que posso te ajudar. — esclareci.

— Desejo que peça ao Fabrizio para que ligue para seu filho! Alguém tem que explicar que o meu trabalho se resume somente ao vinho e levar a mulherzinha petulante dele para o trabalho não tem um pingo de profissionalismo.

— Carmelita, é a última vez que vou dizer isso! Alessa não é norinha ou mulherzinha! — falei alterado e me afastei um pouco mais — Serei bem  sincero contigo, conheço meu filho e o mesmo não entrou em contato para fazer nenhum tipo de fofoca, mas se tem algo lhe incomodando verei a melhor forma de questiona-lo. Faz assim, seu pai se encontra em ragusa, pois hoje foi finalizado a mistura do vinho La mora. — comuniquei —  Ligarei pra ele e...

—  Patrão, tem um minuto? — Durval me interrompeu. — É importante! — sua felicidade me deixou bem curioso e decidi finalizar com Carmelita.

— Claro, deixa só eu finalizar aqui Val. —pedi e sorrindo concordou. — Carmelita tenho que desligar. Vou reportar sua indignação e reclamações com o seu pai e deixarei com ele essa situação. Outra coisa, essas reclamações são feitas ao Parisi, não comigo. Torne a me ligar se for algo que somente eu possa resolver.

— Mas... — a fim de preservar minha sanidade mental, desliguei.

Virei por completo para dar total atenção a euforia e o sorriso enorme do meu amigo.

— Conte logo! Qua é o motivo dessa felicidade toda — requeri muito curioso.

— Foi confirmado a Visita! Teremos uma assistente social aqui conosco no sábado. Vim às pressas te informar, porque teremos que cancelar ou adiar a nossa viagem para os Alpes! — me puxou para um abraço — Nossos netos, Enrico. Logo, ligo a casa estará cheia de crianças, meu amigo.

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