O SÓCIO DO MEU MARIDO romance Capítulo 47

Capítulo 47

Alicia Rogers narrando

Eu tinha comprado passagem para o lugar mais distante que tinha, eram horas e horas de viagens, ainda bem que tinha vendas de lanches e bebidas aqui dentro, o que está entretendo a Maria Alice durante a viagem, ela pergunta de mais pelo pai, o tempo todo e sobre o bebe que está em minha barriga também.

Eu vou me questionando se era certo isso e ainda me culpava por está fugindo dele, só que o que Jonas fez comigo era a maior crueldade do mundo, desde o começo ele apenas me usou.

Eu me lembro muito bem do dia que assinei aquele contrato e lembro que o advogado não me falou sobre as clausulas do contrato em que eu abria mão dos meus filhos no futuro, que eu deveria um horror de dinheiro quando finalizasse o contrato , eu tinha uma divida enorme com Jonas que eu jamais iria conseguir pagar.

Eu era refém dele para sempre e isso não era certo, eu era um fantoche nas suas mãos e eu não quero isso, eu não quero ser o brinquedo que ele brinca quando quer e escolhe o que vou fazer ou não da minha vida.

Eu coloco a minha cabeça na janela e Maria Alice volta a dormir no meu colo e começo a me lembrar do dia que assinei os documentos.

Flash black onn

- Você pode assinar em todas as folhas esse mesmo local – o advogado fala apontando para o papel.] - Se você tiver como ser um pouco mais rápida, o senhor Jonas Yang está esperando ansioso por essas assinaturas — o advogado fala.

- Eu preciso levar isso para um advogado — eu falo.

- Senhorita Alicia Rogers, eu sou um advogado e posso te auxiliar em todas as suas dúvidas — ele fala e eu o encaro e apenas assinto.

Mesmo que eu quisesse levar para um advogado para me auxiliar sobre esse contrato, qualquer advogado de fora acharia tudo isso um absurdo e levaria tempo e eu precisava do dinheiro o mais rápido possível.

- O que quer dizer isso – eu falo apontando para uma das cláusulas – eu terei que ter um filho dele? – eu questiono.

- A ideia do empresário Jonas Yang é construir uma família, ter uma esposa ao seu lado e futuramente herdeiros – ele fala.

- E o que acontece depois que terminar o contrato? – eu pergunto.

- Se vier as crianças, vocês decidem o melhor caminho – ele fala. – A senhora quer desistir? – ele me pressiona.

- Acredito que eu preciso pensar mais um pouco – Eu paro de assinar.

- Pense bem! Senhorita Alicia Rogers, seu pai está internado e você mesmo disse para o senhor Jonas Yang que o seu dinheiro está acabando, o que você irá fazer? – ele pergunta.

Flash black off

O advogado nunca mencionou sobre que eu teria que renunciar às crianças, ele disse que a gente decidiria juntos o melhor caminho e eu não terminei de ler o restante, o advogado tinha me pressionado tanto naquele dia para assinar de uma vez aquele contrato que eu não pensei em mais nada, apenas assinei pensando que meu pai teria o melhor acesso aos médicos.

Só que eu não sabia que quando assinei aquele contrato, eu teria entregado a minha vida a ele, era como se Jonas tivesse ganhado o controle remoto da minha vida e mudasse os canais conforme ele queria controlar a minha vida e isso era horrível, me sentir dependente dele, como se fosse sua prioridade, seu objeto, seu brinquedo pessoal.

Que ele usa quando quer e humilha quando não quer mais perto, só que ele não quer jogar fora porque convém me ter ao lado dele. Até eu ver realmente o que estava escrito no contrato ele me teve para seguir as clausulas que eu achei que existia e agora que eu sei ele sabe que jamais deixaria ele porque eu não teria como o deixar, ele me tem nas suas mãos.

E por isso a melhor saída na minha cabeça, foi fugir dele para sempre. Eu quero ir para o mais distante possível dele e nunca mais encontrar ele na minha frente.

- Estação 985 – a voz da mulher pelos auto falante do trem fala.

Novamente vejo pessoas se arrumando para descer e lá fora outras para subirem, sempre que para nessas estações demora um tempo para o trem sair novamente, até todo mundo descer, subir e arrumar suas poltronas e passagens demorava um tempinho.

Começo a ver uma movimentação lá fora mas Maria Alice acorda quando eu ia prestar atenção no que era.

- Já chegamos, estou com sede e fome mamãe – ela fala.

- Já vamos comprar algo para você comer. Ok? – eu falo.

- Vai demorar muito para chegar? – ela pergunta.

- Só um pouco e já chegamos, ok? – eu falo e ela assente.

- Estou cansada mamãe – ela fala.

- Eu sei, eu prometo que vamos chegar e dormir em uma cama bem confortável – eu falo e ela assente.

Olho para fora para ver a movimentação, mas vejo que está tudo ok e o trem começa andar novamente.

Mais algumas horas de viagem e eu também já estou bem cansada, meu corpo está todo dolorido, estou enjoada e minha cabeça doía de mais, até mesmo ver as coisas girando eu estou vendo, tomo bastante água para melhorar porque estava sozinha com Maria Alice e não poderia passar mal agora.

O que aconteceria se por acaso eu passasse mal? Eu não quero nem imaginar.

Logo chegamos ao nosso destino que eu não sabia nem falar o nome, era noite e está muito frio, coloco o casaco quente em Maria Alice e descemos com a bolsa e a mochila que a gente tinha de bagagem, pego um taxi e peço para me levar para o hotel mais confortável da cidade e assim o taxista faz, a gente entra no quarto do hotel que era simples, mas o necessário para nos duas, eu peço comida e dou banho em Maria Alice, após jantar ela dorme.

Era de madrugada quando chegamos aqui e faltava pouco tempo para amanhecer, eu acabo adormecendo e quando acordo já era dia, mas ela continua dormindo. Eu olho pela janela vendo que estou em lugar totalmente estranho com uma criança nos braços e outra no meu ventre.

O que eu faria agora Alicia Rogers? Era o que eu me pergunto nesse exato momento. Eu só queria fugir de Jonas, ficar o mais distante possível dele e agora eu estou.

Eu não tinha celular e não fazia idéia de como ele reagiu quando chegou em casa, se ele já chegou em casa e sentiu a nossa falta, mas tenho certeza que o motorista sentiu e se ele conseguiu entrar em contato com Jonas nesse exato momento ele está louco atrás de mim, revirando o mundo para nos achar.

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