Ficar ou correr? romance Capítulo 153

Começando a suar frio, quase deixei meu telefone cair. Como ele descobriu? Eu escondi no meu casaco! Aparentando estar calma, peguei meu telefone e desliguei bem na cara dele. "Podemos conversar agora?"

Ele se endireitou e respondeu: "Claro!"

"Então, Sr. Tavares, por que você me sequestrou?" Embora tivesse mantido aquele incidente em segredo, foi muito difícil superar sem qualquer tipo de explicação.

Ele acendeu um cigarro e deu algumas tragadas. "Sobre isso... Estava apenas agindo sob as ordens, foi apenas pelo dinheiro.” Fiquei em silêncio enquanto ouvia. “A Crédito AC costumava ser responsável pela auditoria da Corporação Carvalho. No entanto, o Sr. de Carvalho de repente escolheu a H&H Financeira como sua substituta. A Crédito AC precisava agir, sabe? E outra coisa, alguém queria que você deixasse o Sr. de Carvalho. Foi por isso que eu fiz o que fiz. Peço desculpas se lhe causei algum trauma, Sra. de Carvalho.", ele continuou.

“Você está fazendo tudo isso soar tão normal e justificado, não é? Que piada. Até onde eu sei você não tem nenhuma ligação com a Crédito AC. Você está mesmo me dizendo que arriscou sua vida e se deu ao trabalho de armar contra mim, só por causa da Crédito AC?”, falei, rindo com amargura.

Ele apagou o cigarro e sorriu: "Como você tem tanta certeza de que a sobrevivência da empresa não está de forma alguma relacionada a mim? Quanto ao seu sequestro, por que não pergunta ao Sr. Queiroz? Aposto que ele tem muito mais a dizer.”

"Armando Queiroz?"

"Para ser honesto, ameaçá-la para conseguir que você fizesse a licitação pública não foi difícil, e eu tinha pensado sobre todas as diferentes maneiras que poderia alcançar meu objetivo. No entanto, devido a alguns fatores externos, tive que optar pelo método mais desagradável. Sinto muito por isso!", ele riu.

Fatores externos? Armando deve ter se envolvido por conta da Rebeca. Então, considerando tudo, Rebeca era a cabeça por trás do sequestro? Afinal de contas, o incidente criou afetou meu relacionamento com Pedro, e eu...

Ao deixar o Mirante do Sul, fiquei extremamente enjoada. Senti como se ainda estivesse presa naquele quarto escuro, me afogando nos sons que Pedro e Rebeca faziam enquanto transavam. Desde o incidente, tentei me livrar daquela agonia, mas eu simplesmente não conseguia me recuperar do trauma, não importava o que eu fizesse. Olhando fixamente para o nada, liguei para Leonardo.

"Scarlett, o que foi?"

"Leonardo, eu preciso falar com você." Estava com medo de reviver aquele trauma. Guardei tudo por tanto tempo, e parecia que meu coração estava prestes a explodir.

"O que está acontecendo? Como tem passado? Você está dormindo direito?" Ele parecia cansado. Provavelmente tinha acabado de sair do trabalho.

Respirei fundo, e coloquei a mão sobre o peito. Respirava com esforço. “Tem muita coisa acontecendo comigo agora. Você pode vir me visitar em Augusta quando der? Estou grávida e não posso ir até você.”

Pisquei. Meu Deus, ele está fazendo tantas perguntas ao mesmo tempo. "É uma longa história. Quando pode vir?" , retruquei.

"Tá bem." Depois de encerrar a ligação, ainda não sentia vontade de voltar para casa. No final, chamei um táxi e fui para o Residencial Beethoven. Assim que cheguei, tranquei a porta, desliguei meu telefone e me enrolei na cama. Muita coisa tinha acontecido naquele dia, e estava pesando sobre mim. Minha cabeça doía tanto que dormi e acordei o tempo todo. 'Bam!' De repente, batidas altas ecoaram pela casa. Estava vindo da porta. Quando saí do meu quarto, Pedro já havia invadido o apartamento e estava parado na entrada com uma cara fechada.

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